Fotografia de António Pais
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José Manuel Galvão Teles e César de Oliveira
Nesta fotografia o César canta (ou discursa?) sob a benévola aquiescência do José Manuel. Dois pesos pesados do MES originário que haveriam de sair dele em momentos diferentes. Galvão Teles logo na primeira leva, aquando do I Congresso, em Dezembro de 1974, com o chamado grupo de Jorge Sampaio, para constituir o GIS (Grupo de Intervenção Socialista) e César de Oliveira, posteriormente, para aderir ao MSU (Movimento de Unidade Socialista), à “Fraternidade Operária” e, finalmente, à UEDS, de Lopes Cardoso. Todos, por fim, acabariam por aderir ao PS.
O César de Oliveira era uma figura peculiar por associar um perfil de académico, com obra de mérito reconhecido, ao de “homem do povo”. Lembro-me das suas fúrias tremendas no seio de debates acalorados, batendo com a porta e saindo da sala para, logo de seguida, voltar a entrar. Da sua áurea de “historiador do movimento operário” e o que essa condição representava para os nossos sonhos de jovens aprendizes de revolucionários numa época em que pensávamos ser possível transformar o mundo.
Curiosamente ainda não há muito tempo veio a descobrir-se, através de uma convocatória do Tribunal Constitucional, que o MES, afinal, não tinha sido formalmente extinto. Foi um momento de perplexidade, em particular, para o Nuno Teotónio Pereira que, como primeiro subscritor do processo da constituição do partido, recebeu a dita convocatória.
Deve ter sido o José Manuel Galvão Teles a desembrulhar o imbróglio no qual não estivemos sozinhos pois, ao que parece, o Nuno se encontrou no Tribunal com Magalhães Mota que andava ao mesmo mas pela parte da ASDI (Associação Social Democrata Independente – é assim?).
Ainda houve, no meio deste episódio pitoresco quem se tivesse enxofrado argumentando que o Nuno não tinha nada de “dar baixa” do partido sem antes convocar uma assembleia-geral ou assembleia com poderes para o acto. “Dar cabo” de um Partido dá mais trabalho do que parece!
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José Manuel Galvão Teles e César de Oliveira
Nesta fotografia o César canta (ou discursa?) sob a benévola aquiescência do José Manuel. Dois pesos pesados do MES originário que haveriam de sair dele em momentos diferentes. Galvão Teles logo na primeira leva, aquando do I Congresso, em Dezembro de 1974, com o chamado grupo de Jorge Sampaio, para constituir o GIS (Grupo de Intervenção Socialista) e César de Oliveira, posteriormente, para aderir ao MSU (Movimento de Unidade Socialista), à “Fraternidade Operária” e, finalmente, à UEDS, de Lopes Cardoso. Todos, por fim, acabariam por aderir ao PS.
O César de Oliveira era uma figura peculiar por associar um perfil de académico, com obra de mérito reconhecido, ao de “homem do povo”. Lembro-me das suas fúrias tremendas no seio de debates acalorados, batendo com a porta e saindo da sala para, logo de seguida, voltar a entrar. Da sua áurea de “historiador do movimento operário” e o que essa condição representava para os nossos sonhos de jovens aprendizes de revolucionários numa época em que pensávamos ser possível transformar o mundo.
Curiosamente ainda não há muito tempo veio a descobrir-se, através de uma convocatória do Tribunal Constitucional, que o MES, afinal, não tinha sido formalmente extinto. Foi um momento de perplexidade, em particular, para o Nuno Teotónio Pereira que, como primeiro subscritor do processo da constituição do partido, recebeu a dita convocatória.
Deve ter sido o José Manuel Galvão Teles a desembrulhar o imbróglio no qual não estivemos sozinhos pois, ao que parece, o Nuno se encontrou no Tribunal com Magalhães Mota que andava ao mesmo mas pela parte da ASDI (Associação Social Democrata Independente – é assim?).
Ainda houve, no meio deste episódio pitoresco quem se tivesse enxofrado argumentando que o Nuno não tinha nada de “dar baixa” do partido sem antes convocar uma assembleia-geral ou assembleia com poderes para o acto. “Dar cabo” de um Partido dá mais trabalho do que parece!