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quarta-feira, agosto 19

A COISA CONTINUA PRETA ...



Moita Flores atribui medalha de ouro a José Sócrates. (…) Moita Flores disse que a resolução «em três meses» de um problema que se arrasta há mais de 100 anos e a entrega a Santarém de um monumento [o convento de S. Francisco] que é «uma jóia da arquitectura» justificam plenamente a mais alta distinção concelhia ao Chefe do Governo. (…)
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terça-feira, agosto 18

O "CARRO ELÉCTRICO" DELES!

Para o SIMPLEX

Automóvel: Ford quer redes de carga eléctrica compatível em toda a área dos EUA

Os americanos têm cá umas ideias! Há uns anos atrás resmungaríamos com a nossa incapacidade de nos chegarmos à frente, em particular, nos progressos tecnológicos. Hoje esta notícia é acolhida pelos portugueses com a certeza de que estão actualizados em matéria de “carro eléctrico”. Porque será? E como será apresentada esta matéria no programa de governo do PSD? Rasga? Não rasga? É cedo? É tarde? Ah! Os tremendos compromissos firmados pelo governo do PS hipotecam o futuro do país!
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SOB ESCUTA

Margaret Stratton

Para o SIMPLEX

Estamos sob escuta ou há alguém na Presidência a passar informações? Será que Belém está sob vigilância? A Europa, desde que os grandes resolveram cumprir este grande armistício que dá pelo nome de União Europeia, deu sofisticação à violência comum. A violência política é, por sua vez, exercida com anestesia geral. Os políticos não morrem a tiro na rua, nem em casa, vítimas de emboscada; morrem nos vapores do éter mediático, vítimas de rumores disparados em letra de forma, de frases entarameladas, de entrevistas crípticas, de omissões premeditadas, de cínicos silêncios …
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quinta-feira, agosto 6

FERREIRA LEITE NO GINÁSIO


Uma colecção de “cromos” do PSD, aparelho+fazedores de opinião, zurze as listas de candidatos que Ferreira Leite impôs ao PSD. Faltam 51 dias para o povo ir às urnas e o PSD faz o pleno: o seu programa resume-se, por ora, a um texto de 25 linhas (pífias) e as suas listas de candidatos surgem a público como um “dictat” de Ferreira Leite. A política do PSD define-se, por estes dias, em duas palavras: autoridade sem ideias. Muita gente defende que este é o melhor caminho para o PSD ganhar as eleições. Segundo alguns o povo não quer saber nem dos programas, nem dos deputados. O povo quer, quanto muito, escolher o “chefe”. No limite o povo suporta a democracia como um sacrifício necessário para evitar os incómodos da tirania. No presente a solução possível – dando de barato que não é viável suspender a democracia por 6 meses - será eleger um “chefe” forte. Ferreira Leite sabe que do outro lado estará Sócrates cuja imagem todos os portugueses interiorizaram como a de um “chefe” forte. Por estes dias Ferreira Leite dedica-se, afanosamente, mesmo que para tal seja necessário espatifar o PSD, a trabalhos de musculação. Quanto pior disserem das suas opções melhor, pensa ela (e os seus conselheiros). Pois pensa que precisa aparecer perante a opinião pública com uma imagem de autoridade incontestada. A táctica não está mal pensada. Resta saber se Sócrates será capaz de, sem perder a imagem de autoridade, credibilizar a imagem de homem de estado.
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segunda-feira, agosto 3

A ECONOMIA SOCIAL NO PROGRAMA DE GOVERNO DO PS (1)


O programa de governo do PS destaca e sublinha a necessidade de um reforço da parceria do Estado “com o sector social”, ou seja, com o “sector cooperativo e social” (conforme a Constituição da República) ou, na linguagem mais recente, utilizada na UE, com a “economia social”. A consagração deste ponto no programa de governo do PS é um grande passo em frente.
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2. Relançar a economia, promover o emprego

Em quinto lugar, reforçar a parceria com o sector social. As instituições da economia social – cooperativas, instituições particulares de solidariedade, misericórdias, associações de desenvolvimento local e outras – têm hoje em Portugal um papel chave na produção de bens e serviços essenciais à nossa vida colectiva e são responsáveis por parte muito importante do nosso emprego. Em algumas áreas as instituições da economia social são mesmo os verdadeiros pilares nacionais na produção e no emprego. Os valores únicos inscritos na sua matriz fundadora e na sua prática – cooperação, solidariedade, ligação ao território e às comunidades – tornam-nas altamente merecedoras da confiança das popula­ções.
Já hoje as entidades do sector social constituem elementos essenciais das parcerias promovidas pelo Governo para o desenvolvimento das políticas sociais. Alargar o reconhecimento social desta realidade, fomentar a participação das instituições da economia social na produção de bens e serviços (em actividades tradicionais ou em novas áreas), valorizar o seu papel na criação de emprego e apoiar de forma activa a sua capacitação (ao nível da organização e gestão, qualifica­ção dos recursos humanos e capacidade de inovação), são os objectivos centrais de uma renovada parceria público-social que defendemos e queremos prosseguir. [In Capítulo I - Economia, Emprego, Modernização].
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sexta-feira, julho 24

DESPOJOS DE UM JANTAR ESTIMULANTE


Fotografia dos despojos do jantar de (quase) todos os participantes do blogue SIMPLEX. O programa do blogue é simples e resume-se numa palavra: Liberdade. O objectivo imediato do blogue é mais complexo: assumindo todas as diferenças juntamo-nos para apoiar o PS nas próximas eleições legislativas. Para alguns foi surpreendente … isso é que me surpreende!
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quinta-feira, julho 23

PSD: PROGRAMA DE VÉSPERA


Para mim a melhor ideia para celebrar a liberdade é, simplesmente, praticá-la. As eleições, tal qual o nosso sistema político constitucional consagra, são um momento de exercício da liberdade. Muitas gerações de portugueses lutaram, sofreram, morreram ou, simplesmente, ansiaram pela chegada do dia em que pudessem votar em liberdade. Um dos apelos mais banais e, ao mesmo tempo, mais transcendentes, em democracia, é o apelo ao voto. O voto é uma obrigação dos que prezam a liberdade e a democracia.

A melhor estratégia para mobilizar os cidadãos a ir às urnas reside na capacidade dos partidos em criarem ideias novas que possam ser postas em prática no sentido da melhoria da qualidade da vida de cada um, e de todos, e da própria democracia. Elementar! Mas é o mais difícil desde o princípio: a elaboração dos programas eleitorais é suficientemente participada, ao menos, pelos militantes e simpatizantes dos respectivos partidos? Não! Que não passe em claro a fraqueza da componente participativa da democracia representativa!

No caso das presentes eleições legislativas o PS, tal como os restantes partidos de esquerda, e o CDS/PP, têm apresentado fragmentos relevantes dos respectivos programas que são inteligíveis pela maioria dos cidadãos. Além do mais todos os principais partidos, com excepção do PSD, mantêm as respectivas lideranças partidárias o que, atendendo à forte tendência para a personalização das escolhas dos eleitores, atenuam o deficit do debate programático.

O mesmo não acontece com o PSD de cujo programa, a dois meses do escrutínio, não se conhecem mais do que ideias que ziguezagueiam entre a negação, o vazio e a omissão. O que pensa o PSD fazer, se acaso aceder ao governo, é um enigma insuportável em democracia de que não serve de desculpa a escassez do tempo que, aliás, foi de sobra.

Talvez o PSD, e a sua nova liderança, pensem que o melhor programa seja a ausência de programa. Compreendo o topete: a memória atrapalha quem tem medo do futuro e o futuro atrapalha quem vive de mal com a memória do passado.
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terça-feira, julho 21

ALERTA LARANJA

Não pouparei energias no combate político que antecede as legislativas de 27 de Setembro. O objectivo é lutar por uma vitória do PS. Talvez muitas vozes livres, e descomprometidas com a alquimia do poder, possam contribuir para esclarecer as vantagens do voto no PS. É disso que se trata. Esta vai ser uma batalha política eleitoral de tipo novo. Mais próxima do modelo do confronto entre políticas e personalidades que mutuamente se excluem: entre o socialismo democrático e o liberalismo disfarçado de social-democracia, entre José Sócrates e Manuela Ferreira Leite. O eleitorado vai escolher entre o PS e o PSD cujos projectos políticos são, mais do que nunca, personalizados por Sócrates e Manuela. Não é por acaso que todas as baterias da oposição, dos poderes cinzentos das corporações aos poderes fácticos, estão, desde há muito, apontadas contra Sócrates. Eles sabem que, hoje, como sempre, os programas são importantes mas os lideres que os interpretam são determinantes nas escolhas do eleitorado. Aqueles que têm dúvidas acerca de Sócrates o que têm a fazer é votar na mãozinha do PS. Aqueles que têm dúvidas acerca do PS o que têm a fazer é votar em Sócrates. É preciso não ter medo de assumir que só a vitória do PS evitará o caos social, a ingovernabilidade política e, quiçá, o emergir da violência. Estou a dramatizar? É verdade. Mas a realidade é que, com uma derrota do PS, se juntarão ingovernabilidade política, recessão (ou depressão) económica e crise social. É uma “caldeirada” perigosa e que estamos a tempo de evitar. Por isso participei na ideia da criação e dinamização do SIMPLEX. Apoiar a Mudança, Sem Mudar de Ideia!
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segunda-feira, julho 20

O GRANDE SALTO EM FRENTE DO ENSINO PROFISSIONAL


Foi anunciado, recentemente, pelo 1º ministro que no próximo ano lectivo a oferta de “cursos profissionais” alcançará o número recorde de 125 mil vagas. Trata-se, certamente, da oferta conjunta - sistema público e privado - de ensino profissional a partir do 10º ano de escolaridade representando cerca de 50% do total de vagas do secundário.

A notícia passou mais ou menos despercebida mas é da maior relevância na estratégia do desenvolvimento da educação em Portugal. Eu próprio estive associado, em funções técnicas - nos idos de 1989 - ao relançamento do “ensino profissional” em Portugal, quase a partir do zero.

Trabalhei e reflecti acerca do tema que, apesar de complexo, na sua essência, não dá margem para grandes especulações. O que aconteceu de novo, nos últimos 4 anos, permitindo este grande salto em frente? A resposta é simples: a abertura em força de cursos profissionais na escola pública.

Com mais ou menos dificuldades, mais ou menos resistências, a escola pública, por decisão política do governo socialista, reassumiu a oferta do ensino profissional. Em boa hora decidiu o governo romper com uma espécie de inércia que dava asas àquele tipo de discurso saudosista: “no tempo das escolas técnicas é que era bom!”

A nova oferta de cursos profissionais foi crescendo gradualmente aproximando-se da meta estabelecida pela União Europeia: 50% dos alunos do ensino secundário em cursos profissionais. Alcançar esta meta representa um grande sucesso para o país por diversas razões:

1- Permite maior liberdade de escolha para os alunos;

2- Fomenta a efectiva aproximação da formação escolar ao mundo do trabalho;

3- Contribui para combater, de forma eficaz, o abandono e insucesso escolares;
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4- Dá satisfação a uma aspiração profunda, e antiga, das famílias e da comunidade.

O governo cumpriu, no essencial, um dos compromissos mais importantes da reforma da educação a que se tinha proposto. Este é um dos muitos casos em que a obra feita não é notícia!
Acerca do tema escrevi aqui, aqui e aqui.
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