quinta-feira, dezembro 17

Presidenciais - take 3

Começam a densificar-lhe as notícias, testemunhos e reportagens acerca dos candidatos presidenciais sempre com o favorecimento daqueles que, conforme costumam afirmar os meios de comunicação, estão à frente nas sondagens. Se este favorecimento pelos meios de comunicação social já é lamentável nas eleições legislativas quanto mais nas presidenciais que se destinam a eleger uma pessoa que, após eleita, se torna num órgão de soberania. Num estado democrático maduro, com respeito pelas regras da igualdade, todos os candidatos, desde que devidamente acautelada a sua idoneidade pessoal, ainda antes de cumpridas todas as formalidades legais, deveriam merecer igual tratamento, em particular, o mesmo tempo de exposição mediática, em especial, pelos canais de televisão. Qualquer cidadão maior de 35 anos, em Portugal, é livre de apresentar candidatura presidencial. Esta minha questão não é nenhuma brincadeira, nem ingénua aspiração à perfeição do regime democrático. As regras do mercado não deveriam sobrepor-se às regras da democracia. No que me toca continuo a achar que as regras do mercado podem contribuir para matar a democracia. Pelo menos a televisão pública, chamada de RTP (e a rádio pública chamada de RDP) deveriam dar o exemplo seja na pré campanha, seja no período da campanha eleitoral.

1 comentário:

Abraham Studebaker disse...


Criemos o "efeito Costa" nas presidenciais!!! Se António Costa conseguiu um entendimento para governar com a esquerda,como não conseguirá um entendimento para eleger um presidente de esquerda? Estaremos,cegos e incapazes,assistindo sentados ao corso carnavalesco da direita, que já transporta, em triunfo anunciado, o rei Momo deles?