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Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
domingo, março 2
sexta-feira, fevereiro 29
ALBERT CAMUS
“Para os cristãos, a Revelação está no início da história. Para os marxistas, está no fim. Duas religiões.”
Albert Camus - Caderno n.º5 [Setembro de 1945 a Abril de 1948.]
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5 MINUTOS
Raymond Meeks
Hoje, 29 de Fevereiro de 2008, das 19:55 às 20:00 horas, propõe-se apagar todas as luzes e se possível todos os aparelhos eléctricos, para o nosso planeta poder 'respirar'. Se a resposta for massiva, a poupança energética pode ser brutal. Só 5 minutos, para ver o que acontece. Sim, estaremos 5 minutos às escuras, podemos acender uma vela e simplesmente ficar a olhar para ela, estaremos a respirar nós e o planeta. Lembrem-se que a união faz a força e a Internet pode ter muito poder e podemos mesmo fazer algo em grande. Passa a notícia, se tiveres amigos a viver noutros países envia-lhes e pede-lhes que façam a tradução e adaptem as horas.
Hoje, 29 de Fevereiro de 2008, das 19:55 às 20:00 horas, propõe-se apagar todas as luzes e se possível todos os aparelhos eléctricos, para o nosso planeta poder 'respirar'. Se a resposta for massiva, a poupança energética pode ser brutal. Só 5 minutos, para ver o que acontece. Sim, estaremos 5 minutos às escuras, podemos acender uma vela e simplesmente ficar a olhar para ela, estaremos a respirar nós e o planeta. Lembrem-se que a união faz a força e a Internet pode ter muito poder e podemos mesmo fazer algo em grande. Passa a notícia, se tiveres amigos a viver noutros países envia-lhes e pede-lhes que façam a tradução e adaptem as horas.
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TRAÇOS E CORES
Recebi da Helena, via Traços e Cores, esta menção. Obrigada. O que na menção vale verdadeiramente a pena, além do mais, é permitir a divulgação deste blogue sem desprimor para qualquer outro, em particular, os seguintes a quem passo:
BARBEARIA DO SENHOR LUÍS, A DEFESA DE FARO, DE TUDO UM POUCO … OU NADA, ANDRÉ BENJAMIM e RESPIRAR O MESMO AR
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BARBEARIA DO SENHOR LUÍS, A DEFESA DE FARO, DE TUDO UM POUCO … OU NADA, ANDRÉ BENJAMIM e RESPIRAR O MESMO AR
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quinta-feira, fevereiro 28
O PSD BALANÇA ...
Kerry Skarbakka
O PSD é um partido singular não só pela sua origem histórica, que não interessa nada à maioria das pessoas, mas que é um bom objecto de estudo para politólogos e sociólogos, como pelas suas propostas e posturas políticas actuais.
O PSD é um partido singular não só pela sua origem histórica, que não interessa nada à maioria das pessoas, mas que é um bom objecto de estudo para politólogos e sociólogos, como pelas suas propostas e posturas políticas actuais.
Por mim acho que é preferível que exista um partido como o PSD no qual confluem várias correntes de opinião e forças políticas não formais, moderadas, do que deixar a representação política da direita entregue à extrema-direita. Do mal, o menos.
Sempre é preferível ver Arménio Santos, em representação da tendência sindical social-democrata, na manifestação hegemonizada pela corrente sindical comunista, do que sermos confrontados com a adesão de parte da sua base social de apoio a actos de violência preconizados por uma qualquer organização de extrema-direita.
Não é mau de todo dispor de um PSD que reivindica, num dia, caso venha a ser governo, a abolição da publicidade no canal público de televisão (RTP) e, no dia seguinte, o reforço do financiamento privado dos partidos políticos.
No caso da televisão pública o financiamento privado, obtido através da publicidade, seria substituído pelo financiamento público (ou seja, obtido através de taxas e impostos); no caso dos partidos o financiamento público seria subalternizado, ou no limite, substituído, pelo financiamento privado. Estão a ver?
Mas o PSD, depois das eleições, com outro presidente, no caso provável de continuar a ser oposição, ou com o mesmo presidente, no caso improvável de vir a ser governo, poderá propor exactamente o contrário, ou seja, manter o financiamento privado, através da publicidade, do canal público de televisão (RTP) e excluir o financiamento privado dos partidos políticos fazendo-os depender, parcial ou totalmente, do financiamento público, ou seja de taxas e impostos.
Ou o seu contrário, e assim sucessivamente … ao sabor dos interesses privados. É uma espécie de política de casino! Estão a ver? Isto não é propriamente para principiantes!
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Poesia numa hora dessas?
Michael Rainey
De vez em quando sucumbo à tentação de publicar alguns versos só para constatar que poesia definitivamente não dá ibope, vide os escassos comentários a poemas meus como "Sete Faces", "Língua" e "Futebol". Menos mal que atualmente me dedico a atividades capazes de garantir o meu nome fora do SPC e do Serasa, destinando o ofício da poesia a escribas mais qualificados. Contudo, quando recebi e-mails de antigos colegas da lista "Escritas" relatando a criação do blog coletivo Poetas Lusófonos com o intuito de reunir novamente amigos virtuais que se conheceram há mais de uma década, não pude deixar de resgatar certas lembranças. [Na íntegra aqui.]
De vez em quando sucumbo à tentação de publicar alguns versos só para constatar que poesia definitivamente não dá ibope, vide os escassos comentários a poemas meus como "Sete Faces", "Língua" e "Futebol". Menos mal que atualmente me dedico a atividades capazes de garantir o meu nome fora do SPC e do Serasa, destinando o ofício da poesia a escribas mais qualificados. Contudo, quando recebi e-mails de antigos colegas da lista "Escritas" relatando a criação do blog coletivo Poetas Lusófonos com o intuito de reunir novamente amigos virtuais que se conheceram há mais de uma década, não pude deixar de resgatar certas lembranças. [Na íntegra aqui.]
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quarta-feira, fevereiro 27
VÍTOR WENGOROVIUS
Fotografia de António Pais – Vítor Wengorovius no jantar de extinção do MES, Novembro de 1981
(Clicar na imagem para ampliar)
No dia de hoje, três anos atrás, morreu Vítor Wengorovius. Ele merece ser evocado sempre, correndo todos os riscos, pois fez da sua própria vida um risco. Aqui deixo, em sua memória, um texto antigo.
O mais brilhante tribuno do movimento estudantil durante a crise académica de 1961/62. Eu não tinha idade para o conhecer nessa época mas os testemunhos dos seus contemporâneos são eloquentes. Só o conheci como veterano no processo de criação do MES bastante antes do 25 de Abril.
Era uma figura pujante de energia e criatividade, prolixo, solidário e desprendido. Era a personificação do excesso para seu prejuízo pessoal e benefício da comunidade. Um socialista católico puro e impoluto, crente e destemido, desprendido do poder e amante da partilha.
Privei com ele, nele confiava em pleno, com ele aprendi a confiar, talvez a confiar demais. Não me arrependo de ter acreditado na luz que emanava da sua dedicação às causas utópicas que as suas palavras nunca eram capazes de desenhar até ao fim. As suas palavras perseguiam a realidade que se escapava como um permanente exercício de criação.
Com ele fui a encontros clandestinos com o Pedro Ramos de Almeida, representante do PCP, buscando as alianças necessárias ao sucesso da luta anti fascista e nunca fomos apanhados pela polícia política.
Ouvi horas das suas conversas, intervenções e discursos, aprendi a ouvir, aprendi a faceta fascinante do excesso da palavra (não só com ele) e sofri, em silêncio, o lancinante drama do seu percurso pessoal perdido no labirinto das rupturas intelectuais e sentimentais.
Fiquei feliz no dia – próximo da sua morte – em que ajudei a que pudesse assistir ao musical “ O Navio dos Rebeldes”, levado à cena no Teatro da Trindade, em homenagem aos estudantes que em 61/62 se revoltaram contra a ditadura. No fim da representação um dos actores pediu licença para, à boca de cena, assinalar a sua presença e lhe prestar homenagem.
As lágrimas correram-me pela cara quando, frente ao palco, na cadeira de rodas, o Vítor pegou no microfone e, parcimonioso nas palavras, exacto e conciso, fazendo soar o timbre inconfundível da sua voz, agradeceu elogiando o trabalho teatral a que tinha acabado de assistir.
Morreu a 27 de Fevereiro de 2005 mas viverá para sempre no coração daqueles que, verdadeiramente, o conheceram.
(Ler ainda aqui)
No dia de hoje, três anos atrás, morreu Vítor Wengorovius. Ele merece ser evocado sempre, correndo todos os riscos, pois fez da sua própria vida um risco. Aqui deixo, em sua memória, um texto antigo.
O mais brilhante tribuno do movimento estudantil durante a crise académica de 1961/62. Eu não tinha idade para o conhecer nessa época mas os testemunhos dos seus contemporâneos são eloquentes. Só o conheci como veterano no processo de criação do MES bastante antes do 25 de Abril.
Era uma figura pujante de energia e criatividade, prolixo, solidário e desprendido. Era a personificação do excesso para seu prejuízo pessoal e benefício da comunidade. Um socialista católico puro e impoluto, crente e destemido, desprendido do poder e amante da partilha.
Privei com ele, nele confiava em pleno, com ele aprendi a confiar, talvez a confiar demais. Não me arrependo de ter acreditado na luz que emanava da sua dedicação às causas utópicas que as suas palavras nunca eram capazes de desenhar até ao fim. As suas palavras perseguiam a realidade que se escapava como um permanente exercício de criação.
Com ele fui a encontros clandestinos com o Pedro Ramos de Almeida, representante do PCP, buscando as alianças necessárias ao sucesso da luta anti fascista e nunca fomos apanhados pela polícia política.
Ouvi horas das suas conversas, intervenções e discursos, aprendi a ouvir, aprendi a faceta fascinante do excesso da palavra (não só com ele) e sofri, em silêncio, o lancinante drama do seu percurso pessoal perdido no labirinto das rupturas intelectuais e sentimentais.
Fiquei feliz no dia – próximo da sua morte – em que ajudei a que pudesse assistir ao musical “ O Navio dos Rebeldes”, levado à cena no Teatro da Trindade, em homenagem aos estudantes que em 61/62 se revoltaram contra a ditadura. No fim da representação um dos actores pediu licença para, à boca de cena, assinalar a sua presença e lhe prestar homenagem.
As lágrimas correram-me pela cara quando, frente ao palco, na cadeira de rodas, o Vítor pegou no microfone e, parcimonioso nas palavras, exacto e conciso, fazendo soar o timbre inconfundível da sua voz, agradeceu elogiando o trabalho teatral a que tinha acabado de assistir.
Morreu a 27 de Fevereiro de 2005 mas viverá para sempre no coração daqueles que, verdadeiramente, o conheceram.
(Ler ainda aqui)
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PORTAS À BEIRA DO KO TÉCNICO
O Dr. Portas é um artista português dos mais afamados do reino. Precisa de palco e, neste momento, precisa de levantar muita poeira, de preferência, citando a justiça pois está, aparentemente, em trânsito uma densa nuvem de ameaças que recaem em cima do canastro do dito. É claro que pode escapar como sempre escapou pelo intervalo que resulta da intercepção de uma vasta teia de favores e informações cruzadas. (Não se sabe, certamente, da missa a metade nem de muitos protagonistas que nem assomam à ribalta!)
O Dr. Portas no seu regresso à lavoura lançou uma provocação ao ministro da dita, Jaime Silva, tomando-o na conta de um puro tecnocrata. Mas enganou-se. Jaime Silva despiu a pele de tecnocrata e deu-me uma resposta política à maneira. O próprio Dr. Jardim deve ter ficado com a cara à banda. Mas a política nem sempre pode viver de meias palavras.
Com dois ou três murros bem encaixados no centro da testa, sem perceber muito bem de onde brotava a verve política do homem da lavoura, o Dr. Portas cambaleou e, entre o surpreso e o aflito, engatou a versão judicial que lhe dá muito jeito. Assim sempre baralha a opinião pública pois, na véspera, tinha sido anunciado o inquérito à tragédia do casino.
E vocês sabem lá … que outras tragédias ainda podem surgir por aí …Em qualquer caso era de toda a conveniência que surgissem mais respostas, como esta do Jaime Silva, assim clarinhas como a água, para que o povo entenda do que se está a falar e com quem se está falar ...
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terça-feira, fevereiro 26
MENEZES E A "FRENTE COMUM"
Fotografia daqui
Luís Filipe Menezes entende que “manifestação será um ponto de viragem irreversível na popularidade do Governo e na construção de uma mudança”, tendo em conta “a situação de descontentamento na educação, a perseguição de professores” e a “situação caricata de identificação dos docentes que falaram à televisão”.
Li esta declaração de Luís Filipe Menezes e fiquei à espera de ouvir para crer. Vinda do líder de um partido da direita, apesar de todos os ilusionismos, soou-me mal. Fiquei à espera para ver e ouvir essas declarações do líder do PSD. Já vi e ouvi e é mesmo verdade: trata-se do apoio explícito de Menezes (líder do PSD) à manifestação convocada pela “Frente Comum”.
Ora das três uma: ou a manifestação, apesar de parecer o contrário, apoia as posições políticas liberais de Menezes, ou o apoio de Menezes à manifestação é um aproveitamento político, primário, do género “todos ao monte e fé em deus” ou, o mais provável, é a confirmação da tese de um amigo meu, muito bem informado, segundo a qual Menezes já deu como perdidas as próximas eleições legislativas.
O tempo político de Menezes não será, segundo essa tese, 2009 … mas 2013. Tanto tempo!
Luís Filipe Menezes entende que “manifestação será um ponto de viragem irreversível na popularidade do Governo e na construção de uma mudança”, tendo em conta “a situação de descontentamento na educação, a perseguição de professores” e a “situação caricata de identificação dos docentes que falaram à televisão”.
Li esta declaração de Luís Filipe Menezes e fiquei à espera de ouvir para crer. Vinda do líder de um partido da direita, apesar de todos os ilusionismos, soou-me mal. Fiquei à espera para ver e ouvir essas declarações do líder do PSD. Já vi e ouvi e é mesmo verdade: trata-se do apoio explícito de Menezes (líder do PSD) à manifestação convocada pela “Frente Comum”.
Ora das três uma: ou a manifestação, apesar de parecer o contrário, apoia as posições políticas liberais de Menezes, ou o apoio de Menezes à manifestação é um aproveitamento político, primário, do género “todos ao monte e fé em deus” ou, o mais provável, é a confirmação da tese de um amigo meu, muito bem informado, segundo a qual Menezes já deu como perdidas as próximas eleições legislativas.
O tempo político de Menezes não será, segundo essa tese, 2009 … mas 2013. Tanto tempo!
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segunda-feira, fevereiro 25
As ruas da minha infância
domingo, fevereiro 24
RAUL SUCEDE A FIDEL
Veja aqui a composição do Conselho de Estado a verdadeira direcção política de Cuba.
Raul sucede a Fidel. Uma transição do poder, aparentemente, pacífica. Fidel mantém a influência mas afastar-se-á, inevitavelmente, do poder. Raul tem 76 anos e a sociedade cubana desespera por uma abertura económica e política. Todos os cubanos falam, de forma mais ou menos discreta, dessa necessidade. Uma coisa é certa: apesar de todos os discursos não é possível, por um lado, manter o embargo nem, por outro, manter a autarcia. Algo terá que acontecer no sentido da mudança.
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DISCURSO DE RAUL CASTRO
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Raul sucede a Fidel. Uma transição do poder, aparentemente, pacífica. Fidel mantém a influência mas afastar-se-á, inevitavelmente, do poder. Raul tem 76 anos e a sociedade cubana desespera por uma abertura económica e política. Todos os cubanos falam, de forma mais ou menos discreta, dessa necessidade. Uma coisa é certa: apesar de todos os discursos não é possível, por um lado, manter o embargo nem, por outro, manter a autarcia. Algo terá que acontecer no sentido da mudança.
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DISCURSO DE RAUL CASTRO
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ANTÓNIO FEIJÓ, O QUE MORREU DE AMOR
Ontem fui à “Ler Devagar” que nunca tinha visitado nas suas novas instalações (provisórias). Alem do convívio, que não vem ao caso, esta visita permitiu-me comprar a Poesia Completa, de António Feijó, um grande poeta/diplomata português, hoje, quase desconhecido e raramente citado. Publico um poema dele, no Caderno de Poesia, e este link que permite o acesso a abundante informação acerca do autor e a uma das suas mais importantes obras, “Sol de Inverno” - Últimos Versos (1915), incluindo um texto intitulado “António Feijó, o que morreu de amor” (Lido na Academia Brasileira, sessão de 28 de Junho de 1917), de autoria de Alberto d´Oliveira.
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12 ANOS
O JPN aventura-se numa prosa acerca de um meu caso que sintetizei com o título “Cinco Anos Ardendo em Lume Brando” e também em “Deus não Dorme”. Acho que a devo dar à estampa neste espaço. Além do mais porque o JPN é dos poucos que sempre me acompanhou e que mais de perto conhece algumas das facetas da génese desse processo. Muitos outros, a maioria, conhecendo-me, e conhecendo o processo, melhor ou pior, têm-se mantido calados como ratos. Esses, que andaram por perto, mais do que os algozes, é que me metem nojo.
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sábado, fevereiro 23
5 MINUTOS SOLIDÁRIOS COM O PLANETA
Solidário com o meu filho, renovando a crença nas causas justas, em nome do futuro das novas gerações, participo nesta campanha e peço a sua divulgação.
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No dia 29 de Fevereiro de 2008 das 19:55 às 20:00 horas propõe-se apagar todas as luzes e se possível todos os aparelhos eléctricos, para o nosso planeta poder 'respirar'. Se a resposta for massiva, a poupança energética pode ser brutal. Só 5 minutos, para ver o que acontece. Sim, estaremos 5 minutos às escuras, podemos acender uma vela e simplesmente ficar a olhar para ela, estaremos a respirar nós e o planeta. Lembrem-se que a união faz a força e a Internet pode ter muito poder e podemos mesmo fazer algo em grande. Passa a notícia, se tiveres amigos a viver noutros países envia-lhes e pede-lhes que façam a tradução e adaptem as horas.
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O " DIFUSO MAL-ESTAR" DA SEDES
A SEDES divulgou uma tomada de posição, à maneira de manifesto, acerca do “estado da nação”. O sentimento que me provoca o teor do documento é, como se diz nas praças financeiras, misto. É tudo verdade e aplica-se a qualquer país e, por isso mesmo, é tudo mentira e não se aplica a país algum. Ao correr da pena e para aqueles leitores que estejam minimamente atentos à gestão da coisa pública, à história recente da nossa democracia e ao percurso dos subscritores do dito documento, que pode ser lido na íntegra aqui, fui tentado a fazer-lhe uns despretensiosos comentários puxando os títulos de cada ponto e a primeira frase de cada um. O que mais impressiona é o primeiro ponto versando acerca do “difuso mal-estar”. [IR AO FUNDO E VOLTAR.]
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sexta-feira, fevereiro 22
quinta-feira, fevereiro 21
DEUS NÃO DORME
É uma coisa sem grande importância mas representa 12 (doze) anos da minha vida. É claro que tudo é relativo mas, na vida de um cidadão comum, 12 anos é muito tempo. Na verdade, foi a 21 de Fevereiro de 1996 que tomei posse como Presidente da Direcção do INATEL. Para quem quiser saber o significado da sigla basta fazer uma pesquisa. A efeméride não é nada estimulante para mim pois a sete anos de gestão seguiram-se cinco anos de processos. E a coisa ainda não acabou. Um dia se tiver saúde, paciência e memória talvez me dê ao trabalho de contar algumas peripécias deste processo que poderá ter alguma utilidade na sociabilização do conhecimento dos meandros da administração e de como os gestores honestos dificilmente escapam aos cantos de sereia e, finalmente, quando se não deixam comprar, à sanha persecutória dos guardiões do “sistema”. A coincidência mais curiosa que, oportunamente, assinalei, foi a derrota da direita nas últimas eleições legislativas ter ocorrido a 20 de Fevereiro de 2005 exactamente o último dia do meu mandato caso não tivesse sido exonerado em 4 de Fevereiro de 2003. Deus não dorme!
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quarta-feira, fevereiro 20
PS - TRÊS ANOS DEPOIS DE UMA HISTÓRICA VITÓRIA ELEITORAL
Missy Gaido Allen
Faz hoje três anos que o PS arrebatou a maioria absoluta nas eleições legislativas. Venho à ribalta desta tribuna pessoal para reafirmar o meu apoio, no essencial, à política do governo PS que saiu legitimado dessas eleições. Faço-o de uma forma desinteressada. Não precisamos de alienar o sentido crítico, nem de abdicar das opiniões próprias para assumir, em liberdade, as nossas convicções.
Há três anos atrás, por estes dias, escrevi, na própria noite da vitória, umas breves notas acerca da vitória do PS; depois fui à rua, imaginem, para celebrar a vitória e de regresso a casa, escrevi, sob o título Vitórias e Derrotas:
A deambulação pela noite eleitoral, com o meu filho, foi registada pela TVI. Uns segundos em directo na TV têm uma força inimaginável. Os sinais de ter sido visto emanam como um relâmpago na noite escura. Coisas de um novo “espaço público”.Afinal brandir uma bandeira na rua é uma tradição que vem de longe. Seja festivo, seja de revolta é um acto próprio de uma cidadania activa.Mais difícil foi brandir a bandeira do PS, partido vencido em 2002 (Ferro Rodrigues), doloroso em 1991 (Jorge Sampaio), dramático em 1985 (Almeida Santos) e romântico em 1987 (Vítor Constâncio).Convém não esquecer: desde o 25 de Abril as vitórias, para o PS, são intervalos entre derrotas. As derrotas, para o PSD, são intervalos entre vitórias.
Hoje, três anos passados, por entre dúvidas e perplexidades acerca de algumas políticas, acções e inacções do governo socialista, mantenho tudo o que, nessa noite, pensei, fiz e disse.
Faz hoje três anos que o PS arrebatou a maioria absoluta nas eleições legislativas. Venho à ribalta desta tribuna pessoal para reafirmar o meu apoio, no essencial, à política do governo PS que saiu legitimado dessas eleições. Faço-o de uma forma desinteressada. Não precisamos de alienar o sentido crítico, nem de abdicar das opiniões próprias para assumir, em liberdade, as nossas convicções.
Há três anos atrás, por estes dias, escrevi, na própria noite da vitória, umas breves notas acerca da vitória do PS; depois fui à rua, imaginem, para celebrar a vitória e de regresso a casa, escrevi, sob o título Vitórias e Derrotas:
A deambulação pela noite eleitoral, com o meu filho, foi registada pela TVI. Uns segundos em directo na TV têm uma força inimaginável. Os sinais de ter sido visto emanam como um relâmpago na noite escura. Coisas de um novo “espaço público”.Afinal brandir uma bandeira na rua é uma tradição que vem de longe. Seja festivo, seja de revolta é um acto próprio de uma cidadania activa.Mais difícil foi brandir a bandeira do PS, partido vencido em 2002 (Ferro Rodrigues), doloroso em 1991 (Jorge Sampaio), dramático em 1985 (Almeida Santos) e romântico em 1987 (Vítor Constâncio).Convém não esquecer: desde o 25 de Abril as vitórias, para o PS, são intervalos entre derrotas. As derrotas, para o PSD, são intervalos entre vitórias.
Hoje, três anos passados, por entre dúvidas e perplexidades acerca de algumas políticas, acções e inacções do governo socialista, mantenho tudo o que, nessa noite, pensei, fiz e disse.
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terça-feira, fevereiro 19
segunda-feira, fevereiro 18
SOLILÓQUIO
Quando me encontro com uma notícia como esta o que me impressiona são as datas. As datas mais que os protagonistas. Aquelas dão-me a medida da tramóia, estes põem-me a meditar acerca da verdade da mentira, ou seja, para ir directo ao assunto, se será possível, como já aconteceu com autarcas argui conhecidos, serem alcandorados pelo voto do povo aos píncaros do poder de estado. Tudo legal.
Mas, nesta notícia, o que mais me impressiona são as datas. A impecável correnteza delas apostas em despachos a culminar por volta do dia 21 de Fevereiro de 2005, faz agora três anos, o das eleições legislativas. Tudo legal.
O diploma dos casinos foi aprovado, promulgado e tudo o que era desejado. Tudo legal. Foi aclarado o que o concessionário desejava ver aclarado. Visto! Informe-se o requerente! Compreendi. Incluindo alguns pequenos detalhes cujo alcance nunca tinha alcançado. E alguns de nós a pensar que cuidando da coisa pública com mil desvelos seria possível alcançar o céu! Deus Nosso Senhor!
E por entre estes devaneios veio-me à memória o final de um poema de Jorge de Sena:
(…)
Chicote? Bomba? Creolina? A liberdade?
É tarde, e estão contentes de tristeza,
sentados em seu mijo, alimentados
dos ossos e do sangue de quem não se vende.
(Na tarde que anoitece o entardecer nos prende).
[In L´ÉTÈ AU PORTUGAL, Agosto 1971]
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domingo, fevereiro 17
PALAVRAS
Correntes. É difícil não corresponder ao desafio. Ainda por cima correntes de palavras. Apesar de pensar que as imagens, muitas vezes, se sobrepõem às palavras. Busquem aqui. Escolher doze palavras preferidas é um jogo e neste momento não sei qual a primeira peça que vou jogar. A minha atracção pelo jogo é ténue ao contrário do meu prazer pela comunicação. Inscrever sinais nos interstícios das decepções. Justapor sinais vitais à morte dos rostos. Ao esquecimento. A luz que derramamos e ilumina a nossa vida e a vida dos outros.
Comunicar por palavras é jogar no tabuleiro de todas as interacções possíveis. Romper barreiras. Acender aquela luz bruxuleante de que falava Sena. Nos limites do saber adquirido em cada tempo ou simplesmente no ronronar da rotina. Tantos já teorizaram acerca deste tema. Não escrevemos, em regra, acerca do que nos toca mais fundo. Não o sabemos fazer. Mas outros escrevem, lúcidos, não interessam os estados de alma, nem as servidões ou as circunstâncias do seu tempo, palavras que tocam todos ou quase todos. São os artistas.
Tenho que ir buscar as palavras a qualquer lado. Mesmo que utilize sempre as mesmas palavras. Leia os mesmos livros. Quase. Nas folgas do tempo que formato para não perder o equilíbrio penso nas línguas do mundo com mais falantes. Esse mar de palavras que não seria capaz de representar. Ninguém domina as palavras, muito menos a sua ausência, o silêncio das palavras. Escrevo e as novas tecnologias permitem-me saber que já escrevi duzentas e setenta e tantas palavras, agora já vou em duzentas e oitenta e tantas, nunca conseguimos fixar o número delas …
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Vou inventar doze “palavras preferidas” lembrando-me dos poetas brasileiros que tenho andado a ler como Ferreira Gullar, Manoel de Barros, … e tantos outros que, em todos os tempos e lugares, … inventaram palavras tal como o vozear do povo da minha terra … palavras fora do dicionário oficial das palavras.
Vou inventar doze “palavras preferidas” lembrando-me dos poetas brasileiros que tenho andado a ler como Ferreira Gullar, Manoel de Barros, … e tantos outros que, em todos os tempos e lugares, … inventaram palavras tal como o vozear do povo da minha terra … palavras fora do dicionário oficial das palavras.
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Aqui alinho doze palavras de uso corrente, por ordem alfabética, doze palavras pequenas, um quase poema, dedicado aos que me olham e que, mesmo sem me conhecerem pessoalmente, se interessam, me estimulam e me desafiam, rezam assim:
Aqui alinho doze palavras de uso corrente, por ordem alfabética, doze palavras pequenas, um quase poema, dedicado aos que me olham e que, mesmo sem me conhecerem pessoalmente, se interessam, me estimulam e me desafiam, rezam assim:
Abraço
Amor
Ângulo
Azul
Beleza
Devagar
Longe
Luz
Rosto
Sonho
Terra
Vento
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E, por fim, ainda mais difícil, escolho doze destinatários aos quais passo o desafio de escolher doze palavras:
E, por fim, ainda mais difícil, escolho doze destinatários aos quais passo o desafio de escolher doze palavras:
A FORMA E O CONTEÚDO a gaveta do paulo Aguarelas de Turner algeroz! aluaflutua Assimétrico bem haja CATATAU Divas & Contrabaixos Divino senão fosse humano Linha de Cabotagem meia noite todo dia
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sábado, fevereiro 16
FIGURANTES
Manifestação de professores à porta da sede do PS convocada por SMS. Para mim são figurantes contratados através de uma agência. Como as manifestações políticas espontâneas já deram o que tinham a dar e os professores são exemplares em comportamento cívico só pode ter sido um grupo de figurantes a recibo verde. Esta contratação de figurantes para uma actuação à porta da sede do PS, contra Sócrates, coincidente com o encerramento do congresso da CGTP, para mim deve ser da iniciativa, sei lá, …, devo, por deveres de ética, meditar mais profundamente acerca do assunto … sei lá, …
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XI CONGRESSO DA CGTP - DUAS NOTAS
Jerónimo de Sousa, nascido em 13 de Abril de 1947, não poderia hoje, pela sua “provecta idade” (60 anos), ser dirigente da CGTP mas pode ser secretário-geral do PCP. Imaginem a ironia!
Antonio Augusto Jordão Chora, Coordenador da Comissão de Trabalhadores da VW Autoeuropa, não vai integrar os órgãos dirigentes da CGTP, nem sequer participou como delegado ao Congresso. Ele explica porquê.
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EPIGRAMA (X)
sexta-feira, fevereiro 15
ACERCA DO USO DA VIOLÊNCIA E DA TORTURA
Fotografia daqui
Seis mortos em ataque a universidade – Um jovem entrou numa universidade e matou a tiro cinco pessoas suicidando-se de seguida. Este tiroteio foi o quinto no Estados-Unidos, no espaço de uma semana.
Neste mesmo país está na ordem do dia a discussão acerca da tortura. Bush promete despedir-se em beleza …
Seis mortos em ataque a universidade – Um jovem entrou numa universidade e matou a tiro cinco pessoas suicidando-se de seguida. Este tiroteio foi o quinto no Estados-Unidos, no espaço de uma semana.
Neste mesmo país está na ordem do dia a discussão acerca da tortura. Bush promete despedir-se em beleza …
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quinta-feira, fevereiro 14
quarta-feira, fevereiro 13
segunda-feira, fevereiro 11
MÉDICOS
Universidade do Algarve pronta para arrancar com Medicina em 2010/2011
Ora aqui está uma boa causa pela qual vale a pena lutar não só para benefício de uma região, o Algarve, como do país. O governo deveria investir mais – como diz o seu programa - na qualificação dos recursos humanos. Mas quando digo investir mais digo investir a sério. Para que tal seja possível, na área da saúde, é preciso afrontar a corporação dos médicos que capturaram em seu benefício particular o interesse geral. Só essa realidade explica a situação caricatural – senão ridícula - de Portugal importar médicos e exportar alunos de medicina – em massa - fenómeno que inclui essa aberração das notas de ingresso nos cursos de medicina rondarem os 19 valores. É caro formar médicos! É mais barato importá-los? Todas as opções são possíveis e conciliáveis. Mas é preciso pôr cobro a esta espécie de política de condicionamento, de décadas, na formação de médicos. Já toda a gente percebeu que há recursos financeiros para as grandes infra-estruturas físicas. E para as grandes infra-estruturas humanas? Não abusem da nossa paciência!
Ora aqui está uma boa causa pela qual vale a pena lutar não só para benefício de uma região, o Algarve, como do país. O governo deveria investir mais – como diz o seu programa - na qualificação dos recursos humanos. Mas quando digo investir mais digo investir a sério. Para que tal seja possível, na área da saúde, é preciso afrontar a corporação dos médicos que capturaram em seu benefício particular o interesse geral. Só essa realidade explica a situação caricatural – senão ridícula - de Portugal importar médicos e exportar alunos de medicina – em massa - fenómeno que inclui essa aberração das notas de ingresso nos cursos de medicina rondarem os 19 valores. É caro formar médicos! É mais barato importá-los? Todas as opções são possíveis e conciliáveis. Mas é preciso pôr cobro a esta espécie de política de condicionamento, de décadas, na formação de médicos. Já toda a gente percebeu que há recursos financeiros para as grandes infra-estruturas físicas. E para as grandes infra-estruturas humanas? Não abusem da nossa paciência!
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Poema Pacto de Sangue
Nobres há muitos. É verdade.
Verdade. Homens muitos. É muito verdade.
Verdade que com um lenço velho
As nossas mãos foram enlaçadas.
Nós, como aliados eu digo.
Panos, só um, tal qual afirmo.
A lua ilumina o meu feitio.
O sol ilumina o aliado.
Água de Héler! Pelo vaso sagrado!
Nunca esqueça isto o aliado.
Juntos, combater, eu quero!
Com o aliado, derrotar, eu quero!
A lua ilumina o meu feitio.
O sol ilumina o aliado.
Poderemos, talvez, ser derrotados
Ou combatidos, mas somente unidos.
Poema tradicional traduzido por Ruy Cinatti
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JARDIM DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA
Jardim de São Pedro de Alcântara
Passei por lá ontem ao princípio de uma tarde luminosa de inverno. Podemos voltar a sentir orgulho por aquele belíssimo espaço de Lisboa. A vista é, como sempre, esplendorosa, mas o espaço cresceu, em área disponível e qualidade. Só por isto já valeu a pena o meu voto em António Costa.
Passei por lá ontem ao princípio de uma tarde luminosa de inverno. Podemos voltar a sentir orgulho por aquele belíssimo espaço de Lisboa. A vista é, como sempre, esplendorosa, mas o espaço cresceu, em área disponível e qualidade. Só por isto já valeu a pena o meu voto em António Costa.
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domingo, fevereiro 10
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