sexta-feira, fevereiro 26

NAS VÉSPERAS DA POSSE DE UM NOVO PR

A doze dias da tomada de posse do PR que estará a informar-se acerca das questões mais relevantes com as quais se confrontará. Não me atrevo a fazer um elenco delas muito menos uma hierarquia da sua importância para o país e para os portugueses. A opinião publicada reproduz as ideias, projetos e ambições dessa realidade que é designada por mercados. Uma estranha mescla de avençados que opinam conforme as ideias de quem lhes paga em prejuízo das suas próprias ideias. Uma das mais trágicas consequência desta realidade é a morte do jornalismo livre com a criação de um quase unanimismo no que se refere às politicas a seguir para esconjurar a crise financeira. Como muito bem diz Pacheco Pereira, faz muito tempo, tem vindo a ser criado um ambiente típico de pensamento único através do qual todas as soluções que não sejam alinhadas com as politicas austeritárias são diabolizadas. Abrir um trilho através do qual seja viabilizada uma outra e diferente solução para a crise é uma tarefa ciclópica. É esse o trabalho do governo de Costa não tanto para consumo interno mas mais no confronto com as estruturas eurocratas dominadas pelo pensamento dominante da chamada austeridade virtuosa, mesmo após a evidência do seu rotundo fracasso. Vamos ver até que ponto as circunstâncias da politica europeia e global e a competência do governo em funções - com a originalidade de se apoiar à esquerda - se conjugam para tornar possível demonstrar a viabilidade prática de uma alternativa politica às soluções preconizadas pelos partidos do PPE e seus aliados descoloridos de todas as matizes. A ver também como se posicionará o novo PR face a esta solução de governo no cotejo com o posicionamento do seu antecessor.

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