Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
sexta-feira, março 25
quinta-feira, março 24
quarta-feira, março 23
terça-feira, março 22
DIA MUNDIAL DA POESIA (ONTEM)
MEU POEMA
Meu poema é um silêncio aceso
que me alumia o caminho da fala
e se derrama na palavra escrita
à mão teclada ou manuscrita
Meu poema só existe quando escapa
ao exacto momento que o suscita
e nada mais tem para dizer
senão o que a própria mão lhe dita
[In 25 Poemas escritos, a lápis, entre Novembro de 2007 e Março de 2008, nas páginas do livro “Toda a Poesia”, de Ferreira Gullar, 15ª edição, José Olympio, Editora.]
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ARTUR AGOSTINHO MORREU
Artur Agostinho é uma daquelas figuras que, pense-se o que se pensar, faz parte do imaginário de mais de uma geração de portugueses. A sua voz, ainda mais do que a sua figura, ecoará para sempre na minha memória. Ao que me disseram, faz tempo, pessoas amigas, era um homem bom que foi capaz de ser solidário com injustiçados do antigo regime sendo ele próprio injustiçado pelo novo. O tempo sarou as feridas e o seu discurso que há poucas semanas tivemos oportunidade de ouvir numa longa, e comovente, entrevista televisiva era de um saudável optimismo, realista, com os olhos postos no futuro. Salvé!
domingo, março 20
sábado, março 19
sexta-feira, março 18
quarta-feira, março 16
terça-feira, março 15
segunda-feira, março 14
domingo, março 13
UMA TRAGÉDIA REAL
Não são audíveis palavras de solidariedade com o povo do Japão - pelo menos não as oiço - nem gestos, formais ou informais, pois a nossa gente, a todos os níveis, anda nuito mais preocupada com a sua vidinha.
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sábado, março 12
NUCLEAR
Uma ironia trágica. O Japão primeiro, e único, país vitima de um ataque atómico, em cenário de guerra, confronta-se com os perigos que as centrais nucleares, em cenário de paz, podem suscitar. Ponto de reflexão.
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sexta-feira, março 11
quinta-feira, março 10
quarta-feira, março 9
sexta-feira, março 4
quinta-feira, março 3
quarta-feira, março 2
terça-feira, março 1
segunda-feira, fevereiro 28
domingo, fevereiro 27
sábado, fevereiro 26
sexta-feira, fevereiro 25
quarta-feira, fevereiro 23
terça-feira, fevereiro 22
segunda-feira, fevereiro 21
domingo, fevereiro 20
sábado, fevereiro 19
sexta-feira, fevereiro 18
quarta-feira, fevereiro 16
segunda-feira, fevereiro 14
sábado, fevereiro 12
sexta-feira, fevereiro 11
quinta-feira, fevereiro 10
quarta-feira, fevereiro 9
terça-feira, fevereiro 8
segunda-feira, fevereiro 7
sábado, fevereiro 5
sexta-feira, fevereiro 4
quinta-feira, fevereiro 3
terça-feira, fevereiro 1
segunda-feira, janeiro 31
domingo, janeiro 30
sábado, janeiro 29
sexta-feira, janeiro 28
MORREU AMÉLIA CAMPOS COROA
Morreu Maria Amélia Campos Coroa. Um dia era eu estudante no Liceu de Faro e, naquelas correrias do recreio, sem querer, pisei-a ficando com a sensação de a ter ferido. Os meus receios eram infundados mas nunca mais me esqueci. Era minha professora e senti-me culpado, vá lá saber-se porquê.
Mais tarde acabaria por ser integrado, por influência do meu irmão Dimas, no Grupo de Teatro do Círculo Cultural do Algarve criado pela família Campos Coroa (os irmãos José e Emílio e Amélia, mulher deste) beneficiando de uma emersão cultural, de cariz progressista, na província salazarista da época que retenho na memória como uma dádiva.
Amélia Campos Coroa é uma mulher de fina sensibilidade, actriz de génio, embora nunca tenha ganho as luzes da ribalta nacional à qual só acedem os profissionais que ela, pelas vicissitudes da vida, nunca foi. Amélia é uma figura admirável de mulher e actriz (por amor) cujo convívio me marcou para toda a vida.
Mais tarde, já após as lides teatrais, aceitou partilhar uma sessão de apresentação de um livro em que disse pelo menos um poema de minha autoria (que sensação senti!) e dela ouvi palavras de sincero repúdio, e solidariedade, pelas inenarráveis circunstâncias do meu afastamento, pela direita beata, da Direcção do INATEL. A notícia da sua morte fez-me chorar lembrando o seu corpo frágil e a sua voz expressiva que no palco se transfiguravam. Honra à sua memória!
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quinta-feira, janeiro 27
quarta-feira, janeiro 26
terça-feira, janeiro 25
domingo, janeiro 23
sábado, janeiro 22
sexta-feira, janeiro 21
PRIMEIROS POEMAS
É um livro artesanal que esgotou na sua edição em papel. A Isabel Espinheira concebeu um livro/objecto muito interessante nos finais de 2007 com os primeiros poemas que escrevi, com intencionalidade poética, nos inícios da década de 80. Era para ter sido uma prenda de Natal para os amigos mas só saíu jé em 2008. Passado todo este tempo a Isabel criou uma edição em formato digital do mesmo livro. Depois de entrar neste LINK encontra em baixo uma setinha que permite folhear. Ele há dias felizes. Horas e momentos também. Mas é preciso que o link funcione e só funciona, para já, quando lhe apetece.
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quinta-feira, janeiro 20
quarta-feira, janeiro 19
terça-feira, janeiro 18
sábado, janeiro 15
sexta-feira, janeiro 14
quinta-feira, janeiro 13
terça-feira, janeiro 11
segunda-feira, janeiro 10
sábado, janeiro 8
sexta-feira, janeiro 7
RUBEN FARIA
As imagens são da 1ª etapa mas, hoje, Ruben Farias repetiu a proeza ao vencer de novo. Começa a ser um desempenho excepcional para o que suponho ser um "aguadeiro" da equipa.
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quinta-feira, janeiro 6
quarta-feira, janeiro 5
terça-feira, janeiro 4
domingo, janeiro 2
sábado, janeiro 1
DILMA
Uma mulher da minha geração alcança o poder, por via democrátrica, no maior país de língua portuguesa, uma potência emergente que, no futuro próximo, influenciará, de forma decisiva, o futuro do mundo. Quando Lula foi reeleito, apesar de toda a demagogia, era bastante perceptível o sentido sua política. Dilma vai, mais coisa menos coisa, trilhar um caminho de continuidade. Tenho esperança no futuro.
sexta-feira, dezembro 31
quinta-feira, dezembro 30
1963. UMA SURPRESA DE FIM DE ANO
1963 - Equipa de Juniores do Farense
De pé (da esquerda para a direita): Vitor Passos, Cavaco, Eduardo Graça, Silvino Octávio Rosa Santos e Mariano; em baixo: Bastardinho, Leonardo e José Maria.
De pé (da esquerda para a direita): Vitor Passos, Cavaco, Eduardo Graça, Silvino Octávio Rosa Santos e Mariano; em baixo: Bastardinho, Leonardo e José Maria.
Uma boa surpresa de fim de ano que me foi enviada pelo Silvino via facebook. No campo da Alameda, em Faro, a equipa de júniores de basquetebol do Farense na qual eu alinhava com a camisola nº4. Guardei a camisola que é linda e está como nova. Esta é uma actividade de que guardo uma memória bem viva no centro da qual vivem os meus companheiros de equipa. E que dizer do campo da Alameda, assim como do público que, nos jogos com o Olhanense, em regra, se envolvia à pancada e eu, lá dentro, sem perceber nada. Afinal rivalidade exacerbada. A mim só me interessava o jogo pelo jogo. A equipa era mediana em qualidade de jogo mas, apesar de tudo, tinha centrímetros para a época. Eu acrescentava 1,83 cm mas o Silvino, se não erro, era o mais alto. O melhor, salvo melhor opinião, era o Bastardinho. Um abraço para todos.
Coisas que nunca deverão mudar em Portugal
Portugueses: 2010 tem sido um ano difícil para muitos; incerteza, mudanças, ansiedade sobre o futuro. O espírito do momento e de pessimismo, não de alegria. Mas o ânimo certo para entrar na época natalícia deve ser diferente. Por isso permitam-me, em vésperas da minha partida pela segunda vez deste pequeno jardim, eleger dez coisas que espero bem que nunca mudem em Portugal.
1. A ligação intergeracional. Portugal é um país em que os jovens e os velhos conversam - normalmente dentro do contexto familiar. O estatuto de avô é altíssimo na sociedade portuguesa - e ainda bem. Os portugueses respeitam a primeira e a terceira idade, para o benefício de todos.
2. O lugar central da comida na vida diária. O almoço conta - não uma sandes comida com pressa e mal digerida, mas uma sopa, um prato quente etc., tudo comido à mesa e em companhia. Também aqui se reforça uma ligação com a família.
3. A variedade da paisagem. Não conheço outro pais onde seja possível ver tanta coisa num dia só, desde a imponência do rio Douro até à beleza das planícies do Alentejo, passando pelos planaltos e pela serra da Beira Interior.
4. A tolerância. Nunca vivi num país que aceita tão bem os estrangeiros. Não é por acaso que Portugal é considerado um dos países mais abertos aos emigrantes pelo estudo internacional MIPEX.
5. O café e os cafés. Os lugares são simples, acolhedores e agradáveis; a bebida é um pequeno prazer diário, especialmente quando acompanhado por um pastel de nata quente.
6. A inocência. É difícil descrever esta ideia em poucas palavras sem parecer paternalista; mas vi no meu primeiro fim de semana em Portugal, numa festa popular em Vila Real, adolescentes a dançar danças tradicionais com uma alegria e abertura que têm, na sua raiz, uma certa inocência.
7. Um profundo espírito de independência. Olhando para o mapa ibérico parece estranho que Portugal continue a ser um país independente. Mas é e não é por acaso. No fundo de cada português há um espírito profundamente autónomo e independentista.
8. As mulheres. O Adido de Defesa na Embaixada há quinze anos deu-me um conselho precioso: "Jovem, se quiser uma coisa para ser mesmo bem feita neste país, dê a tarefa a uma mulher". Concordei tanto que me casei com uma portuguesa.
9. A curiosidade sobre, e o conhecimento, do mundo. A influência de "lá" é evidente cá, na comida, nas artes, nos nomes. Portugal é um pais ligado, e que quer continuar ligado, aos outros continentes do mundo.
10. Que o dinheiro não é a coisa mais importante no mundo. As coisas boas de Portugal não são caras. Antes pelo contrário: não há nada melhor do que sair da praia ao fim da tarde e comer um peixe grelhado, acompanhado por um simples copo de vinho.
Então, terminaremos a contemplação do país não com miséria, mas com brindes e abraços. Feliz Natal.
quarta-feira, dezembro 29
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