Um pico de crise política emerge e dificilmente se antevê a saída dela.
A tempestade perfeita de consequências difíceis de prever. Escasseiam as
palavras para a descrever. A democracia sem partidos, ou de partido único, não
é democracia, é tirania. Não há volta a dar. É preciso reinventar um modelo que,
faz muito tempo, assentava no que se chamava “centrismo radical”. Os partidos
que foram gerados pelos processos de libertação da tragédia da 2ª guerra e/ou
das ditaduras, mais ou menos tardias, (algumas da europa meridional) estão
gastos, geraram em todos os países (mesmo nos do norte da Europa) dinâmicas de
reprodução ideológica, e de aparelho, que já não são expressão satisfatória das
aspirações de largas camadas das populações. Sem afastar os partidos será
necessário criar novas formas de expressão da vontade popular, novas
conjugações que assimilem a democracia digital, a democracia representativa e a
democracia direta (ou participativa, para usar um termo mais moderado). Tudo
demora tempo e por vezes exige convulsões. Ao que assistimos hoje, não só no
ocidente, como no oriente e nas américas, em todo o mundo, é a uma revolução
que um dia será conhecida por uma designação ainda não encontrada com exatidão.
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