Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
sábado, julho 22
NOVO TEMPO
A politica em Portugal sofreu uma mudança de qualidade com a entrada em cena da fórmula politica pós eleições legislativas de 4 de outubro de 2015. Quanto mais tempo ela durar, ao que tudo indica poderá durar a legislatura completa, mais se acentuará a deriva populista com expressão partidária - à falta de um partido de extrema direita - nos partidos mais à direita do espetro politico tradicional. Estamos a assistir, no nosso país, a um fenómeno novo que consiste na emergência de um discurso populista, explorando temas, desde há muito assumidos por partidos da extrema direita europeia, mas que em Portugal parece encontrarem acolhimento em partidos do sistema. Poderá tratar-se de um fenómeno pontual ou, provavelmente, o inicio do processo de criação de uma formação politica assumidamente de extrema direita. Não creio que o PSD possa vir a transformar-se nessa formação quer pela sua história, quer pela natureza da sua base social, quer pelo seu enquadramento internacional. Mas no presente contexto algo terá que acontecer no sentido do reajustamento partidário. Estamos no inicio de um novo tempo politico.
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