quarta-feira, agosto 19

DIFERENÇAS ...


A diferença entre Manuela Ferreira Leite e José Sócrates, no presente combate político, é que Manuela tem uma estratégia de imagem, de que poucos falam, ao contrário de José que tem uma estratégia de imagem, de que toda a gente fala. A estratégia de que ninguém fala quer fazer passar Manuela como uma jovem na política, apesar dos seus 68 anos, com provas dadas, ao contrário de José que, sendo um veterano, com seus 51 anos, lhe faltam todas as provas. Quer fazer passar Manuela como uma mulher dialogante, ao contrário de José, um homem arrogante. Quer fazer passar Manuela como uma mulher que só fala verdade, ao contrário de Sócrates, que só fala mentira. É demasiado simples, linear e unilateral, para ser verdade. Basta que os portugueses sejam capazes de fazer um pequeno esforço de memória!
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terça-feira, agosto 18

O "CARRO ELÉCTRICO" DELES!

Para o SIMPLEX

Automóvel: Ford quer redes de carga eléctrica compatível em toda a área dos EUA

Os americanos têm cá umas ideias! Há uns anos atrás resmungaríamos com a nossa incapacidade de nos chegarmos à frente, em particular, nos progressos tecnológicos. Hoje esta notícia é acolhida pelos portugueses com a certeza de que estão actualizados em matéria de “carro eléctrico”. Porque será? E como será apresentada esta matéria no programa de governo do PSD? Rasga? Não rasga? É cedo? É tarde? Ah! Os tremendos compromissos firmados pelo governo do PS hipotecam o futuro do país!
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SOB ESCUTA

Margaret Stratton

Para o SIMPLEX

Estamos sob escuta ou há alguém na Presidência a passar informações? Será que Belém está sob vigilância? A Europa, desde que os grandes resolveram cumprir este grande armistício que dá pelo nome de União Europeia, deu sofisticação à violência comum. A violência política é, por sua vez, exercida com anestesia geral. Os políticos não morrem a tiro na rua, nem em casa, vítimas de emboscada; morrem nos vapores do éter mediático, vítimas de rumores disparados em letra de forma, de frases entarameladas, de entrevistas crípticas, de omissões premeditadas, de cínicos silêncios …
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segunda-feira, agosto 17

JUDAS

Ilustração daqui

Simplesmente miserável como, muito bem, assinala Eduardo Pitta:

A entrevista que José Luís Judas deu ao i é reveladora de uma forma de fazer política. E o título dela um modo muito particular de fazer jornalismo. José Pacheco Pereira, que foi a 1.ª vítima, será o primeiro a indignar-se.

Judas terá toda a razão do mundo para se ressentir do estado da Justiça e dos sete anos de opróbrio. E provavelmente não terá culpa do título escolhido. Mas o simples facto de ter referido a questão dá a medida de um carácter.
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sexta-feira, agosto 14

A VIDA ESTÁ DIFÍCIL ...

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DEIXAR REPOUSAR OS INDICADORES

Katie Baum

Talvez valha a pena ir às fontes para falar, com verdade, sobre os indicadores que chovem – neste caso reportando-me às estatísticas oficiais da UE – e pousá-los em repouso à vista de todos os que quiserem ver:

INFLAÇÃO – Portugal é o país, com a Irlanda, onde os preços menos subiram: The lowest 12-month averages4 up to July 2009 were registered in Ireland and Portugal (both 0.5%), and in Germany, France and Luxembourg (all 1.1%), and the highest in Latvia (8.8%), Lithuania (7.8%) and Romania (6.6%). *

PIB – Portugal é o país, com a Alemanha, França e Grécia, que apresenta o melhor resultado (+0,3) no trimestre, ou seja, o indicador revela claros indícios de se ter iniciado um período de recuperação da economia. Ver na coluna de 2009 – Q2 (2º trimestre) – a evolução do PIB no 2º trimestre de 2009: no conjunto da UE, a 16 (“zona euro”): -0,1; no conjunto da EU, a 27: - 0,3; Portugal: +0,3.

DESEMPREGO – Os dados do Eurostat, referentes a Junho de 2009, [2º trimestre] divulgados a 31 de Julho, apresentam para Portugal uma taxa de 9,3%, superior à que hoje foi divulgada pelo INE (9,1%). A taxa da UE a 16 (“zona euro”) é de 9,4% e a da UE, a 27, de 8,9%, ainda num contexto geral de crescimento do desemprego na UE. Como qualquer economista sabe os diversos indicadores não fazem “marcha unida” e o facto do desemprego tardar a desacelerar, face à recuperação da actividade económica, é uma evolução normal. Venham lá as eleições!

* The 12-month average rate4 overcomes this volatility by comparing average Harmonized Indices of Consumer Prices (HICPs) in the latest 12 months to the average of the previous 12 months. This measure is less sensitive to transient changes in prices.
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O ABSURDO POLÍTICO

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quinta-feira, agosto 13

Semelhançã

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COISAS LÓGICAS

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ECONOMIA : INÍCIO DA RECUPERAÇÃO

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JORNALISMO!

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O OLHANENSE E O ESTÁDIO DO ALGARVE

Olhanense estreia-se na Liga no Estádio do Algarve – O presidente do Olhanense, Isidoro Sousa, revelou hoje que a equipa fará a estreia caseira na Liga principal de futebol, com a União de Leiria, no Estádio Algarve, pois as obras no Estádio José Arcanjo, em Olhão, não se concluíram a tempo.

Afinal o Estádio Algarve sempre serve para acolher os jogos do Olhanense no regresso à ribalta do futebol português. O nosso país, assim como as nossas regiões e cidades, estão recheadas de histórias desta dimensão. Um clube – como quase todos – com um pequeno orçamento, enraizado numa cidade com uma autarquia com um pequeno orçamento, cede ao bairrismo em desfavor de um mínimo de racionalidade económica. Eu sei do regozijo que sentem as gentes de Olhão com a subida do Olhanense à divisão principal do luso futebol. Mas desprezar, em nome do puro bairrismo, a utilização de um estádio moderno situado a escassas dezenas de quilómetros de Olhão!... E, por fim, aceitar jogar, ao menos alguns jogos, num estádio que antes haviam recusado com pompa e circunstância! … É demasiada falta de coerência!
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sábado, agosto 8

RAUL SOLNADO

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64 anos de Hiroshima


64 anos atrás (6 de agosto) o Enola Gay lançou seu "little boy" sobre Hiroshima. Informe com diversas fotos no Big Photo (via photojournsg)

A respeito da bomba, vale assistir um documentário da BBC sobre a "primeira arma de destruição em massa" utilizada, Hiroshima, e outro documentário de 1945. Muito interessante também o site sobre WWII, o Hiroshima Archive, e as referências do livro Japan 1945: From Operation Downfall to Hiroshima and Nagasaki.
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A VIDA É FEITA DE MUDANÇA

Muito interessante a 1ª página do Expresso deste sábado: “Marques Mendes abre guerra a Manuela”; “Cavaco foi quem mais legislou em época de eleições”; “Oposição cala-se ante a saída de Moniz da TVI”. Parece que alguma coisa está a mudar. Só há mais sete (7) primeiras páginas até ao dia 27 de Setembro.

quinta-feira, agosto 6

FERREIRA LEITE NO GINÁSIO


Uma colecção de “cromos” do PSD, aparelho+fazedores de opinião, zurze as listas de candidatos que Ferreira Leite impôs ao PSD. Faltam 51 dias para o povo ir às urnas e o PSD faz o pleno: o seu programa resume-se, por ora, a um texto de 25 linhas (pífias) e as suas listas de candidatos surgem a público como um “dictat” de Ferreira Leite. A política do PSD define-se, por estes dias, em duas palavras: autoridade sem ideias. Muita gente defende que este é o melhor caminho para o PSD ganhar as eleições. Segundo alguns o povo não quer saber nem dos programas, nem dos deputados. O povo quer, quanto muito, escolher o “chefe”. No limite o povo suporta a democracia como um sacrifício necessário para evitar os incómodos da tirania. No presente a solução possível – dando de barato que não é viável suspender a democracia por 6 meses - será eleger um “chefe” forte. Ferreira Leite sabe que do outro lado estará Sócrates cuja imagem todos os portugueses interiorizaram como a de um “chefe” forte. Por estes dias Ferreira Leite dedica-se, afanosamente, mesmo que para tal seja necessário espatifar o PSD, a trabalhos de musculação. Quanto pior disserem das suas opções melhor, pensa ela (e os seus conselheiros). Pois pensa que precisa aparecer perante a opinião pública com uma imagem de autoridade incontestada. A táctica não está mal pensada. Resta saber se Sócrates será capaz de, sem perder a imagem de autoridade, credibilizar a imagem de homem de estado.
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quarta-feira, agosto 5

PALMA INÁCIO

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prémio lamniscata

Receber um prémio, nestas lides, é um convite à convivialidade (cada vez mais difícil). Ainda para mais com meio mundo a banhos. Não resisto, agradeço ao Mareirices e passo:
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A NOITE DAS FACAS LONGAS

As “Linhas Gerais do Programa Eleitoral para as Eleições Legislativas” do PSD cabem em 25 linhas. Trata-se de um borrão destinado a “tapar” as notícias, verdadeiramemte importantes, acerca do conturbado processo de escolha dos candidatos a deputados do PSD às próximas eleições legislativas. O mais extraordinário foi a velocidade com que a comunicação social substituiu as manchetes. Afinal a propaganda é inseparável da “política de verdade”. Mas as notícias da noite passada são interessantes não tanto pela exclusão de Passos Coelho como candidato, por razões assumidamente políticas, como pela lição de tolerância democrática, e de pluralidade, que o PSD deu ao país. Não se trata de uma questão de optar por “caras novas” ou por “caras velhas”. Nem de uma opção pela “competência” em desfavor da “novidade”. Nas listas do PSD haverá de tudo um pouco e nem tudo será desprezível. A importância dos acontecimentos da noite passado, pelas bandas do PSD, centra-se no facto de ter sido um espectáculo deprimente de desprezo pela democracia interna do PSD. Para tantos daqueles que sempre acusaram Sócrates de autoritário, autista, e tudo o mais, não está nada mal! É o PSD no seu máximo esplendor no regresso ao passado cavaquista. Tanto nas caras, vinte e cinco anos mais velhas, como nos métodos. Recriminações generalizadas, mesquinhez nos saneamentos, promoções improváveis, … mostrando ao país como as divergências no PS são uma brincadeira de criança à vista do espectáculo de carnificina no que parece ter sido a noite das facas longas no PSD …
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terça-feira, agosto 4

IMPRESSÕES DE UM AGOSTO PRÉ ELEITORAL

Por estes dias fui ao Algarve e voltei. Ir ao Algarve, para mim, é “ir à terra”. Pisar o chão dos meus antepassados, ajudar nalguns trabalhos e conhecer a difícil realidade de gente que não tem tempo de antena. A vida está difícil. As pessoas com quem falei não alardeavam as suas queixas. Simplesmente descreviam situações. Resignação. Um aparente alheamento da política que, em vão, clama por atenção. Os pobres acomodam-se e lutam pela sobrevivência. Os apoios do estado social evitam que muita gente caia na miséria. A época não é propícia à propaganda das ideias liberais. A propaganda política tende a deslizar para a pura demagogia populista. Os extremos polarizam os ódios, por vezes surdos, estimulando desejos de vingança, por vezes, demenciais. Os políticos que mantiverem o sangue frio, assumindo a coragem de não cair na demagogia populista, prestarão um grande serviço à democracia.
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segunda-feira, agosto 3

A ECONOMIA SOCIAL NO PROGRAMA DE GOVERNO DO PS (1)


O programa de governo do PS destaca e sublinha a necessidade de um reforço da parceria do Estado “com o sector social”, ou seja, com o “sector cooperativo e social” (conforme a Constituição da República) ou, na linguagem mais recente, utilizada na UE, com a “economia social”. A consagração deste ponto no programa de governo do PS é um grande passo em frente.
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2. Relançar a economia, promover o emprego

Em quinto lugar, reforçar a parceria com o sector social. As instituições da economia social – cooperativas, instituições particulares de solidariedade, misericórdias, associações de desenvolvimento local e outras – têm hoje em Portugal um papel chave na produção de bens e serviços essenciais à nossa vida colectiva e são responsáveis por parte muito importante do nosso emprego. Em algumas áreas as instituições da economia social são mesmo os verdadeiros pilares nacionais na produção e no emprego. Os valores únicos inscritos na sua matriz fundadora e na sua prática – cooperação, solidariedade, ligação ao território e às comunidades – tornam-nas altamente merecedoras da confiança das popula­ções.
Já hoje as entidades do sector social constituem elementos essenciais das parcerias promovidas pelo Governo para o desenvolvimento das políticas sociais. Alargar o reconhecimento social desta realidade, fomentar a participação das instituições da economia social na produção de bens e serviços (em actividades tradicionais ou em novas áreas), valorizar o seu papel na criação de emprego e apoiar de forma activa a sua capacitação (ao nível da organização e gestão, qualifica­ção dos recursos humanos e capacidade de inovação), são os objectivos centrais de uma renovada parceria público-social que defendemos e queremos prosseguir. [In Capítulo I - Economia, Emprego, Modernização].
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OS MISTÉRIOS DO METRO DE LISBOA

(Clique na imagem para ampliar)

Chegado a Lisboa, após uma breve ausência, deparo-me com uma obra às portas de casa para a qual aguardo explicação. (Ver post anterior). Mas desde sempre, no que toca à mobilidade em Lisboa, o maior mistério para mim (e não só!) é a inexistência de uma linha de metro para o aeroporto da Portela. Só agora? É um mistério indecifrável! Valorizar os terrenos da Portela? E a valorização da mobilidade? O aeroporto da Portela deve ser o único de uma capital europeia sem ligação ferroviária à cidade. Com a estação de Alvalade ali tão perto, e tão longe! Confirma-se assim que as obras públicas andam a reboque dos grandes interesses imobiliários?
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domingo, agosto 2

OBRAS NO MEU BAIRRO, PARA QUÊ?


Deixo para conhecimento público, por dever de cidadania, uma carta do meu amigo Helder Gonçalves dirigida a António Costa com cujo teor concordo. Sou morador na zona circundante e por mais que puxe pelos neurónios não consigo entender (nem ninguém do agregado familiar) a necessidade e lógica das obras em referência. [Reproduzo somente algumas das fotografias que ilustram o texto.]

Lisboa, 2 de Agosto de 2009

Exmo. Sr. Dr. António Costa, Presidente e Candidato a nova Presidência da CML

Sou munícipe de Lisboa interessado no desenvolvimento sustentado na Cidade, sou Investigador do LNEG (Laboratório Nacional de Energia e Geologia) e vivo no Bairro de Telheiras.

Nas últimas semanas de Julho iniciaram-se umas obras de remoção de duas faixas na Rua Fernando Namora e Rua Prof. Francisco Gentil, foto nº1, que ligam 4 escolas (Escola Secundária Vergílio Ferreira, a Escola EB 2/3 nº2 de Telheiras, Jardim Infantil no cruzamento da Rua Francisco Gentil com R. Hermano Neves e a Escola EB1 nº 57). De início, imaginei que porventura poderia ser a continuação da pista para bicicletas que existe e termina na Escola EB 1 nº57. Percebi de imediato que não se tratava desse projecto, mas antes da criação de lugares de estacionamento em espinha, reduzindo as 4 faixas da R. Fernando Namora a duas faixas (foto nº2), Pelo que questiono:

1. Foi feito algum estudo do impacto desta medida no fluxo de trânsito na zona?

Nota: esta redução de faixas tem implicações em 3 cruzamentos onde confluem fluxos muito densos em situação normal (cruzamento da R. Prof. João Barreira com R. Fernando Namora -foto nº3; cruzamento da R. Fernando Namora com a R. Prof. Simões Raposo, foto nº4; cruzamento da R. Fernando Namora com Azª da Torre do Fato; e o cruzamento das ruas Fernando Namora, Padre Américo, Trav. Da Luz e Rua do Seminário – foto nº 5). Nalguns destes cruzamentos, teremos reduções de fluxo de 3 faixas para uma 1, com semáforos intermitentes no cruzamento da R. Prof. Simões Raposo - foto nº6 e duas paragens de autocarro de permeio. Como cidadão solicito informação sobre o estudo concerteza efectuado pela CML.

2. A obra está Licenciada? Em nenhum dos locais esta afixada qualquer sinalética, indicativa do que se trata e do seu licenciamento.

3. Houve alguma comunicação aos moradores?

Caro Dr. António Costa, tenho ouvido nas suas intervenções que pretende melhorar a vida dos munícipes e inclusive que Lisboa precisa de “pequenas obras ao serviço dos cidadãos”. Parece-me que esta obra, seguramente não vai melhorar a vida dos munícipes desta zona, pois vai criar dificuldades ao trânsito numa zona de ligação entre quatro escolas. Parece-me que a gestão da cidade não se faz desta maneira, uma cidade é um conjunto de pequenas comunidades que vivem em diferentes bairros e que são parte interessada nas soluções a decidir, não é possível fazer obras desta natureza sem uma prévia informação aos cidadãos e sem a possibilidade de diálogo com a população e principalmente sem a conclusão de que é uma obra necessária. E esta é uma questão fundamental, que me leva à pergunta fundamental:

4. A obra é necessária? Nesta Rua já existiam lugares de estacionamento (ver foto nº7)

5. Que obra esta a ser feita entre a Escola EB1 nº 57 e o Jardim Infantil (foto 8 e 8a)?

Espero resposta urgente e apresento os meus cumprimentos;

Helder Gonçalves

Cc: Candidatos à CML, Associação de Residentes de Telheiras; Junta de Freguesia do Lumiar e de Carnide; ACP, blogosfera e comunicação social.

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sexta-feira, julho 31

VENEZUELA DE CHÁVEZ A CAMINHO DA TIRANIA

A Venezuela de Chávez a caminho da tirania. Como se constrói uma tirania? Eis aqui um exemplo prático para iniciados apoiantes de Chávez:
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PS - PROGRAMA GOVERNO

Com eleições à vista eu prefiro que os partidos apresentem, o mais cedo possível, os seus programas de governo. Faz parte integrante da lógica da própria democracia representativa. Eu sei que muita gente acha que os programas não interessam nada. Mas na verdade interessam muito. É o programa que permite ao cidadão eleitor comprometer o seu voto com conhecimento das propostas dos partidos que se apresentam ao sufrágio popular. Eu sei que os líderes dos partidos interessam muito. Mas são os programas de governo que permitem distinguir a democracia da tirania. Na democracia existem diversos programas em confronto, expressando diversas visões da sociedade e do mundo, e diferentes medidas de política que cada partido, caso ascenda ao governo, pretende pôr em prática. Na tirania existe um só programa, uma única visão da sociedade e do mundo e medidas políticas que são impostas pela força e se não discutem. Estamos muito longe da tirania. É verdade. Mas considerando o tempo que falta para os portugueses irem às urnas – 2 meses menos 4 dias (com Agosto pelo meio) – desenha-se um cenário no mínimo pitoresco: o partido socialista corre o risco de ser acusado, subliminarmente, de tendências ditatoriais por ter apresentado a sua proposta de programa de governo. O PSD tenta fazer passar uma imagem de tirania ao contrário colocando o PS no lugar do partido único que apresenta um programa de governo contra todos os outros partidos … que se silenciam a si próprios. Mesmo se quisermos ser benevolentes com esta táctica do PSD – que é a única alternativa de governo ao PS – trata-se, no mínimo, de jogo sujo. O PSD lança pedras escondendo a mão. Mas fez bem o PS em colocar as cartas na mesa. Mostrou, além do mais, que é um partido responsável. Que não tem medo do debate livre e democrático. Quanto às propostas contidas no programa de governo do PS logo abordarei aquelas que mais me interessam.
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quarta-feira, julho 29

PSD - A LARANJA GASTADORA POR CARLOS SANTOS

Respondendo a três falácias económicas adicionais do PSD

Após o esclarecimento dado aqui, ainda existe alguma relutância do PSD em aceitar os argumentos de Ricardo Reis sobre a maior responsabilidade do partido no crescimento da máquina do Estado. Para que não subsistam dúvidas, abordarei abaixo as questões levantadas por Maria João Marques, Miguel Morgado e Nuno Gouveia [esta última já mais desligada da recusa em aceitar as conclusões de Ricardo Reis].
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DORMIR COM O INIMIGO

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A POLÍTICA SEMPRE NA FRENTE

Adam Jahiel

Nos inícios de Junho de 2005, passam pouco mais de 4 anos, escrevi um artigo intitulado: Os Socialistas, o Deficit e a Reforma do Estado Providência.

Ao reler o que então escrevi, nos inícios da governação socialista de Sócrates, não fui assaltado por nenhum sentimento de arrependimento. Voltaria, hoje, a escrever o mesmo com redobrada convicção.

Mas chamo a atenção – nesta época de eleições – para a frase de Alexandre Herculano que escolhi para epígrafe desse mesmo artigo:

"Desconfiai daqueles que vos dizem: nada de discussões políticas que são estéreis; ocupemo-nos só dos melhoramentos materiais do país".
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O PSD E O MONSTRO

Janice Levy

A paternidade do monstro e os governos PSD

A imagem que associa os governos PS ao excesso de despesa pública é falsa. É o que demonstra o estudo de Ricardo Reis. Os governos gastadores são os do PSD. O monstro de que falava Cavaco foi uma criação dele próprio. A ministra das finanças mais gastadora foi Manuela Ferreira Leite. Ao contrário de todas as aparências em matéria de despesa pública a formiguinha é o PS e a cigarra o PSD.
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PSD : O MONSTRO POSTO A NU

Janice Levy

Sendo o PSD o partido à direita, esperaríamos que o crescimento do Estado fosse mais moderado quando está no poder. Mas os dados revelam uma realidade surpreendente. Quando o PSD está no poder, o monstro cresce em média 0,35% por ano, enquanto quando é o PS no poder a despesa cresce apenas 0,25% por ano. Se olharmos só para o efeito do partido no poder na despesa pública para além do efeito das variáveis económicas, então o contributo do PSD para o monstro é ainda maior, o dobro do que o do PS. Olhando para os quatro governos individualmente, o maior aumento na despesa veio durante os governos de Durão Barroso e Santana Lopes: 0,48% por ano. Segue--se-lhe o governo de Cavaco Silva com 0,32%, António Guterres com 0,31%, e por fim José Sócrates com um aumento de apenas 0,14%.
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segunda-feira, julho 27

HERMAN JOSÉ

O único problema é que em Portugal não se passa nada.

Entrevista de Herman José no I à atenção do pessoal que tentar fazer coisas novas na política no ano de todas as eleições.
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O Zepelim do PND


O assunto em apreço é muito importante. A questão a saber é se o Estado de Direito leva a sério a investigação de actos de violência política que põem em causa a liberdade. [Tomo por boa a informação da legalidade daquela acção de campanha.]

Em qualquer circunstância se esta acção violenta passar em claro – sem que os autores dos disparos sejam identificados e acusados – ficaremos todos a saber que estão abertas as portas para a repetição de actos de violência política com garantia de impunidade dos seus autores.
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BLOGCONF

Ilustração daqui

Todas as coisas na política, como na vida, têm a sua importância mas umas têm mais importância que outras. O facto de José Sócrates estar disponível para participar numa conversa livre com blogger tem mais importância do que parece. Blogconf.
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domingo, julho 26

CAMPUS DA JUSTIÇA

[Clique na imagem para ampliar]
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Para aqueles que reclamam do PS que demonstre as obras do seu governo aqui deixo uma breve reflexão, bem informada, acerca do recentemente inaugurado Campus da Justiça.
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sexta-feira, julho 24

DESPOJOS DE UM JANTAR ESTIMULANTE


Fotografia dos despojos do jantar de (quase) todos os participantes do blogue SIMPLEX. O programa do blogue é simples e resume-se numa palavra: Liberdade. O objectivo imediato do blogue é mais complexo: assumindo todas as diferenças juntamo-nos para apoiar o PS nas próximas eleições legislativas. Para alguns foi surpreendente … isso é que me surpreende!
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quinta-feira, julho 23

PSD: PROGRAMA DE VÉSPERA


Para mim a melhor ideia para celebrar a liberdade é, simplesmente, praticá-la. As eleições, tal qual o nosso sistema político constitucional consagra, são um momento de exercício da liberdade. Muitas gerações de portugueses lutaram, sofreram, morreram ou, simplesmente, ansiaram pela chegada do dia em que pudessem votar em liberdade. Um dos apelos mais banais e, ao mesmo tempo, mais transcendentes, em democracia, é o apelo ao voto. O voto é uma obrigação dos que prezam a liberdade e a democracia.

A melhor estratégia para mobilizar os cidadãos a ir às urnas reside na capacidade dos partidos em criarem ideias novas que possam ser postas em prática no sentido da melhoria da qualidade da vida de cada um, e de todos, e da própria democracia. Elementar! Mas é o mais difícil desde o princípio: a elaboração dos programas eleitorais é suficientemente participada, ao menos, pelos militantes e simpatizantes dos respectivos partidos? Não! Que não passe em claro a fraqueza da componente participativa da democracia representativa!

No caso das presentes eleições legislativas o PS, tal como os restantes partidos de esquerda, e o CDS/PP, têm apresentado fragmentos relevantes dos respectivos programas que são inteligíveis pela maioria dos cidadãos. Além do mais todos os principais partidos, com excepção do PSD, mantêm as respectivas lideranças partidárias o que, atendendo à forte tendência para a personalização das escolhas dos eleitores, atenuam o deficit do debate programático.

O mesmo não acontece com o PSD de cujo programa, a dois meses do escrutínio, não se conhecem mais do que ideias que ziguezagueiam entre a negação, o vazio e a omissão. O que pensa o PSD fazer, se acaso aceder ao governo, é um enigma insuportável em democracia de que não serve de desculpa a escassez do tempo que, aliás, foi de sobra.

Talvez o PSD, e a sua nova liderança, pensem que o melhor programa seja a ausência de programa. Compreendo o topete: a memória atrapalha quem tem medo do futuro e o futuro atrapalha quem vive de mal com a memória do passado.
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CACARÁ KÁKÁ ...

Fotografia daqui

Ainda se lembram? No dia 23 de Julho de 2004 escrevi na Abébia Vadia:

Hoje José Manuel Barroso foi eleito "Presidente da EU". Os Europeus que se cuidem. A experiência imediatamente anterior de Barroso é de infidelidade aos compromissos.

Deixou o governo de Portugal a Santana que, por sua vez, deixou a Câmara Municipal de Lisboa a Carmona. Na hora de fazer as contas, pela pequena amostra da CML, já se percebeu que, afinal, temos "buraco".

Os incautos ficam espantados. Quem havia de dizer! Vamos esperar, preocupados, pelo resultado final desta operação nacional de "branqueamento de responsabilidades". Entretanto vejam se conseguem encaixar estas duas citações no contexto.

"C. que procura seduzir, que dá demais a toda a gente e nunca cumpre. Que tem necessidade de adquirir, de conquistar o amor e a amizade e que é incapaz de uma coisa e outra. Bela figura de romance e lamentável imagem de amigo."

"A respeito de um mesmo assunto, não pensamos pela manhã da mesma forma que à noite. Mas onde está a verdade, no pensamento nocturno ou no espírito do meio dia? Duas respostas, duas raças de homens."
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Albert Camus, in Cadernos, "Caderno n.º 2 (Setembro de 1937/Abril de 1939) - Edição Livros do Brasil
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terça-feira, julho 21

ALERTA LARANJA

Não pouparei energias no combate político que antecede as legislativas de 27 de Setembro. O objectivo é lutar por uma vitória do PS. Talvez muitas vozes livres, e descomprometidas com a alquimia do poder, possam contribuir para esclarecer as vantagens do voto no PS. É disso que se trata. Esta vai ser uma batalha política eleitoral de tipo novo. Mais próxima do modelo do confronto entre políticas e personalidades que mutuamente se excluem: entre o socialismo democrático e o liberalismo disfarçado de social-democracia, entre José Sócrates e Manuela Ferreira Leite. O eleitorado vai escolher entre o PS e o PSD cujos projectos políticos são, mais do que nunca, personalizados por Sócrates e Manuela. Não é por acaso que todas as baterias da oposição, dos poderes cinzentos das corporações aos poderes fácticos, estão, desde há muito, apontadas contra Sócrates. Eles sabem que, hoje, como sempre, os programas são importantes mas os lideres que os interpretam são determinantes nas escolhas do eleitorado. Aqueles que têm dúvidas acerca de Sócrates o que têm a fazer é votar na mãozinha do PS. Aqueles que têm dúvidas acerca do PS o que têm a fazer é votar em Sócrates. É preciso não ter medo de assumir que só a vitória do PS evitará o caos social, a ingovernabilidade política e, quiçá, o emergir da violência. Estou a dramatizar? É verdade. Mas a realidade é que, com uma derrota do PS, se juntarão ingovernabilidade política, recessão (ou depressão) económica e crise social. É uma “caldeirada” perigosa e que estamos a tempo de evitar. Por isso participei na ideia da criação e dinamização do SIMPLEX. Apoiar a Mudança, Sem Mudar de Ideia!
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