Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
sexta-feira, fevereiro 7
Radicais
Suprema ironia. O tempo da história é longo e hoje somos capazes de assumir posições fundadas em ideias que ontem rejeitavamos. Ou vice versa. Nos tempos da revolução do século XX português, de finais dos anos 60 a meio dos 70, tomámos posições radicais, diziamos revolucionárias, juvenis e imaturas e desembaraçamo-nos delas, com mais ou menos convição, mas não das memórias e de uma réstia de esperança num futuro de igualdade com justiça e liberdade. Parece que esse tempo de esperança acabou, melhor dito, está sendo enclausurado em ameaças de trevas. Fomos nós radicais? Naquele tempo sim! as revoluções são processos radicais de todos os lados. E hoje, como ser radical de novo? Todos procuram os termos certos para definir esse radicalismo. Desconfio que as gerações jovens vão ter de pegar em armas, sejam elas quais forem, para combater os novos totalitarismos. Não é necessário esperar muito mais tempo para o enfrentamento geral que, aliás, já está em curso na Europa de leste e no Médio Oriente.
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