Há dias em que escrevo dos sentimentos improváveis o cerne do que as palavras representam: dar a todos os que as lêem a capacidade de se apropriarem do renovado sentido delas. É o tempo da alegria. Fechar um círculo próprio e abrir uma janela por onde os outros nos interpretem. Aspirar à arte. Sentir que se criou uma obra por mais pequena e insignificante. Derramar a luz sobre o túnel enegrecido pelo desespero. Dar uma mão a outra mão que nem se adivinha. Tão tarde já no tempo e tão cedo no sentir a presença de todos os que nos amaram. Os que partiram para sempre. Os que ficaram. E nos esperam. Os que abandonamos. Esquecemos. Fazemos desesperar. Os que desejamos. Tudo e nada. Um momento breve que se esvai e morre.
[17/5/2008]
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2 comentários:
Das palavras que nos retratam - memória e futuro.
Não se vê..., mas venho aqui oferecer, todos os dias, fotografias...a preto e branco.
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