Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
sexta-feira, agosto 29
agosto - dia 29
As notícias que nos são acessíveis do mundo, e do país que é o nosso, soltam-se no ar em turbilhão. Salvo nos regimes com supressão, ou limites apertados, da liberdade de informação, ou seja, nas ditaduras, a regra é a da disputa política sempre ganhar contornos agrestes na conquista da opinião pública. Sempre assim foi em regimes democráticos onde impera o primado da lei e da liberdade de imprensa. Nada de substancialmente novo se passa nos nossos dias a não ser a emergência das redes sociais através das quais cada um de nós se pode transformar, quase que instantaneamente, num "órgão de informação". Resta continuar a manter o equilíbrio que, no caso, se resume, entre outros aspetos, em assumir a natureza micro da participação de cada um nesta torrente de informação, nem por isso dispensável no presente contexto, e a perceção de que existe um imenso mundo de informação que nunca fica acessível ao maior número de cidadãos mantendo-se no segredo dos deuses. E ainda, não menos importante, ter presente o imenso manancial de contrainformação que se dispensa de reserva para assumir a mentira em todo o seu esplendor.
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