terça-feira, fevereiro 16

O que os meus olhos viram

Rita Bernstein


Eu vi os partidos extremos da esquerda e da direita obrigarem um governo em apuros a reduzir a receita e aumentar a despesa. A direita tem tendência a reduzir a receita e a esquerda tende a aumentar a despesa. Mas ver os dois extremos coligados para defender ambas as coisas, era coisa nunca vista.

Eu vi o Dr. Jardim propor uma coligação dos partidos extremos da direita e esquerda. O Dr. Jardim costuma dizer coisas espantosas. Mas pensar num governo composto por Paulo Portas, Ferreira Leite, Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa, é ainda mais espantoso.

Eu vi Felícia Cabrita fazer um “most” jornalístico com a divulgação de processos judiciais sigilosos, tal como fizera nos casos Freeport e Casa Pia. Eu sei como ela consegue obter os segredos mais bem guardados. Mas ver o País pendurado das iniciativas desta mulher, é coisa arrepiante.

Eu vi dois magistrados da província, depois de cuscarem conversas entre jovens negociadores, convencerem-se de que existia um plano para destruir o Estado de Direito. Os jovens apenas falavam de nos livrar da fúria justiceira de Manuela Moura Guedes e seu marido. Achar que o casal Moniz é o Estado de Direito, deve ser anedota.

Eu vi a comunicação social dizer que não existe liberdade de expressão em Portugal, enquanto usava a liberdade de atacar o poder de forma nunca vista. Eu lembro-me do tempo em que não existia liberdade de expressão. Dizer que ela não existe agora, soa-me deveras estranho.

6 comentários:

Miguel Gomes Coelho disse...

Perfeito !`
É que eu também vi ...
E eu também vivi...
E nunca mais me esqueço !

atento disse...

Mais uma "cabala" contra o PS...

Anónimo disse...

Felícia Cabrita abre as pernas e abrem-lhe as portas dos segredos de justiça.
Eu, que sou puta, tambem abro as pernas e sou paga para isso, ela recebe em géneros que revende.
Somos diferentes.

Galeota disse...

Neste momento,e face à crise internacional e à situação de pobreza em que se encontram muitos portugueses devemos encontrar caminhos de unidade à volta do Sr. Eng.José Sócrates. "Os problemas" das ligações entre empresas-comunicação social-Governo devem ter na Assembleia da República o tratamento adequado.

vai tudo abaixo disse...

Os "xuxas" estão a ficar aflitos. Até já culpam a jornalista pelas mentiras do seu líder. Ainda agora a procissão vai no adro!

Luís Maia disse...

Eu também vejo que o primeiro ministro oriundo dum partido de esquerda como o PS, anda envolvido em demasiados casos, todos eles graves de mais para se acreditar que todos são falsos.
Também vejo o orçamento dum governo de esquerda passar no parlamento com votos da queijaria CDS de extrema direita (classificação do articulista).
Os dois magistrados da província viram indícios que os dois jovens gestores falavam em nome do chefe, contudo planos para NOS livrar da fúria de MMG, deve traduzir-se por planos para O (a ele Sócrates) livrar da fúria da MMG. A isso chama-se censura, porque se a fúria fosse mentirosa devemos lembrar-mo-nos que existem tribunais.

Quanto aos métodos como se conseguem informações, quando se afirma abertura de pernas às fontes, não devemos esquecer que pode haver sempre alguém que imagine que o próprio dê o rabo, para as desmentir.

Ele há gostos para tudo.