Emílio de Campos Coroa – Pormenor da medalha evocativa da inauguração da sede do INATEL em Faro – “Casa Emílio de Campos Coroa”
Um dia muitos anos atrás, por iniciativa do meu irmão que achava que eu devia participar em actividades culturais para me ilustrar, ocupando o tempo e gastando as energias, entrei para o grupo de teatro do Circulo Cultural do Algarve, companhia amadora, dirigida, em Faro, pelo médico oftalmologista Emílio de Campos Coroa.
Já não é a primeira vez que me refiro a essa personagem fascinante que era o Dr. Coroa, um humanista desabrido, democrata da escola coimbrã, capaz de abrir caminhos por entre os mais duros obstáculos, um homem excessivo em tudo, inclusive como fazedor de obras difíceis.
Ele fez com que eu subisse ao palco, decorasse papéis, colocasse a voz e me afeiçoasse, o melhor possível, às personagens que me distribuía a maioria das quais criações de Gil Vicente aquele que dizem ter sido o criador do teatro português.
Um dia, muito mais tarde, dei comigo a pensar por que carga de água não existe em Portugal um teatro que se dedique em permanência a pôr em cena a obra vicentina que haveria de ser o Teatro Nacional D. Maria mas não é nem, quase certamente, será no futuro.
O teatro de Gil Vicente não cabe nos nossos teatros como no nosso país não cabem os grandes talentos que nele minguam à falta de espaço ou se retiram com descrição, ou estrondo, para a estranja.
E é isto que me soe dizer neste dia mundial do teatro que tantas prazeres me deu, e dá, e fascínio me suscitou, e suscita, quando dele me aproximo e nas suas diversas facetas se apresenta, com autenticidade, representando a vida das gentes e as tramas das sociedades. Bem hajam os criadores!
Um dia muitos anos atrás, por iniciativa do meu irmão que achava que eu devia participar em actividades culturais para me ilustrar, ocupando o tempo e gastando as energias, entrei para o grupo de teatro do Circulo Cultural do Algarve, companhia amadora, dirigida, em Faro, pelo médico oftalmologista Emílio de Campos Coroa.
Já não é a primeira vez que me refiro a essa personagem fascinante que era o Dr. Coroa, um humanista desabrido, democrata da escola coimbrã, capaz de abrir caminhos por entre os mais duros obstáculos, um homem excessivo em tudo, inclusive como fazedor de obras difíceis.
Ele fez com que eu subisse ao palco, decorasse papéis, colocasse a voz e me afeiçoasse, o melhor possível, às personagens que me distribuía a maioria das quais criações de Gil Vicente aquele que dizem ter sido o criador do teatro português.
Um dia, muito mais tarde, dei comigo a pensar por que carga de água não existe em Portugal um teatro que se dedique em permanência a pôr em cena a obra vicentina que haveria de ser o Teatro Nacional D. Maria mas não é nem, quase certamente, será no futuro.
O teatro de Gil Vicente não cabe nos nossos teatros como no nosso país não cabem os grandes talentos que nele minguam à falta de espaço ou se retiram com descrição, ou estrondo, para a estranja.
E é isto que me soe dizer neste dia mundial do teatro que tantas prazeres me deu, e dá, e fascínio me suscitou, e suscita, quando dele me aproximo e nas suas diversas facetas se apresenta, com autenticidade, representando a vida das gentes e as tramas das sociedades. Bem hajam os criadores!