quarta-feira, julho 19

ALBERTO MARTINS

A luta politica é uma expressão do debate de ideias em torno de interesses materiais conflituantes, ou opostos, de conceções doutrinárias, ou filosóficas, divergentes no que respeita à organização da sociedade ou à própria vivência individual. Em democracia o debate, e combate politico, é realizado de forma pacifica, ou seja, pelo confronto de ideias sendo as decisões tomadas através do voto.
Hoje o Alberto Martins, exercendo o mandato de deputado eleito pelo PS, anunciou no Parlamento, para minha surpresa, o abandono da vida politica ativa.
Dei por mim a pensar que a democracia representativa em Portugal atingiu, com todos os seus defeitos, a idade madura. Pois foi possível que um ativista da luta contra a ditadura (que ganhou reconhecimento, e notoriedade, por ter, publicamente, desafiado a autoridade do "mais alto magistrado da nação", na crise académica de Coimbra, em 1969) tenha encerrado um ciclo completo de intervenção politica, desde os anos 60 do século passado, através de sucessivas conquistas, num ambiente de normalidade institucional, em plena liberdade.
Acrescento para os menos bem informados, que são quase todos os fazedores de opinião, jornalistas profissionais, ou outros, como hoje ficou demonstrado, que Alberto Martins não foi sempre militante do PS.
Após o 25 de abril de 1974, durante largos anos,(não sei precisar até quando)foi destacado militante, e dirigente do MES (Movimento de Esquerda Socialista),tendo, posteriormente, aderido ao PS, por opção própria, tal muitos outros entre os quais me incluo.
Para o Alberto Martins os meus desejos de felicidades pessoais, com um abraço fraternal.

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