sexta-feira, março 16

QUATRO ANOS DEPOIS ...

Posted by PicasaQuatro anos depois

O “El Pais” destaca a fotografia da cimeira dos Açores suprimindo a imagem de José Manuel Barroso, o estalajadeiro … o próprio agradece. Para não esquecer!

quinta-feira, março 15

MARTE

TUDO EM ABERTO

Posted by PicasaImagem daqui

Presidenciais francesas: tudo em aberto!

As eleições presidenciais francesas interessam-me porque são a memória mais antiga que trago comigo de umas eleições democráticas. Não sei porquê tanto das leituras como das notícias são os personagens e os ecos das disputas presidenciais francesas que sempre persistiram mesmo nos tempos da deriva esquerdista. É uma herança cultural na qual as democracias nos países anglo-saxónicos, durante muitos anos, também existiam …e nós coisa nenhuma.
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A MORTE, A MORTE ...

FANATISMO RAPADO

Posted by PicasaFotografia de Hélder Gonçalves

Estabas nun banco público
como a túa existencia.
O mundo envolvente como un cinerama
aseguraba o movemento
a consciencia de que a vida seguía
e ti con ela.
Os paxariños picoteaban ao teu redor.
Confiabas.

Inesperadamente
nunha pantalla plana
baten imaxes expresionistas
dun pesadelo que che xelou a vida
primeiros planos de ferros
ardor rapado
cabezas de odio enferrexudas
botas ferretoadas
insignias fraticidas
músculos de coiro
cadeas
ruídos fríos.
Golpearon a tua sinxeleza
com a feras autómatas de fanatismo pelado
para esmagar os miolos da diferencia
a túa fronteira interna.

Na confusión do corpo lacerado
na convulsión da morte
non podías concebir por que foras elexido.

Azar
indignante azar
alvo dun odio cego
enchido de ocos
dun odio masa
dun odio brutal
apaga vida
dun odio lato
que me inclúe.

Matáronme contigo.
Ardemos no fogón do desarraigo
e da impotencia.

Maria Xosé Queizán

(em língua Galega)
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quarta-feira, março 14

O LAVA MÃOS

Posted by PicasaFotografia Angelle

Seja o modelo alemão ou francês o caso de Bagão Félix é menos de ideologia e mais de carácter… claro que isto não tem importância nenhuma, cada um tem o seu, o problema é quando os homens de mau ou sem carácter acedem ao poder, claro que isto nada tem a ver com o Dr. Bagão Félix, podia ser com outro qualquer, mas o meu problema de momento, hoje exactamente hoje, é saber se algum dia se vai revelar a natureza do carácter dos governantes com mau ou sem carácter se por regra eles se encobrem todos uns aos outros mesmo que se encontrem nas antípodas das ideologias disponíveis ou seja para fazer uma aplicação prática: será possível que o Dr. Portas um caleidoscópio de reflexos de si próprio possa aspirar ao poder com a aquiescência dos políticos todos que aspiram ao poder e que se lavam mutuamente as mãos levando consigo de novo algumas figuras que andam por aí a balbuciar em público opiniões tais como Santana Lopes e Bagão Félix?
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SERVE-SE FRIA ...

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terça-feira, março 13

ÚLTIMOS DIAS

Posted by PicasaHitler – os últimos dias

Uns dias atrás deparei-me com esta notícia: Morreu Bernd Freytag von Loringhoven, último superviviente del búnker de Hitler. Será possível fazer sobreviver a memória da tirania?
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PARA QUANDO FOR MESMO

Posted by PicasaFotografia de Hélder Gonçalves

vinte e cinco de abril,
agora que vinte e cinco anos sobre ti
são passados,
parece que já só como memória
em nós subsistes.

e que o abraço que demos
em plena rua,
já só cabe dentro
da semi-clandestinidade do texto.

decerto os novos senhores
que vieram repor a ordem
já não cortam a palavra;
são bem educados,
deixam falar toda a gente,
e como enriquecem,
ou se sentam nas luminosas
cadeiras do poder,
chamam a isto liberdade.

a liberdade de os podermos admirar
no seu esplendor.

mas nós ainda estamos cá,
e somos cada vez mais.

e um dia vamo-nos fartar de novo
de só estar a ver o espectáculo.
pode ser daqui a vinte e cinco anos,
pode ser daqui a vinte e cinco séculos.

mas o vinte e cinco de abril
há-de acontecer outra vez.
quando toda a humanidade
se levantar sobre a terra
num novo abraço solidário.

quando um clamor imenso
se erguer no espaço,
e até os anjos e os poetas não forem mais
do que uma recordação.

Porto, Portugal, finais do ano de 1998 da era Cristã

Vitor Oliveira Jorge
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segunda-feira, março 12

DOIS ANOS

Passam hoje dois anos desde que Sócrates tomou posse como primeiro-ministro. Por estes dias chovem os comentários críticos acerca das medidas do governo na área da segurança: revelam temores acerca da concentração de poder nas mãos do primeiro-ministro. O argumentário dos críticos tem assumido contornos, por vezes, dantescos. Mas estes críticos não são, na verdade, adversários do governo mas os seus melhores aliados. Pois o que a opinião pública quer ouvir dizer, em matéria de segurança, é exactamente aquilo que os críticos apontam de errado na estratégia do governo.
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A VERDADE DA MENTIRA

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domingo, março 11

CONSELHO EUROPEU

Posted by PicasaImagem daqui

Conclusões do Conselho Europeu de Bruxelas, elaboradas pela Presidência (8/9 de Março de 2007).

Interessante o título da abertura deste documento não desmentindo a influência do passado maoista de José Manuel Barroso:

Europa – juntos venceremos:

"A Europa está actualmente a beneficiar de uma ascensão económica e as reformas começam a traduzir-se em crescimento e emprego. Esta evolução positiva deve ser aproveitada para acelerar o ritmo da modernização da Europa e da sua economia e permitir assim à UE alcançar níveis de prosperidade mais elevados, criar mais empregos e reforçar a coesão social. A União está decidida a demonstrar que, num mundo globalizado, é capaz de definir as suas políticas – interna e externa – de acordo com os seus valores, em benefício dos seus cidadãos."

Sublinhe-se o anexo no qual se apresenta o PLANO DE ACÇÃO DO CONSELHO EUROPEU (2007-2009) – POLÍTICA ENERGÉTICA PARA A EUROPA (PEE)

NA TASCA

Posted by PicasaFotografia de Hélder Gonçalves

(fragmento)

O esgar de deus
num idiota;

as nossas criações
troçam de nós.

Sebastião Alba

[No dia do seu aniversário.]
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ANTES DE TEMPO

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UM INSTANTE

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sábado, março 10

François Bayrou

Posted by PicasaFrançois Bayrou

Nas eleições presidenciais francesas François Bayrou sobe nas sondagens. O resultado final – mesmo o da primeira volta – vai depender da capacidade de Bayrou em atrair o voto do eleitorado do centro.

Ver aqui, aqui e aqui.
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LEITURAS

Posted by Picasa“O Primeiro Homem”

Por estes dias conclui a releitura de “O Primeiro Homem”, obra póstuma de Albert Camus, cujo manuscrito foi encontrado ao lado do corpo aquando da sua morte num acidente de automóvel.

O Primeiro Homem” é a única obra de Camus com um cariz marcadamente autobiográfico e esta nova leitura, na tradução portuguesa, fez-me provar o gosto da transfiguração. Como se fosse a primeira vez que a tivesse lido, ou fosse uma outra obra ou, porventura, um outro leitor.

Com muitas outras leituras de permeio a releitura de uma obra é, afinal, uma leitura inaugural. É muito interessante sentir esta transfiguração do entendimento de uma obra a cada nova leitura.

Desta vez fui capaz de reconhecer, quase ao detalhe, os meandros da vida que respira por detrás das palavras.
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À MESA

Posted by PicasaFotografia de Família (clicar para ampliar)

Esta fotografia, publicada no “A Defesa de Faro”, tem a particularidade de mostrar o meu irmão Dimas à mesa com um grupo de amigos nalguma comemoração. É o sexto, mais debruçado sobre a mesa e, na sua expressão tranquila, ostenta a transparência do seu carácter. O perfil do seu rosto traz-me à memória o perfil dos rostos da família: todos diferentes, todos iguais.

sexta-feira, março 9

”COMUNICAÇÃO A UMA ACADEMIA”

Posted by PicasaFotografia de Hélder Gonçalves

Os cães espreguiçavam-se nos campos muito frios
que levavam a um rio de peixes muito nítidos.
A manhã cumpria-se e os salgueiros,
evidentemente os salgueiros seriam imprescindíveis.
Como devia ser o moço que pescava
não com cana de prata e anzol de ouro,
mas cabelos revoltos, rosto talvez sardento
antes do “Acidente”, muito antes
da “Morte em Veneza”, de Visconti.
(falo já se vê de Dirk Bogard)

A senhora passou pelo rapaz,
sorriu-lhe de passagem.
Um pássaro arrepiado nesse instante,
pipilaria entre as folhas de um choupo,
uma pequena aranha iniciaria
o trabalho da teia,
seu excessivo momento de glória,
e a luz, cristal estilhaçado,
pararia, de súbito, no rosto de Virgínia.

Dona Virgínia Woolf que levava nos bolsos,
cheios de âncoras, pedras,
talvez alguns papéis e se tornava água.

António Rebordão Navarro
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f,world

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