Os professores estão na ordem do dia. No entanto ninguém fala do seu papel no processo educativo. No processo de inclusão social dos jovens e no apoio às famílias. Da sua formação ou falta dela. Da sua itinerância forçada. Da sua profissionalização. Do seu saber. Nada se fala das questões da qualidade. Nada se diz acerca do programa de combate ao abandono escolar anunciado, tempos atrás, pelo governo. Nada se fala acerca da reforma. Nada se fala acerca do fecho de escolas com menos de 10 alunos. E também quase nada se fala acerca do papel das autarquias, das associações de pais, de estudantes e dos sindicatos Fala-se muito de professores. Mas não se fala nada de educação. Professores 1-Educação 0.
Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
quarta-feira, setembro 22
terça-feira, setembro 21
Professores colocados com atraso e…à mão
Um dia, andava eu no liceu, reparei, como todos os meus colegas, que o professor Almodoval (julgo não errar no nome) trazia, durante todo o Inverno, sempre a mesma gabardina com um remendo bem à vista de qualquer olhar menos atento. No ano seguinte igualmente.
O Prof. Neves vestia com a modéstia de um sábio pouco preocupado com as aparências. No ano seguinte igualmente. Eram excelentes os professores Almodoval e Neves, assim como tantos outros que conheci no Liceu de Faro.
A permanência dos professores nas escolas era assegurada por um par de anos razoável. Todos se lembram das carreiras de professores poetas consagrados como Régio, ligado a Portalegre ou Gedeão, ligado a Lisboa. Ficaram muitos anos a leccionar no mesmo liceu.
Eu sei que o liceu, nessa época, era frequentado por um número de alunos incomparavelmente inferior aos liceus dos nossos dias. Da frequência do ensino liceal restrita a uma elite de privilegiados, passamos, em poucas décadas, felizmente, para a frequência em massa dos liceus abarcando, tendencialmente, a totalidade dos jovens portugueses em idade escolar. A natureza do processo educativo mudou.
Mas serve a evocação para, sem saudosismo, lembrar que não mudou o valor inestimável da sobriedade, da competência, da modéstia, do saber e da estabilidade no exercício da função docente. Assim sejamos capazes de aplacar a ira do fascínio pela sociedade da informação, da mobilidade e do consumo para dar à escola pública a capacidade (em recursos, qualidade e autenticidade) de reter, por mais e melhor tempo, alunos e professores. É essa uma das questões que está escondida por detrás deste problema da colocação dos professores.
Paradoxalmente, na sociedade da informação, os professores vão ser, finalmente, colocados nas escolas, com atraso e …à mão. Pode ser, quem sabe, um bom sinal!
O Prof. Neves vestia com a modéstia de um sábio pouco preocupado com as aparências. No ano seguinte igualmente. Eram excelentes os professores Almodoval e Neves, assim como tantos outros que conheci no Liceu de Faro.
A permanência dos professores nas escolas era assegurada por um par de anos razoável. Todos se lembram das carreiras de professores poetas consagrados como Régio, ligado a Portalegre ou Gedeão, ligado a Lisboa. Ficaram muitos anos a leccionar no mesmo liceu.
Eu sei que o liceu, nessa época, era frequentado por um número de alunos incomparavelmente inferior aos liceus dos nossos dias. Da frequência do ensino liceal restrita a uma elite de privilegiados, passamos, em poucas décadas, felizmente, para a frequência em massa dos liceus abarcando, tendencialmente, a totalidade dos jovens portugueses em idade escolar. A natureza do processo educativo mudou.
Mas serve a evocação para, sem saudosismo, lembrar que não mudou o valor inestimável da sobriedade, da competência, da modéstia, do saber e da estabilidade no exercício da função docente. Assim sejamos capazes de aplacar a ira do fascínio pela sociedade da informação, da mobilidade e do consumo para dar à escola pública a capacidade (em recursos, qualidade e autenticidade) de reter, por mais e melhor tempo, alunos e professores. É essa uma das questões que está escondida por detrás deste problema da colocação dos professores.
Paradoxalmente, na sociedade da informação, os professores vão ser, finalmente, colocados nas escolas, com atraso e …à mão. Pode ser, quem sabe, um bom sinal!
O ritmo
Ele sempre acreditou nesse ritmo grego, na sucessão da Ascese e da Festa, no desencadeamento duma pela outra (e de forma alguma no ritmo insípido da modernidade: trabalho/lazer). Era precisamente o ritmo de Michelet ao passar, na sua vida e no seu texto, por uma série de mortes e ressurreições, enxaquecas e entusiasmos, narrativas (ele "remava" em Luís XI) e quadros (aí a sua escrita desabrochava). Foi o ritmo que de certo modo conheceu na Roménia, onde, por virtude de um costume eslavo ou balcânico, as pessoas se encerravam periodicamente, durante três dias na Festa (jogos, comida, vigília e o resto: era o "Kef").
Assim, na sua própria vida, esse ritmo é permanentemente procurado; não só é necessário que durante o dia de trabalho haja em vista o prazer à noite (o que é banal) como também, complementarmente, surja da noite feliz, mais para o fim dela, o desejo de chegar muito depressa ao dia seguinte a fim de recomeçar o trabalho (de escrita).
(De reparar que o ritmo não é obrigatoriamente regular: Casals dizia muito bem que o ritmo é o retardo.)
"Roland Barthes por Roland Barthes" - 38
(Fragmento 2 de 2, pag. 15)
Edição portuguesa: "Edições 70"
Nesta página escrevi: "Barthes, o autor, não é o meu ídolo. É um pretexto agora instrumento do meu desejo de ser identificado com uma reflexão que se propõe essencialmente para agradar".
Assim, na sua própria vida, esse ritmo é permanentemente procurado; não só é necessário que durante o dia de trabalho haja em vista o prazer à noite (o que é banal) como também, complementarmente, surja da noite feliz, mais para o fim dela, o desejo de chegar muito depressa ao dia seguinte a fim de recomeçar o trabalho (de escrita).
(De reparar que o ritmo não é obrigatoriamente regular: Casals dizia muito bem que o ritmo é o retardo.)
"Roland Barthes por Roland Barthes" - 38
(Fragmento 2 de 2, pag. 15)
Edição portuguesa: "Edições 70"
Nesta página escrevi: "Barthes, o autor, não é o meu ídolo. É um pretexto agora instrumento do meu desejo de ser identificado com uma reflexão que se propõe essencialmente para agradar".
Agora é que é…
Quando se entra a matar. Se rejeita a herança. Se humilham os adversários. Se prometem impossíveis. Se mente e desmente sem cessar. Se ignora a matéria governar. Se sabe que o tempo é escasso e impiedoso. Se fica crispado.
Quando para tudo, agora é que é…a grande oportunidade. A pouco e pouco, começa a chegar a hora da verdade.
Quando para tudo, agora é que é…a grande oportunidade. A pouco e pouco, começa a chegar a hora da verdade.
segunda-feira, setembro 20
Ministério do Turismo
O artigo com o título em epígrafe publicado, em inícios de Agosto, no "Semanário Económico" e retomado pela revista "Turismhotel" está disponível no IR AO FUNDO E VOLTAR.
O pó dos livros - 4
Não foi propriamente uma descoberta surpreendente. A novidade foi ter confirmado que o livro estava lá. É um dos livros que mais prazer me deu ler. Foi há muitos anos. Mas, a certa altura, perdi-o. Alguém deve ter achado muito interessante a mesma leitura. E esqueceu-se de mo devolver.
Fiquei com uma pena de morte. Reconheço que não é propriamente um clássico que prestigie intelectualmente o leitor. Mas foi uma leitura de época. Daquelas que nos marcam, vá lá saber-se porquê!
Um dia, passados para aí uns 20 anos, ao descer a rua da Trindade, vindo da Cotovia, onde tinha ido comprar "Bagagem", de Adélia Prado, para oferecer a um amigo, resolvi entrar no "Rei dos Livros". Dirigi-me ao balcão e disparei: "Não terá, por acaso, por aí um livro, assim e assim, uma edição antiga, julgo que de uma editora brasileira, ando atrás dele vai para 20 anos...".
O homem olhou para mim com um ar de estranha compaixão que me deu esperanças! Emitiu um monossílabo do género "Um momento...".
Dirigiu-se à sala dos fundos. Pouco depois surgiu com um volume nas mãos. Eu não queria acreditar. Era mesmo o livro que eu, em vão, tinha procurado durante tantos anos: "A minha vida com Picasso", de Françoise Gilot e Carlton Lake.
Vieram-me as lágrimas aos olhos. Agradeci, não sei com que palavras. Paguei 15 euros, uma ninharia. Saí. Senti o ar mais leve e perfumado. Agora só tenho que o mandar encadernar e nunca mais o emprestar a ninguém.
(Françoise Gilot foi companheira de Picasso entre 1943 e 1953. A edição original é da "Europa América" (portuguesa) a partir de uma edição americana da McGraw-Hill Book Company. A tradução do inglês é de Cármen Gonzalez e de António Ramos Rosa. Mas a edição que encontrei é uma reprodução integral da edição portuguesa realizada pela "Editôra Somabaia" e foi impresso no Brasil.)
Fiquei com uma pena de morte. Reconheço que não é propriamente um clássico que prestigie intelectualmente o leitor. Mas foi uma leitura de época. Daquelas que nos marcam, vá lá saber-se porquê!
Um dia, passados para aí uns 20 anos, ao descer a rua da Trindade, vindo da Cotovia, onde tinha ido comprar "Bagagem", de Adélia Prado, para oferecer a um amigo, resolvi entrar no "Rei dos Livros". Dirigi-me ao balcão e disparei: "Não terá, por acaso, por aí um livro, assim e assim, uma edição antiga, julgo que de uma editora brasileira, ando atrás dele vai para 20 anos...".
O homem olhou para mim com um ar de estranha compaixão que me deu esperanças! Emitiu um monossílabo do género "Um momento...".
Dirigiu-se à sala dos fundos. Pouco depois surgiu com um volume nas mãos. Eu não queria acreditar. Era mesmo o livro que eu, em vão, tinha procurado durante tantos anos: "A minha vida com Picasso", de Françoise Gilot e Carlton Lake.
Vieram-me as lágrimas aos olhos. Agradeci, não sei com que palavras. Paguei 15 euros, uma ninharia. Saí. Senti o ar mais leve e perfumado. Agora só tenho que o mandar encadernar e nunca mais o emprestar a ninguém.
(Françoise Gilot foi companheira de Picasso entre 1943 e 1953. A edição original é da "Europa América" (portuguesa) a partir de uma edição americana da McGraw-Hill Book Company. A tradução do inglês é de Cármen Gonzalez e de António Ramos Rosa. Mas a edição que encontrei é uma reprodução integral da edição portuguesa realizada pela "Editôra Somabaia" e foi impresso no Brasil.)
Nova página
Acabei de criar uma nova página na blogosfera: IR AO FUNDO E VOLTAR.
Nela publicarei os textos que, pela sua extensão e natureza, não se enquadrem nos blogs de intervenção quotidiana nos quais asseguro participação.
O primeiro texto é a reprodução do artigo publicado na última edição do "Acção Socialista": "Imigração - Esquerda e Direita".
Nela publicarei os textos que, pela sua extensão e natureza, não se enquadrem nos blogs de intervenção quotidiana nos quais asseguro participação.
O primeiro texto é a reprodução do artigo publicado na última edição do "Acção Socialista": "Imigração - Esquerda e Direita".
domingo, setembro 19
O engano
No abrupto Pacheco Pereira, subtilmente, assinala a perplexidade que o discurso de Bagão Félix causa em certos intelectuais de esquerda. Esses que parecem terem ficado fascinados por esse discurso não sabem nada de história ou têm alguma coisa a ganhar com ele. Mas Pacheco Pereira já tinha caracterizado, por antecipação, a razão da perplexidade que agora se manifesta. O assunto é sério e merece um tratamento mais aprofundado. Darei também, com todo o gosto, o meu contributo para esclarecer o engano.
"Existe em certos sectores da direita e da esquerda intelectual portuguesa a ilusão que um governo Santana Lopes será um governo que prosseguirá políticas liberais, ou, como pejorativamente agora se diz, “neo-liberais”. Enganam-se completamente. Se há coisa que em Portugal sofrerá com o populismo é o discurso genuinamente liberal. O populismo é nacionalista, defensor da closed shop, “social” e clientelar. O populismo será alicerçado em duas coisas muito próximas na vida política portuguesa: um discurso social, que pode mesmo chegar a ser socializante, e na gestão de clientelas. É uma fórmula muito eficaz em Portugal, potenciada agora pela forma como actuam os media. (..)" (post de 8/7/2004, no abrupto)
"Existe em certos sectores da direita e da esquerda intelectual portuguesa a ilusão que um governo Santana Lopes será um governo que prosseguirá políticas liberais, ou, como pejorativamente agora se diz, “neo-liberais”. Enganam-se completamente. Se há coisa que em Portugal sofrerá com o populismo é o discurso genuinamente liberal. O populismo é nacionalista, defensor da closed shop, “social” e clientelar. O populismo será alicerçado em duas coisas muito próximas na vida política portuguesa: um discurso social, que pode mesmo chegar a ser socializante, e na gestão de clientelas. É uma fórmula muito eficaz em Portugal, potenciada agora pela forma como actuam os media. (..)" (post de 8/7/2004, no abrupto)
Colocação professores
A notícia que faz a manchete do "Expresso" deste fim de semana é revoltante. Fiz algumas reflexões acerca do assunto na abébia vadia. Muitas outras vieram a lume noutros espaços de opinião.
O primeiro motivo da revolta é que conheço, por experiência própria, o método utilizado para "queimar" na praça pública responsáveis de instituições e serviços públicos.
O segundo motivo é a natureza e qualidade miserável do trabalho jornalístico em questão: uma "encomenda", misturando insinuações com factos imprecisos, recorrendo à sobreposição da "pesada herança" (os responsáveis cuja demissão se anuncia teriam sido nomeados em 1996 o que é falso, pelo menos no caso de um eles) com a chamada á notícia da ideia de sabotagem. A leitura pretendida é tão só esta: "o caos no processo de colocação de professores foi o resultado de uma sabotagem da responsabilidade dos socialistas".
O terceiro é a evidente intenção de passar uma esponja por cima das responsabilidades políticas. O processo técnico que, aparentemente, entrou em colapso foi, com certeza, aprovado pela tutela exercida pelo anterior governo. Mas, certamente, a demissão dos responsáveis técnicos não elimina a responsabilidade política do governo em funções.
O quarto motivo é a omissão de uma evidência que é importante: o novo processo técnico destinado á colocação dos professores, com as respectivas contratações, veio certamente substituir um modelo utilizado até ao ano passado, o qual não tinha dado problemas. Quais os fundamentos técnicos e políticos da decisão de criar um novo modelo. (Vide Luis Nazaré no causa nossa)
Em quinto lugar, tal como foi, oportunamente, anunciado está a decorrer uma auditoria ao processo pela Inspecção Geral de Finanças da qual não se conhecem os resultados.
Em sexto lugar, o anúncio público de demissões é um facto que inviabiliza a continuidade em funções dos presumíveis demitidos, independentemente da formalização das mesmas.
A partir de 2ª feira ter-se-ão criado condições mais favoráveis para resolver problema da colocação dos professores ?
O primeiro motivo da revolta é que conheço, por experiência própria, o método utilizado para "queimar" na praça pública responsáveis de instituições e serviços públicos.
O segundo motivo é a natureza e qualidade miserável do trabalho jornalístico em questão: uma "encomenda", misturando insinuações com factos imprecisos, recorrendo à sobreposição da "pesada herança" (os responsáveis cuja demissão se anuncia teriam sido nomeados em 1996 o que é falso, pelo menos no caso de um eles) com a chamada á notícia da ideia de sabotagem. A leitura pretendida é tão só esta: "o caos no processo de colocação de professores foi o resultado de uma sabotagem da responsabilidade dos socialistas".
O terceiro é a evidente intenção de passar uma esponja por cima das responsabilidades políticas. O processo técnico que, aparentemente, entrou em colapso foi, com certeza, aprovado pela tutela exercida pelo anterior governo. Mas, certamente, a demissão dos responsáveis técnicos não elimina a responsabilidade política do governo em funções.
O quarto motivo é a omissão de uma evidência que é importante: o novo processo técnico destinado á colocação dos professores, com as respectivas contratações, veio certamente substituir um modelo utilizado até ao ano passado, o qual não tinha dado problemas. Quais os fundamentos técnicos e políticos da decisão de criar um novo modelo. (Vide Luis Nazaré no causa nossa)
Em quinto lugar, tal como foi, oportunamente, anunciado está a decorrer uma auditoria ao processo pela Inspecção Geral de Finanças da qual não se conhecem os resultados.
Em sexto lugar, o anúncio público de demissões é um facto que inviabiliza a continuidade em funções dos presumíveis demitidos, independentemente da formalização das mesmas.
A partir de 2ª feira ter-se-ão criado condições mais favoráveis para resolver problema da colocação dos professores ?
sexta-feira, setembro 17
"O que é que limita a representação ?
Brecht mandava pôr roupa molhada no cesto da actriz para que a anca desta tivesse o movimento certo, o da lavadeira alienada. Está muito bem; mas é também estúpido, não será ? Porque o que pesa no cesto não é a roupa, é o tempo, é a historia, e esse peso, como representá-lo ? Impossível representar o político: resiste a toda a cópia, por muito que nos esforcemos por torná-la cada vez mais verosímil. Contrariamente à crença inveterada de todas as artes socialistas, onde começa o político cessa a imitação."
(Não resisto, a título excepcional, a um comentário com plena actualidade: já repararam a razão pela qual certos políticos surgem aos nossos olhos com tão pouca autenticidade.)
Na página 14 deste livro artesanal escrevi o seguinte: "uma leitura incompleta, fragmentada (como todas as leituras), repleta de hiatos (frases e palavras incompreensíveis) mas que representa um comentário indirecto (o único possível como nos diz a própria leitura) às nossas iniciativas convencionais ( ia escrever convivenciais) permitindo melhor jogar (mascarar) o jogo das nossas relações."
Fragmentos de Leitura
"Roland Barthes por Roland Barthes"- 37
(pag. 15, 1 de 2)
Edição portuguesa - Edições 70
(Não resisto, a título excepcional, a um comentário com plena actualidade: já repararam a razão pela qual certos políticos surgem aos nossos olhos com tão pouca autenticidade.)
Na página 14 deste livro artesanal escrevi o seguinte: "uma leitura incompleta, fragmentada (como todas as leituras), repleta de hiatos (frases e palavras incompreensíveis) mas que representa um comentário indirecto (o único possível como nos diz a própria leitura) às nossas iniciativas convencionais ( ia escrever convivenciais) permitindo melhor jogar (mascarar) o jogo das nossas relações."
Fragmentos de Leitura
"Roland Barthes por Roland Barthes"- 37
(pag. 15, 1 de 2)
Edição portuguesa - Edições 70
"Incapacidades"
Há notícias que têm o condão de deixar os cidadãos perplexos. Esta é uma delas. O actual director nacional da PSP (esta não é a sigla de Partido Socialista Português, mas sim de Polícia de Segurança Pública - é um esclarecimento para o pessoal do Brasil!), anterior Inspector-geral da Segurança Social, foi dado como "incapaz", em 2002, por uma junta médica.
A notícia pode ser verdadeira ou não. Não apareceu ainda o "Carocho" para me dar uma certeza acerca deste assunto de intendência.
Mas há um qualquer mistério nestas nomeações, incapacitações, demissões, pensões, transladações, tanta coisa, ao mesmo tempo. É a estratégia da propaganda da propaganda. Nem o mais experiente jornalista sabe por onde pagar em tantos factos, acontecimentos e noticias porque, ao mesmo tempo, surgem as repetições, reafirmações ou negações dos mesmos factos, acontecimentos e notícias.
Os personagens mudam de lugares e trocam de papéis a uma velocidade alucinante. É este o fascínio do governo de Santana Lopes. Agora começo a compreender melhor o fascínio do PR. Isto não é populismo é uma categoria nova. Talvez fique conhecida como "santanismo-pop". Se sobreviver alguém... Pode ser que o PR, lá mais para o ano de 2005, ajude a esclarecer a natureza da coisa.
A notícia pode ser verdadeira ou não. Não apareceu ainda o "Carocho" para me dar uma certeza acerca deste assunto de intendência.
Mas há um qualquer mistério nestas nomeações, incapacitações, demissões, pensões, transladações, tanta coisa, ao mesmo tempo. É a estratégia da propaganda da propaganda. Nem o mais experiente jornalista sabe por onde pagar em tantos factos, acontecimentos e noticias porque, ao mesmo tempo, surgem as repetições, reafirmações ou negações dos mesmos factos, acontecimentos e notícias.
Os personagens mudam de lugares e trocam de papéis a uma velocidade alucinante. É este o fascínio do governo de Santana Lopes. Agora começo a compreender melhor o fascínio do PR. Isto não é populismo é uma categoria nova. Talvez fique conhecida como "santanismo-pop". Se sobreviver alguém... Pode ser que o PR, lá mais para o ano de 2005, ajude a esclarecer a natureza da coisa.
Des-encantos
Ainda a propósito da colocação dos professores. O tema deveria ser motivo para um debate nacional a sério. Este sim, é um problema que envolve não só as políticas concretas de um, ou mais, governos mas os interesses de toda a comunidade nacional. A educação é uma prioridade nacional? Todos dizem que sim. Mas não parece.
Aqui deixo o discreto des-encanto de um professor.
Aqui deixo o discreto des-encanto de um professor.
quinta-feira, setembro 16
Um retrato impiedoso
Aqui está mais um retrato da política do "Governo da Mudança". Ainda se lembram? E da "pesada herança", ainda se lembram? E da "matança" dos gestores socialistas acusados de irregularidades sem fim, apelidados de gastadores impenitentes e de confrangedora incompetência!
Ora vejam o que dizem, hoje mesmo, os que antes fustigaram, impiedosamente, o governo socialista e os seus responsáveis políticos e técnicos.
"Ninguém lhe pede ( a Bagão Félix) e ao Governo, milagres. Nem golpes de magia (a não ser, claro, o de disfarçar o défice real com a cosmética das receitas extraordinárias...). Mas o que confrange é que, ao fim do terceiro exercício orçamental da maioria PSD/CDS e de dois anos e meio de sacrifícios e congelamentos exigidos aos portugueses, a Despesa do Estado se mantenha no mesmo nível assustador e delapidador dos dinheiros públicos, a evasão fiscal persista triunfante a níveis do terceiro mundo e a tão falada consolidação orçamental esteja ainda no ponto zero. Quem assume politicamente este desolador balanço: Bagão Félix, Santana Lopes, Durão Barroso? " (José António Lima - Expresso on line).
Ora vejam o que dizem, hoje mesmo, os que antes fustigaram, impiedosamente, o governo socialista e os seus responsáveis políticos e técnicos.
"Ninguém lhe pede ( a Bagão Félix) e ao Governo, milagres. Nem golpes de magia (a não ser, claro, o de disfarçar o défice real com a cosmética das receitas extraordinárias...). Mas o que confrange é que, ao fim do terceiro exercício orçamental da maioria PSD/CDS e de dois anos e meio de sacrifícios e congelamentos exigidos aos portugueses, a Despesa do Estado se mantenha no mesmo nível assustador e delapidador dos dinheiros públicos, a evasão fiscal persista triunfante a níveis do terceiro mundo e a tão falada consolidação orçamental esteja ainda no ponto zero. Quem assume politicamente este desolador balanço: Bagão Félix, Santana Lopes, Durão Barroso? " (José António Lima - Expresso on line).
A recessão
Há em tudo isto riscos de recessão: o indivíduo fala de si mesmo (risco de psicologismo; risco de enfatuação), enuncia por fragmentos (risco de aforismo, risco de arrogância).Este livro é feito como o que eu não conheço: o inconsciente e a ideologia, coisas que só se falam pela voz dos outros. Não posso pôr em cena (em texto), como tais, o simbólio e o ideológico que por mim perpassam, uma vez que sou a sua mancha cega (aquilo que realmente me pertence é o meu imaginário, a minha fantasmática: daí este livro). Não posso por conseguinte usar a psicanálise e a crítica política a não ser à maneira de Orfeu: sem me virar, sem olhar para elas, sem as declarar (ou muito pouco: o bastante para tornar a pôr a minha interpretação, mais uma vez, no trajecto imaginário).
O título desta colecção (X. por si próprio) tem um alcance analítico: eu por mim? Mas isso é precisamente o programa do imaginário! Como é que os raios do aparelho reverberam, ressoam em mim? Para além desta zona de difracção - a única sobre a qual posso lançar um olhar, sem que no entanto possa esquecer aquele que precismente dela vai falar - há a realidade e ainda há o simbólico. Quanto a este, não tenho qualquer responsabilidade (já tenho bastante que fazer com o meu imaginário): para o Outro, para o "transfert", portanto...para o leitor!
E tudo isto se processa, como se torna neste caso perfeitamente evidente, através da Mãe, presente ao lado do Espelho."
Fragmentos de Leitura
"Roland Barthes por Roland Barthes"- 36
(pag. 14, 3 de 3)
Edição portuguesa - Edições 70
quarta-feira, setembro 15
Santana Lopes vaiado
Isto está difícil. Uma figura que se tomava a si própria como popular ser vaiada pelos "Madonna fans"...A barragem de propaganda despejada pelo governo sobre os portugueses tem efeitos perversos. E está bem de ver que estamos só no início do ciclo eleitoral. O pior ainda está para vir...
"O primeiro-ministro, Santana Lopes, recebeu ontem à noite a sua primeira grande vaia pública, desde que assumiu o cargo no Governo da maioria de direita. O líder do Governo deslocou-se ao Pavilhão Atlântico para assistir ao primeiro concerto da cantora norte-americana Madonna, e, quando se instalou no camarote, os espectadores que ali se encontravam, dando conta da sua presença, assobiaram fortemente e patearam o primeiro-ministro.
Santana Lopes, que se instalou num camarote, situado no lado esquerdo da sala de espectáculos de Lisboa, estava acompanhado por, entre outros, Pedro Pinto, vereador da Câmara Municipal de Lisboa - e um dos seus braços-direitos enquanto assumiu a presidência da autarquia -, e por um dos seus filhos. (...) ("A Capital")
"O primeiro-ministro, Santana Lopes, recebeu ontem à noite a sua primeira grande vaia pública, desde que assumiu o cargo no Governo da maioria de direita. O líder do Governo deslocou-se ao Pavilhão Atlântico para assistir ao primeiro concerto da cantora norte-americana Madonna, e, quando se instalou no camarote, os espectadores que ali se encontravam, dando conta da sua presença, assobiaram fortemente e patearam o primeiro-ministro.
Santana Lopes, que se instalou num camarote, situado no lado esquerdo da sala de espectáculos de Lisboa, estava acompanhado por, entre outros, Pedro Pinto, vereador da Câmara Municipal de Lisboa - e um dos seus braços-direitos enquanto assumiu a presidência da autarquia -, e por um dos seus filhos. (...) ("A Capital")
O Pó dos Livros - 3
Um dos livros reencontrados mais sublinhados (a lápis) o que denota uma leitura extensiva e atenta.
"O Pós-Socialismo", de Alain Touraine, Edições Afrontamento (1981). Uma nota indica que foi comprado na Feira do Livro de Lisboa em 7 de Junho de 1983 por 200$00.
Reproduzo, pela sua actualidade, pelo menos aparente, um excerto sublinhado da página final:
"Alguns acreditam ainda que a crise da esquerda pode ser superada por um apelo aos partidos, lançado por uma opinião pública que se resuma a uma massa inorganizada de eleitores desiludidos. É contentar-se com pouco e ter medo de reflectir. Já não é preciso apelar aos partidos mas às forças que trabalham uma sociedade nova. Os partidos políticos devem ser apenas representantes do povo. Quem é o povo hoje, e qual é o nome dos seus inimigos? A esquerda parece ter medo de sair da antecâmara do poder; melhor faria em olhar para baixo e para cima, e reencontrar a inspiração de todos os movimentos sociais: lutar com os que são oprimidos, libertar os que estão presos, dar esperança aos que suportam a submissão. (…) É preciso portanto definir claramente a nossa situação para encontrar a coragem de pensar livremente e de agir consoante as nossas convicções mais profundas. Que importam as resistências das ideias gastas e dos aparelhos egoístas! Os que recusam a decadência devem trabalhar para reconhecer e tornar habitável um futuro que criámos, mas que só agora começamos a descobrir."
Aqui pode ler uma curta entrevista concedida ao "Público" em 2001
Aqui uma entrevista em Lisboa e uma breve biografia de Touraine
"O Pós-Socialismo", de Alain Touraine, Edições Afrontamento (1981). Uma nota indica que foi comprado na Feira do Livro de Lisboa em 7 de Junho de 1983 por 200$00.
Reproduzo, pela sua actualidade, pelo menos aparente, um excerto sublinhado da página final:
"Alguns acreditam ainda que a crise da esquerda pode ser superada por um apelo aos partidos, lançado por uma opinião pública que se resuma a uma massa inorganizada de eleitores desiludidos. É contentar-se com pouco e ter medo de reflectir. Já não é preciso apelar aos partidos mas às forças que trabalham uma sociedade nova. Os partidos políticos devem ser apenas representantes do povo. Quem é o povo hoje, e qual é o nome dos seus inimigos? A esquerda parece ter medo de sair da antecâmara do poder; melhor faria em olhar para baixo e para cima, e reencontrar a inspiração de todos os movimentos sociais: lutar com os que são oprimidos, libertar os que estão presos, dar esperança aos que suportam a submissão. (…) É preciso portanto definir claramente a nossa situação para encontrar a coragem de pensar livremente e de agir consoante as nossas convicções mais profundas. Que importam as resistências das ideias gastas e dos aparelhos egoístas! Os que recusam a decadência devem trabalhar para reconhecer e tornar habitável um futuro que criámos, mas que só agora começamos a descobrir."
Aqui pode ler uma curta entrevista concedida ao "Público" em 2001
Aqui uma entrevista em Lisboa e uma breve biografia de Touraine
terça-feira, setembro 14
INEM
Ontem ouvi num canal de TV, a propósito de um grave acidente de viação em Vila Real, que os serviços do INEM mais perto estão em Penafiel. Não há uma única equipa do INEM no distrito de Vila Real? Ou isto é mentira ou está tudo louco. É pedir aos espanhóis que eles resolvem o problema num instante.
O pó dos livros - 2
Mais alguns livros que me têm passado pelas mãos ao arrumar as estantes. Escolhas sem critérios pré-definidos.
"A formação dos Intelectuais", de António Gramsci - Colecção 70, edição de 1972 (profusamente sublinhado e anotado);
"Obra Completa de Cesário Verde " - Colecção Poetas de Hoje, Portugália - organizada, prefaciada e anotada por Joel Serrão; 2ª edição de 1969;
"Memórias e Trabalhos da Minha Vida", de Norton de Matos - 2 volumes, Editora Marítimo Colonial, Lda. (edição de 1944) - muito bem conservados mas a necessitarem de encadernação. Em ambos os volumes existem abundantes sublinhados a lápis, à margem; no segundo uma marca a água indica que o livro foi originariamente comprado na Livraria Inglesa, em Portimão. Foram publicados 4 volumes. Vou agora em busca dos restantes dois.
Encontrei ainda outros dois volumes de Norton de Matos :
"Os dois primeiros meses da minha candidatura à Presidência da República" e " Mais quatro meses da minha candidatura à Presidência da República", edições do autor, referentes a intervenções e acontecimentos ocorridos de 9/7/48 a 9/1/49, editados em 1949. Ambas as edições ostentavam na contracapa o "preço mínimo", 10$00 e 12$50, respectivamente, e uma interessante inscrição: "O produto da venda deste livro é destinado aos fundos da candidatura".
Os livros de Norton de Matos surgem, para mim próprio, de forma surpreendente. A sua aquisição em alfarrabistas (não me lembro bem) deve-se, certamente, ao meu interesse (antigo) pelos acontecimentos do imediato pós-2ª guerra mundial em Portugal. A azul um link com uma biografia, muito interessante, do Norton de Matos maçon.
segunda-feira, setembro 13
Os livros arrumados
Os livros estão quase todos arrumados nas prateleiras. Os reencontros e as redescobertas foram gratificantes. Darei conhecimento de mais algumas. Segue-se o arrumo de outros papéis e documentos antigos. Nada que constitua uma tarefa hercúlea. Mas as férias acabaram. O tempo, a partir de agora, tem de ser repartido de outra maneira. Olhar a pequena biblioteca, depois de limpo o "pó dos livros", é estimulante para encetar outras tarefas e encarar novos desafios.
Promessas aos montes
Aí está, em todo o seu esplendor, a feira populista do Governo do Dr. Santana Lopes. A culminar um fim-de-semana alargado de anúncios, cada um mais populista que o outro, o Ministro Bagão Félix acaba de confessar, sem o dizer, que o deficit real das contas públicas, em 2004, é de 4,4%.
Com mais umas vendas de património público lá chegaremos aos 2,94% (!). Afinal há razões para optimismo: em dois anos e meio de sacrifícios o deficit é exactamente igual ao de 2001, o da chamada "pesada herança"socialista.
Para o futuro tudo vai melhorar, em particular, a vida dos mais pobres e carenciados. O cacharolete de medidas anunciadas, e a anunciar, têm como grande desígnio beneficiar os mais pobres. Pois claro!
Daqui a alguns meses, o mais tardar, até ao Natal, o mais certo é o país estar transformado num grandioso "Túnel do Marquês" mas, desta vez, do "Minho a Timor" (uso este lema antigo em homenagem ao Dr. Portas, insigne chefe do Dr. Bagão Félix.).
Oram vejam este "despacho da Lusa:
"Aumentos para a Função Pública em 2005
Santana garante que novas portagens não prejudicam populações locais
O primeiro-ministro promete aumentos para a Função Pública já no próximo ano. Num comício do PSD em Ponta Delgada, Santana Lopes garantiu que as alterações na legislação de arrendamentos e nas taxas de saúde são para proteger os mais pobres e "não para beneficiar os poderosos".
"Em 2005, os funcionários [públicos] vão ter aumentos como não tiveram nos anos anteriores", disse Santana Lopes, ontem à noite em Ponta Delgada, na abertura das jornadas parlamentares do PSD.
Quanto às alterações na lei de arrendamento, sublinhou que pretendem dar resposta à situação de jovens que não conseguem encontrar casas para alugar e de famílias pobres cujos rendimentos impedem o pagamento de rendas suficientes para suportar obras.
Sobre a "mexida" nas taxas de saúde, Santana Lopes referiu que os que podem pagar mais terão que assumir maiores encargos.
O primeiro-ministro disse ainda, numa referência às portagens a introduzir nas auto-estradas financiadas pelo sistema que isentava de custos os respectivos utilizadores, "não serão prejudicadas as populações locais".
O princípio a praticar no financiamento dos encargos do Estado com a sua construção, que atingirão na sua primeira prestação 500 milhões de euros, será o do "utilizador-pagador", adiantou.
Santana Lopes criticou, também, o posicionamento dos partidos da oposição relativamente ao seu executivo assegurando que "não vai cansar-se, respondendo à calúnia com trabalho"."
Com mais umas vendas de património público lá chegaremos aos 2,94% (!). Afinal há razões para optimismo: em dois anos e meio de sacrifícios o deficit é exactamente igual ao de 2001, o da chamada "pesada herança"socialista.
Para o futuro tudo vai melhorar, em particular, a vida dos mais pobres e carenciados. O cacharolete de medidas anunciadas, e a anunciar, têm como grande desígnio beneficiar os mais pobres. Pois claro!
Daqui a alguns meses, o mais tardar, até ao Natal, o mais certo é o país estar transformado num grandioso "Túnel do Marquês" mas, desta vez, do "Minho a Timor" (uso este lema antigo em homenagem ao Dr. Portas, insigne chefe do Dr. Bagão Félix.).
Oram vejam este "despacho da Lusa:
"Aumentos para a Função Pública em 2005
Santana garante que novas portagens não prejudicam populações locais
O primeiro-ministro promete aumentos para a Função Pública já no próximo ano. Num comício do PSD em Ponta Delgada, Santana Lopes garantiu que as alterações na legislação de arrendamentos e nas taxas de saúde são para proteger os mais pobres e "não para beneficiar os poderosos".
"Em 2005, os funcionários [públicos] vão ter aumentos como não tiveram nos anos anteriores", disse Santana Lopes, ontem à noite em Ponta Delgada, na abertura das jornadas parlamentares do PSD.
Quanto às alterações na lei de arrendamento, sublinhou que pretendem dar resposta à situação de jovens que não conseguem encontrar casas para alugar e de famílias pobres cujos rendimentos impedem o pagamento de rendas suficientes para suportar obras.
Sobre a "mexida" nas taxas de saúde, Santana Lopes referiu que os que podem pagar mais terão que assumir maiores encargos.
O primeiro-ministro disse ainda, numa referência às portagens a introduzir nas auto-estradas financiadas pelo sistema que isentava de custos os respectivos utilizadores, "não serão prejudicadas as populações locais".
O princípio a praticar no financiamento dos encargos do Estado com a sua construção, que atingirão na sua primeira prestação 500 milhões de euros, será o do "utilizador-pagador", adiantou.
Santana Lopes criticou, também, o posicionamento dos partidos da oposição relativamente ao seu executivo assegurando que "não vai cansar-se, respondendo à calúnia com trabalho"."
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