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Cavaco, segundo a SIC, afirmou, hoje, em Faro: "No passado, Portugal foi um País de sucesso. Dizia-se mesmo que Portugal era a Califórnia da Europa. Porque é que não podemos voltar a esse tempo?", questionou o candidato presidencial, numa referência implícita aos 10 anos em que foi primeiro-ministro, de 1985 a 1995.
Como ando a ler e a reler, desvairadamente Camus, li esta afirmação enquanto lia esta outra de Camus: “O privilégio da mentira é de vencer sempre aqueles que querem servir-se dela. (…) A liberdade não é dizer o que nos apetece […] nem instaurar a ditadura em nome de uma liberdade futura. A liberdade consiste, portanto, em não mentir.” (*)
A afirmação que a SIC afirma Cavaco ter afirmado é uma pura mentira. Ter-se-á iniciado o verdadeiro tempo da revelação do carácter do candidato? Nunca houve um “Portugal de sucesso”, nos dez anos dos governos de Cavaco, nem nunca houve uma “Califórnia em Portugal”, a não ser no pior da propaganda Cavaquista.
Não podemos voltar a um tempo passado que nunca existiu. Nos dez anos dos governos de Cavaco o que houve foi o desaproveitamento dos vultuosos subsídios da UE, o enriquecimento sem causa de muitos dignitários do cavaquismo, a perda de uma oportunidade histórica, irrepetível, de consolidar as finanças públicas, as marchas e as bandeiras negras da fome e, na verdade, construção de obras públicas.
Mas Cavaco devia corar de vergonha em proferir estas declarações em Faro, a minha cidade natal, quando não foi sequer capaz, em dez anos, recebendo Portugal 1 milhão de contos por dia de subsídios da UE, de concluir a autoestrada Lisboa-Algarve, nem a Via do Infante.
É que existe uma relação íntima entre a vergonha (ou a falta dela) e a mentira. Mas este é um exercício filosófico que o candidato não merece seja desenvolvido.
Cavaco, segundo a SIC, afirmou, hoje, em Faro: "No passado, Portugal foi um País de sucesso. Dizia-se mesmo que Portugal era a Califórnia da Europa. Porque é que não podemos voltar a esse tempo?", questionou o candidato presidencial, numa referência implícita aos 10 anos em que foi primeiro-ministro, de 1985 a 1995.
Como ando a ler e a reler, desvairadamente Camus, li esta afirmação enquanto lia esta outra de Camus: “O privilégio da mentira é de vencer sempre aqueles que querem servir-se dela. (…) A liberdade não é dizer o que nos apetece […] nem instaurar a ditadura em nome de uma liberdade futura. A liberdade consiste, portanto, em não mentir.” (*)
A afirmação que a SIC afirma Cavaco ter afirmado é uma pura mentira. Ter-se-á iniciado o verdadeiro tempo da revelação do carácter do candidato? Nunca houve um “Portugal de sucesso”, nos dez anos dos governos de Cavaco, nem nunca houve uma “Califórnia em Portugal”, a não ser no pior da propaganda Cavaquista.
Não podemos voltar a um tempo passado que nunca existiu. Nos dez anos dos governos de Cavaco o que houve foi o desaproveitamento dos vultuosos subsídios da UE, o enriquecimento sem causa de muitos dignitários do cavaquismo, a perda de uma oportunidade histórica, irrepetível, de consolidar as finanças públicas, as marchas e as bandeiras negras da fome e, na verdade, construção de obras públicas.
Mas Cavaco devia corar de vergonha em proferir estas declarações em Faro, a minha cidade natal, quando não foi sequer capaz, em dez anos, recebendo Portugal 1 milhão de contos por dia de subsídios da UE, de concluir a autoestrada Lisboa-Algarve, nem a Via do Infante.
É que existe uma relação íntima entre a vergonha (ou a falta dela) e a mentira. Mas este é um exercício filosófico que o candidato não merece seja desenvolvido.
(*) Entrevista ao “Progrès de Lyon” (Natal 1951).