Um dos livros reencontrados mais sublinhados (a lápis) o que denota uma leitura extensiva e atenta.
"O Pós-Socialismo", de Alain Touraine, Edições Afrontamento (1981). Uma nota indica que foi comprado na Feira do Livro de Lisboa em 7 de Junho de 1983 por 200$00.
Reproduzo, pela sua actualidade, pelo menos aparente, um excerto sublinhado da página final:
"Alguns acreditam ainda que a crise da esquerda pode ser superada por um apelo aos partidos, lançado por uma opinião pública que se resuma a uma massa inorganizada de eleitores desiludidos. É contentar-se com pouco e ter medo de reflectir. Já não é preciso apelar aos partidos mas às forças que trabalham uma sociedade nova. Os partidos políticos devem ser apenas representantes do povo. Quem é o povo hoje, e qual é o nome dos seus inimigos? A esquerda parece ter medo de sair da antecâmara do poder; melhor faria em olhar para baixo e para cima, e reencontrar a inspiração de todos os movimentos sociais: lutar com os que são oprimidos, libertar os que estão presos, dar esperança aos que suportam a submissão. (…) É preciso portanto definir claramente a nossa situação para encontrar a coragem de pensar livremente e de agir consoante as nossas convicções mais profundas. Que importam as resistências das ideias gastas e dos aparelhos egoístas! Os que recusam a decadência devem trabalhar para reconhecer e tornar habitável um futuro que criámos, mas que só agora começamos a descobrir."
Aqui pode ler uma curta entrevista concedida ao "Público" em 2001
Aqui uma entrevista em Lisboa e uma breve biografia de Touraine
"O Pós-Socialismo", de Alain Touraine, Edições Afrontamento (1981). Uma nota indica que foi comprado na Feira do Livro de Lisboa em 7 de Junho de 1983 por 200$00.
Reproduzo, pela sua actualidade, pelo menos aparente, um excerto sublinhado da página final:
"Alguns acreditam ainda que a crise da esquerda pode ser superada por um apelo aos partidos, lançado por uma opinião pública que se resuma a uma massa inorganizada de eleitores desiludidos. É contentar-se com pouco e ter medo de reflectir. Já não é preciso apelar aos partidos mas às forças que trabalham uma sociedade nova. Os partidos políticos devem ser apenas representantes do povo. Quem é o povo hoje, e qual é o nome dos seus inimigos? A esquerda parece ter medo de sair da antecâmara do poder; melhor faria em olhar para baixo e para cima, e reencontrar a inspiração de todos os movimentos sociais: lutar com os que são oprimidos, libertar os que estão presos, dar esperança aos que suportam a submissão. (…) É preciso portanto definir claramente a nossa situação para encontrar a coragem de pensar livremente e de agir consoante as nossas convicções mais profundas. Que importam as resistências das ideias gastas e dos aparelhos egoístas! Os que recusam a decadência devem trabalhar para reconhecer e tornar habitável um futuro que criámos, mas que só agora começamos a descobrir."
Aqui pode ler uma curta entrevista concedida ao "Público" em 2001
Aqui uma entrevista em Lisboa e uma breve biografia de Touraine
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