quarta-feira, agosto 17

O FIM DO DIA

Por entre as mais duras provas a nivel global, nacional, familiar e pessoal, cada uma de sua qualidade, surgem fragmentos de beleza que as imagens representam a nossos olhos. Imagem amadora de ontem: por do sol na Praia Grande, Colares, Sintra. Uma banalidade do quotidiano de todos os tempos.

terça-feira, agosto 16

JOÃO FÉLIX

"João Félix. Uma ode ao otimismo e o “menino” que vê o que os outros não veem" (In "Expresso"). Vou fazer uma incursão futebolistica versando acerca de jogadores portugueses que pelas suas especiais habilidade para o jogo - salvo impedimento por lesão - terão que fazer parte dos selecionados de Santos para o Mundial (de má memória mesmo antes de se disputar). Prefiro referir-me aos mais jovens que por isso mesmo poderão vir a jogar uns 10 anos mais. Uma seleção é constituida pelo menos por 24/25 jogadores base (dois para cada posição ou polivalentes e três guarda redes, neste caso um desperdício pois poderiam ser somente dois com hipóteses de ir buscar mais um em caso de absoluta necessidade). Não conheço a carteira de futobolistas dos empresários nem as relações do staff da seleção com eles. Somente me interessa o jogo pelo jogo sendo a minha abordagem por isso de forma assumida ingénua. Isto vai até novembro e a ordem é anárquica. João Félix por ser um raro talento na descoberta das oportunidades, momento e espaço, para municiar quem tem a missão de marcar.
(Fotografia do Record)

segunda-feira, agosto 15

CONTRA A PENA DE MORTE, SEMPRE!

"Zayar Thaw, ativista, político e estrela de hip-hop enforcado pela junta militar de Myanmar". (In "Expresso")

PORTUGAL - O REI FUNDADOR NASCEU A 15 AGOSTO DE 1109

Tomando a cronologia de José Matoso, Afonso Henriques nasceu (talvez) em Viseu a 15 de Agosto de 1109, no mesmo ano da morte de seu avô, Afonso VI, pai de sua mãe D. Teresa.
“Em 1109, nasce, pois, um menino, primeiro filho da condessa D. Teresa e do conde D. Henrique. Estava ligado por laços hereditários à família régia de Leão e Castela.” (…). “Os escribas do conde D. Henrique e da condessa D. Teresa quase nunca se esqueciam, nos seus diplomas, de recordar que ela era filha do “grande” rei Afonso; os de Afonso Henriques, sobretudo os primeiros, lembravam que ele era neto do mesmo rei; e por volta dos anos 1185-1190 o cónego de Santa Cruz de Coimbra que redigiu os Anais de D. Afonso, Rei dos Portugueses referia-se ainda a ele como ”o grande imperador da Hispânia D. Afonso”” (…). “Em 1109, ano de nascimento de Afonso Henriques, havia, sem dúvida, quem não esquecesse a humilhante derrota sofrida pelo mesmo rei em 1085, na Batalha de Zalaca, contra as tropas almorávidas, nem, nos anos seguintes, a perda de muitas outras cidades importantes da fronteira; mas o ambiente de angústia pelo risco de perder um esplendor tão elevado contribuía, até, para engrandecer a sua memória. Afonso Henriques ficou para sempre ligado a essa referência. Considerava-se, por transmissão materna, como o legítimo herdeiro de um avô glorioso, cuja memória tinha obrigação de honrar, procurando imitar os seus feitos. Era reconhecido como tal pelos seus súbditos”. In “D. Afonso Henriques” de José Mattoso, “1. A Juventude de um predestinado” – "O quadro familiar: o avô", pg. 18/19. (2)

domingo, agosto 14

D. AFONSO HENRIQUES - REI DE PORTUGAL

Na véspera de um feriado - 15 de agosto - e para que se entenda a importância dos feriados, e deste em particular, como marcos simbólicos na história de Portugal. [Repetindo uma posta antiga.]. Na verdade, o título de rei aparece pela primeira vez num documento autêntico em 10 de Abril de 1140, por sinal o primeiro dos que hoje se conhecem entre os bem datados produzidos pela chancelaria régia depois da batalha de Ourique. (...).
Os cronistas do século XVII puderam ainda consultar uma memória, hoje perdida, procedente do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, na qual se descreve a celebração de grandes festas em Coimbra no dia da Assunção da Virgem Maria ao céu, a 15 de Agosto de 1139, e nos dias seguintes. A solene missa desse dia foi celebrada por D. Bernardo, bispo da dioceses, e o sermão pregado por D. João Peculiar. Os eruditos modernos, como Rui de Azevedo e A. de J. da Costa, fiados na autoridade de Frei António Brandão, que menciona a referida memória, admitem a autenticidade desta informação. Depois de termos examinados os vários indícios que apontámos acerca das celebrações feitas em Coimbra por ocasião do regresso de Ourique, essa notícia só vem confirmar os elementos que descobrimos por via dedutiva. Tivesse ou não havido aclamação no campo de batalha, é lógico admitir que o povo de Coimbra quisesse também aclamar o vencedor e passasse a chamar-lhe rei. Não faltavam os motivos para isso. In “D. Afonso Henriques” de José Mattoso, ”12 – Rei de Portugal”, pgs 120 e 126/127.

sexta-feira, agosto 12

PAGADE

Pagade - Vila Nova de Cerveira. Abraço à Dulce e ao Zé pelo acolhimento e cortesia sem preço, assim como a todas, e todos, que conviveram naquele paraíso terreal, em julho passado.

A LIBERDADE DE EXPRESSÃO

“É melhor perguntar porque é que durante a campanha eleitoral a própria CAP aconselhou os eleitores a não votar no Partido Socialista”. Foi com esta frase que a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, se colocou esta quarta-feira no olho do furacão da mais recente polémica a envolver o Governo. (In SAPO/24) Lembro-me bem da declaração da CAP a que a Ministra faz referência. A palavra é livre mas apesar de tudo fiquei espantado, poucos meses atrás, com o radicalismo da posição da CAP. Sei que interesses defendem, injustos no contexto da agricultura portuguesa, mas certamente legitimos. Como diz o outro "quem anda à chuva molha-se" (a CAP não tem o dom fazer chover e ainda bem). Ora a Ministra, pela simples razão de o ser, é uma politica com iguais direitos à liberdade de expressão, e fez bem em ter refrescado a memória da CAP quando entrou a "pés juntos" na campanha eleitoral.

terça-feira, agosto 9

O VENTO

“E, à noite, deitado, morto de cansaço, no silêncio do quarto onde a mãe dormia levemente, ainda ouvia uivar dentro dele o tumulto e furor do vento que amaria ao longo de toda a vida.” Albert Camus, in "O Primeiro Homem".

segunda-feira, agosto 8

MULHERES

Jane Fonda (2) - "Marquée à jamais par le suicide de sa mère et la légendaire dureté de son père, la jeune femme met à profit ces névroses familiales pour prendre son envol d’actrice." (In "Le Monde").

quinta-feira, agosto 4

É mais um...

"Secretário-geral da ONU considerou “imoral” que as empresas de petróleo e gás estejam a registar resultados financeiros recorde. É mais um a pressionar por impostos sobre lucros excessivos" in "Expresso", via LUSA. Curiosa maneira de fazer jornalismo, ou seja, dar públicas notícias de forma a que não sejam valorizadas. Desde logo aquele início de frase: "É mais um a pressionar...". Mais um? Trata-se do Secretário geral da ONU que por acaso é português tomando posição acerca de um fenómeno a que os governos têm por obrigação dar a maior atenção e, eventualmente, tomar medidas. É tudo tão à descarada que faz impressão ... "
Fotografia de Hélder Gonçalves

terça-feira, agosto 2

MULHERES

"Les chorégraphies de Pina Bausch se transmettent de corps en corps" in "Le Monde"

segunda-feira, agosto 1

BES

Post de agosto - dia 1 (2014). O BES, em menos de nada, afundou-se. Um banco de referência, com história e mercado, está a estrebuchar caído no chão dando a sensação, a quem assiste de fora, que afastada a família que lhe dá o nome, ninguém sabe o que fazer dele. Pode ser que esteja enganado, assim espero, mas o Estado vai socorrê-lo, em linguagem comum, "entrará com o dinheiro", "uma pipa de massa", diria o Dr. Barroso. Estou a ser simplista, está bem de ver, pois a fórmula para a entrada temporária do Estado será engenhosa e sempre teria de o ser. Nada de novo. A tralha dos Espíritos Santos, diabolizados como é da praxe, dará lugar a quem? Para já, quer dizer, depois de amanhã, ao Estado, salvo qualquer milagre de última hora. Os jornalistas das economias surgiram hoje, pelo menos a meus olhos, nervosos e hesitantes como o verão que teima em não despontar. Nada de nacionalização do BES. De acordo, que não é solução. Resta explicar, bem explicado, como é que um banco privado, representando 20% do mercado nacional, uma grossa fatia do crédito concedido, milhões de depositantes, continuará a ser privado se a maioria do capital passar a ser público. E caso a explicação corresponda à operação de salvamento em curso, que desejo seja bem sucedida, como será apresentada a saída pós intervenção do Estado. A que prazo e em que condições. E qual a medida das consequências dessa intervenção na economia e na vida quotidiana dos cidadãos. O problema do BES, a partir de hoje, deixou, em definitivo, de ser privado, tornando-se público. Um problema de todos nós.

sábado, julho 30

SOMOS TODOS MESTIÇOS

"A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, advertiu hoje que a "discriminação racial" é contra os valores da UE, respondendo a uma pergunta sobre os comentários do primeiro-ministro Viktor Orban contra a "mistura de raças". “Não queremos ser mestiços ao misturarmo-nos com não-europeus”, declarou o líder nacionalista e ultraconservador, cuja política anti-imigrantes foi condenada por diversas vezes pela justiça europeia. (In SAPO) Faz lembrar de forma brutal a ascensão do nazi fascismo e um cortejo de atrocidades sem perdão a que deu origem. É preciso dizer não! Somos todos mestiços!

O FASCISMO AMEAÇA

"Giorgia Meloni: “Mulher, mãe, italiana, cristã” a caminho de governar a Itália", In "Público". E convém acentuar fascista, que até deu ordem para que os seus correlegionários não ostentassem de forma aberta a simbologia própria da tradição fascista, o que vai ser dificil. A Itália - a seguir à Hungria - pode acender definitivamente a luz de alarme para a estabiliddae das democracias europeias e abrir caminho para o alastramento da guerra na Europa. A ver vamos...

quinta-feira, julho 28

O SILÊNCIO E O MEDO

“O silêncio e o medo são as melhores armas da tirania”, Pedro Abrunhosa citado do " Expresso". Não conheço o autor nem gosto particularmente da sua veia artistica. Mas reconheço a justeza da sua tomada de posição pública acerca da guerra e dos seus responsáveis. É preciso proclamar com todas as palavras que a guerra desencadeada por Putin, em nome da Federação Russa, com seus aliados assumidos, ou não assumidos, é uma ameaça à democracia e à liberdade.

domingo, julho 24

MÉDICOS

"Acesso ao ensino superior: 53.640 vagas, reforço nos cursos mais disputados, mas Medicina só aumenta cinco lugares" (In "Expresso") Conclusão: não fazem falta mais médicos!

CAMPEÕES

Pichardo. (Foi hoje campeão do mundo no triplo salto, é cubano, português por opção profissional, sabe agradecer aos que o receberam nas terras onde tem vivido e trabalha. Tenho aqui perto um outro cubano, em igual situação, mas cuja formação de base é bailarino, com o qual converso de vez em quando. Um dia perguntei-lhe qual a sua cidade em Cuba ao que me respondeu: Camagüey. Fiquei surpreso e disse-lhe que já havia visitado aquela cidade cubana o que poucos portugueses devem ter feito. Quando essa visita ocorreu ele ainda não tinha nascido. De uma das suas magníficas praias trouxe de recordação um búzio grande que está aqui a meu lado. Ele disse-me que hoje já não há búzios nas praias de Camagüey pois escasseia o que comer. Fala todos os dias com a mãe. Apesar do que diz Pichardo, agradecendo a Portugal, nunca se deixa de ser amante da nossa Pátria mãe.)

sexta-feira, julho 22

CRISE ENERGÉTICA (3)

"Bruxelas considera que falta de interconexões não impede Portugal de partilhar gás com o resto da Europa. A solução passa por desviar os navios e entregas de Gás Natural Liquefeito de Sines para outros portos europeus" (In "Expresso") Nós sabemos que Portugal vai ser solidário com mais ou menos protestos. Mas como na UE tudo é uma negociação, resta saber o que recebe em troca. Se por azar dos Távoras surgir uma perturbação na Argélia (que só não acontece pela natureza autoritária do regime), quem nos acode com o corte do gaz argelino? Entretanto a Hungria que faz acordos com a Rússia, e está muito longe de ser um estado de direito democrático, vai ser solidária? Com o gaz que não lhe será cortado pela Rússia? Também ainda não ouvi o inefável 1º ministro dos Países Baixos referir-se às carateristicas ociosas dos povos dos países do sul da Europa. Ninguém discute da razão da nossa relativa autonomia face aos bens energéticos. Nem das razões da falta de interconexões por terra com a Europa.

Os pré pré candidatos

"Augusto Santos Silva foi bastante claro a admitir vir a ser candidato presidencial em 2026. Claro que o fez na estranha linguagem dos políticos, que precisa de tradução." (In "Público"). As eleições presidenciais (salvo se acontecer algo de grave ao atual PR) realizam-se daqui a 3 anos e meio (janeiro de 2026). É muito tempo para seja quem for se assumir como pré candidadato, ainda para mais no nosso tempo pejado de incertezas. Quem o fizer comete um erro que mais não seja face a uma realidade que tem muita força: o tempo.

quarta-feira, julho 20

CRISE ENERGÉTICA (2)

"Correspondente da emissora pública alemã ARD em Bruxelas diz que há uma expectativa de que países como Portugal e outros que importem menos gás da Rússia sejam “solidários” com os mais dependentes, como a Alemanha. (In "Público") Ironias da vida com forte impato politico. A Alemanha espera solidarieddae dos países menos dependentes do gaz russo e refere explicitamente Portugal. Lembro os tempos da troika e a ferocidade da politica europeia, dirigida pela Alemanha, face aos paises em dificuldades como Portugal. Não se pode afirmar que não existiu solidarieddae mas a que custo? De reputação e depauperamento do tecido produtivo e social (Não esquecer). Portugal, um pequeno país periférico não depende, senão numa quota irrelevante, do gaz russo. Porquê? é um debate que falta fazer. Apoie a UE Portugal (e a Espanha) como porta de entrada de produtos energéticos com destino à Europra central. Os egoismos nacionais dificultam. Mais longe por terra, mais certo por mar.

CRISE ENERGÉTICA

"Enquanto o país se prepara para viver sem o gás russo, Governo, empresas e consumidores alemães admitem medidas como voltar ao teletrabalho, tomar duches mais curtos ou o corte de fornecimento de água quente em determinados horários" (In "Expresso"). Ninguém se dedica entre nós a especular acerca do inverno em Portugal. Porquê? Ninguém se tem dedicado ao tema do frio nas casas em Portugal. Porquê? Como vai ser com o fornecimento de gaz a Portugal? A nossa "pobreza energética" poderá ser uma vantagem face ao inverno dos ricos? Ninguém fala a sério do peso, papel e vantagens da diversificação da dependência de bens energéticos em Portugal, em particular, do gaz natural. Que politica tem sido esta que explica o silêncio dos criticos de tudo? Feitas as contas e face a uma crise energética brutal, com efeitos impensáveis na Europa, estamos atrasados ou adiantados nesta matéria face aos restantes paises da UE? Eis um bom tema para debate que parece não interessar a ninguém.

segunda-feira, julho 11

UBER

"ILEGALIDADE ASSUMIDA. A Uber chegou aos diferentes mercados para disputar uma atividade regulada – mas sem querer assumir responsabilidades em termos de serviço universal, requisitos de identificação de viaturas ou até segurança social e salários mínimos. Com isso, a empresa tornou-se no rosto da denominada “economia do biscate” (tradução possível para “gig economy”, que permite que qualquer pessoa disponibilize tempo, recursos ou conhecimento para a prestação de serviços através de uma plataforma sem as obrigações que geralmente são aplicadas às empresas de táxis – ou a quaisquer outras empresas que têm assalariados." (In Expresso). Desde que surgiu esta investigação jornalistica dei-me razão a mim próprio por me ter sempre recusado a utilizar os serviços da UBER. Desde o início que cheirava a esturro, mas quais as consequências?: Nenhumas! Somente os consumidores e os dirigentes de meios de transporte alternativos (à UBER) podem dar a resposta.

quinta-feira, julho 7

A BRINCAR COM O FOGO

"Se o Ocidente nos quer vencer no campo de batalha, "deixai-os tentar", diz Putin. Agência Reuters. Vladimir Putin disse esta quinta-feira que se o Ocidente quiser derrotar a Rússia, a tentativa é bem-vinda. A Rússia está apenas a começar, afirmou Putin num discurso aos líderes parlamentares, e as perspectivas de qualquer negociação diminuem quanto mais tempo o conflito se arrastar. "Hoje ouvimos dizer que eles [Ocidente] querem derrotar-nos no campo de batalha. O que podemos dizer é: deixai-os tentar", disse Putin no discurso televisivo. (In Público). Conhecemos alguma coisa da história da Europa e das guerras travadas no passado. Sabemos que a Rússia não é conquistável pois é um continente, a que corresponde uma potência continental; nem Napoleão nem Hitler, apesar de terem tentado foram capazes de ocupar a Rússia. Mas hoje em dia a questão é outra: a Rússia, após as vicissitudes da queda da URSS, mostra vontade de reconquistar os territórios perdidos que na sua grande maioria correspondem a Nações com sua história própria, várias vezes retalhadas e invadidas por potências imperiais, Não há guerra que não termine com um tratado de paz. Não há paz que não seja negociada. Todos o sabemos. Mas antes da paz a guerra destrói e mata os justos. Encobre negócios milionários e ideologias. Para mim é suficiente saber onde está a predominância da democracia e da liberdade para escolher o meu campo, tanto dá ser a ocidente como a oriente, a leste ou a oeste. Hoje, aqui e agora o meu campo está a ocidente pois apesar de todos os defeitos das democracias liberais elas são garantia maior da liberdade de escolha, da plena expressão do pensamento e da inicitiva livre dos cidadãos, sem donos nem tutelas. Por tudo uma guerra pode justificar-se para salvar a liberdade contra os arautos das virtudes das tiranias. Essa guerra hoje, com todas as suas consequências, sendo urgente escolher é contra a Rússia até que mude de rumo ou caso persista até ser levada de vencida
.

quarta-feira, julho 6

A SUL

Falando de minudências a sul tudo aponta para que nos próximos dias a temperatura seja amena ao contrário do restante retângulo. A água do mar por aqui dizem que está fria mas hoje inaugurando-a soube-me bem, sendo certo que desde que me conheço em nenhum ano faltei a esta prova. De resto tudo na mesma ... nalguns aspetos para pior o que é lamentável, noutros para melhor, mas estes achamos normal ...

terça-feira, julho 5

O MUNDO ESTÁ PERIGOSO

É para dizer que não tenho visto televisão... "Michel Temer lamentou a decisão de Jair Bolsonaro de cancelar o encontro oficial que estava agendado para hoje, em Brasília" (In Expresso, fotografia da Lusa)

domingo, julho 3

FÉRIAS, UMA CELEBRAÇÃO E VISITA

Férias, uns dias de férias na terra que me (nos) viu nascer, por acaso no Algarve, rececionados por uma temperatura baixa para a época, céu nuvrado (como dizia o meu pai), mas com os mesmos cheiros e esta luz tão especial. Ontem celebrou-se o dia internacional das cooperativas e organizamos um evento da Rocha de Conde de Óbidos, ali num dos dois edificios (o menos conhecido) no qual brilham, por entre a paisagem imponente do Tejo, seis painéis de Almada Negreiros, com datas de 46/48, passaram 75 anos. Curioso como quase ninguém dos presentes tinha antes visitado aquele edifício o que me levou a pensar como quase ninguém recorda os autores das obras que nos são úteis para a vida de todos os dias - obras de arte fisicas ou espirutuais. A velha questão da memória que deveria ocupar um dos capítulos de qualquer programa de governo ou mesmo a atividade de um Ministério da Memória (sonhos ...).

sábado, julho 2

VIRTUDES PRIVADAS

"A Autoridade da Concorrência sancionou vários grupos privados de saúde por “prática concertada, restritiva da concorrência, na contratação de serviços de saúde hospitalares por parte do subsistema de saúde público ADSE”. Associação de hospitais privados tem a coima menor, grupo Mello a maior. Visados vão recorrer." (In Público) Qualquer beneficiário da ADSE teve experiências que dava para entender os "esquemas", mas a notícia não dá para os OCS fazerem campanha. Cada beneficiário aderente à ADSE paga 3,5% do seu salário mensalx14 meses (um "seguro de saúde" caro) que os privados têm andado a condicionar em seu benefício...

MULHERES

Florbela Espanca

quinta-feira, junho 30

MULHERES

Cassidy Hutchinson, former aide to Trump White House chief of staff Mark Meadows, is sworn in to testify as the House select committee investigating the Jan. 6 attack on the U.S. Capitol continues to reveal its findings of a year-long investigation, at the Capitol in Washington, Tuesday, June 28, 2022. (AP Photo/Jacquelyn Martin). Um depoimento demolidor acerca de Trump nos acontecimento de 6 de janeiro que pode mudar o seu destino politico, abrindo caminho para a sua incriminação. Eu vi boa parte e foi na verdade impressionante.

MULHERES

Natália Correia

terça-feira, junho 28

MULHERES

MARIA VELEDA - notável combatente republicana dos primórdios da luta pelos direitos das mulheres. Nascida na minha cidade e freguesia - Faro, São Pedro, 26 de fevereiro de 1871.

sábado, junho 25

Pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez, sempre!

Lembro-me de um discurso recorrente de minha mãe. Teria gostado de ter mais filhos, mas não os teve. As suas confissões, pelo menos aos meus ouvidos, nunca iam além de um lamento nostálgico pelas opções que, ao longo da vida, resolveu assumir. Sempre subentendi que esses filhos que, em vão, desejou foram evitados através de um processo que na linguagem popular se designa por “desmancho”. Não lhe posso perguntar já o que terá acontecido. Os tempos eram outros, mas o medo era o mesmo. Essas mulheres que, ao longo dos tempos, solitárias as mais das vezes, sofreram o risco da própria vida em práticas abortivas, quando não morreram mesmo, são criminosas aos olhos de três juízes do Supremo dos USA, tal como aos olhos de tantos outros que emergiram, aquando do referendo em Portugal, herdeiros dos inquisidores que, por entre o rosmaninho e as cinzas ainda fumegantes das fogueiras da inquisição, sempre proclamam, em nome da vida, a intolerância em vez da solidariedade. Que Deus lhes perdoe! Serei sempre pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez em nome da vida e da liberdade. É um voto que advém de uma convicção íntima e individual de que esse é o caminho para a solução mais eficaz do aborto clandestino com o dramático cortejo das suas consequências. Mas a minha posição não desdenha o debate, o diálogo, a busca do consenso, essa luta pela tolerância que se tornou, imaginem, nos nossos tempos uma prioridade entre todas as lutas das comunidades civilizadas e dos cidadãos lives.