domingo, janeiro 21

A PALAVRA

Posted by Picasa Júlio Reis Pereira - Família, 1928-32

Só conheço, talvez, uma palavra.

Só quero dizer uma palavra.

A vida inteira para dizer uma palavra!

Felizes os que chegam a dizer uma palavra!

Saúl Dias

In “Obra Poética”
Edição de Luís Adriano Carlos
Campo das Letras


[A propósito de uma tela de Júlio Reis Pereira
publicada pelo ante et post. “Júlio dos Reis Pereira
é o pintor poeta Julio, o pintor-poeta Julio/Saúl Dias,
mas também o poeta pintor Saúl Dias.” Parece confuso
mas o Eng.º Júlio Maria dos Reis Pereira (1902-1983)
é conhecido pelo ortónimo Julio (pintor) e pelo pseudónimo
Saúl Dias (poeta) cujo talento foi sempre obscurecido pelo
facto de ser irmão de José Régio.]

A SELVA

L’État de siège

Posted by Picasa Imagem Daqui

Camus – Sublinhados de Leitura das Obras Completas – Introdução (1)

Un an après la publication du roman [La Peste], Camus reprend les thèmes de la peste et de la révolte, mais en renouvelle complètement l’approche dans L’État de siège. La pièce fut mal accueillie lors de sa représentation ; elle est pourtant – mais cela a pu la desservir – la plus original de l’œuvre théâtrale de Camus, tant par son contenu que par sa forme, qui servent le même désir d’innovation. Caligula est directement tiré de l’histoire romaine ; le sujet du Malentendu est repris d’un fait divers ; bientôt, Les Justes s’inspirera d’un épisode de l’histoire du terrorisme russe en 1905. (…)

L’État de siège est un acte de défense pour l’Espagne républicaine et libre, un hommage à ses combattants vaincus, mais aussi un hymne à l’Espagne idéale que Camus porte en son cœur. Elle est « sa seconde patrie », haut lieu de sa mythologie personnelle, liée à l’image maternelle ; victime de l’injustice de l’histoire, l’Espagne contemporaine rejoint une vision de l’Espagne éternelle pour symboliser certains thèmes centraux de sa pensée : la liberté, la fidélité, l’orgueil de vivre, l’exil, la révolte. (…)

L’État de siège, comme La Peste, reflète l’expérience de l’histoire immédiate – telle que Camus l’a vécue, commentée et méditée, au jour le jour, dans les articles de Combat ; les œuvres de fiction ne se contentent pas de prendre en compte, ou d’illustrer, la réflexion que Camus mène parallèlement sur la révolte, elles la font avancer ; l’écriture des Justes lui permet de préciser sa pensée sur la violence et le terrorisme.

(1) In “Oeuvres complètes” – I (1931-1944) Gallimard, Introduction par Jacqueline Lévi-Valensi.
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sábado, janeiro 20

FIAMA HASSE PAIS BRANDÃO MORREU

Posted by Picasa Fotografia daqui

Amar o mar completa a minha vida
com o tacto de um amor imenso.
Amar ateia a margem
arrebata-me de júbilo e paixão.
Mas veio o vento e, por momentos,
amargurou o meu corpo, a oscilar.
E está o sol aqui, depois de uns dias
de jardim obscurecido, a beber sombra.
E sei que os átomos zumbem
e dançam como os insectos
ébrios em redor do pólen.

Fiama Hasse Pais Brandão

In”As Fábulas”
Edições Quasi, 2002

SIM

Posted by Picasa Fotografia de sophie thouvenin

"Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?"

SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM.

sexta-feira, janeiro 19

EUGÉNIO DE ANDRADE

Posted by Picasa Eugénio de Andrade
19/01/1923 – 13/06/2005

Pelo aniversário do seu nascimento

XIX

Terra: se um dia lhe tocares
o corpo adormecido,
põe folhas verdes onde pões silêncio,
sê leve para quem o foi contigo.

Dá-lhe o meu cabelo para sonho,
e deixa as minhas mãos para tecer
a mágoa infinita das raízes
que no seu corpo um dia hão-de beber.

In “As mãos e os frutos”
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quinta-feira, janeiro 18

EM DEFESA DA VIDA

Posted by Picasa Linha do Norte

César das Neves é fundamentalista em tudo. Ele demonstra como os defensores do Não desesperam no afã para introduzir o medo na campanha. É triste olhar para os arautos do Não nesta causa pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez e encontrar neles os piores instintos que é vulgar apontar aos políticos.

Eles são bispos e padres, sumidades consumidas na sua castidade, economistas iconoclastas, gente de cultura e ciência certa que, apesar de todas as suas virtudes, não se enxergam nas mentiras e comparações mais grosseiras

César das Neves refere as estatísticas nos países que adoptaram um modelo de legislação semelhante à que os defensores do SIM querem viabilizar em Portugal, ou seja, simplesmente despenalizar, em determinadas e estritas condições, a interrupção voluntária da gravidez. Neves, compara números mas não sabe explicar os fundamentos das suas afirmações. É uma crença, não uma realidade como se possa verificar. Estamos situados no terreno das ciências ocultas.

Cada vez que uma sumidade deste calibre abre a boca na defesa do Não cresce a minha convicção que quantos menos defensores partidários do Sim abrirem a boca melhor. Quanto mais se criar a imagem de que este referendo é uma disputa entre direita e esquerda ou entre católicos e laicos … pior para o Sim. Deixem, pois, os padres e seus apóstolos falar à vontade.

Lembro-me de um discurso recorrente de minha mãe. Teria gostado de ter mais filhos, mas não os teve. As suas confissões, pelo menos aos meus ouvidos, nunca iam além de um lamento nostálgico pelas opções que, ao longo da vida, resolveu assumir. Sempre subentendi que esses filhos que, em vão, desejou foram evitados através de um processo que na linguagem popular se designa por “desmancho”.

Não lhe posso perguntar já o que terá acontecido. Os tempos eram outros, mas o medo era o mesmo. Essas mulheres que, ao longo dos tempos, solitárias as mais das vezes, sofreram o risco da própria vida em práticas abortivas, quando não morreram mesmo, são criminosas aos olhos dos humaníssimos Bagão e César, de bispos e padres que, por entre o rosmaninho e as cinzas ainda fumegantes das fogueiras da inquisição, proclamam, em nome da vida, a intolerância em vez da solidariedade. Que Deus lhes perdoe!

A sociedade que somos nós todos, com infinita bonomia e piedade, oferece-lhes a democracia política, pela qual a maioria deles não lutou, e que muitos abominam, para proclamar o Não sem correrem o risco de serem perseguidos ou sujeitos ao exílio!

O meu voto pelo SIM é simplesmente um voto pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez em nome da vida e da liberdade. É um voto que advém de uma convicção íntima e individual de que a vitória do SIM abre caminho para a solução mais eficaz do aborto clandestino com o dramático cortejo das suas consequências.

Para o Sim ganhar no referendo só há uma condição a cumprir absolutamente: que a abstenção não ganhe.
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O economista João César das Neves afirmou hoje que, se o aborto for despenalizado, passará a ser algo "tão normal como um telemóvel".

João César das Neves falava durante uma conferência de imprensa com o tema "a liberalização do aborto e aumento do número de abortos", a menos de um mês da realização do referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez até às dez semanas.
No encontro com a comunicação social, o economista apresentou dados europeus (Eurostat) sobre o crescimento do número de abortos após a sua liberalização em países europeus, Estados Unidos e Canadá. De acordo com estes dados, citados pelo economista, a liberalização conduziu a "um aumento generalizado do número de abortos".
As taxas de crescimento do aborto nos primeiros anos após a liberalização quase triplicaram, disse João César das Neves, acrescentando que "esse crescimento manteve-se até à actualidade, embora a um ritmo mais brando".
Para o economista, este fenómeno "tem um paralelo económico": a chegada de um produto novo ao mercado.Tal como aconteceu com os telemóveis, João César das Neves prevê que exista um aumento exponencial do número de abortos, como com os telemóveis adquiridos pelos portugueses.
A liberalização do aborto é seguida de "uma cultura abortista, em que este passa a ser uma coisa normal, como um telemóvel".
O economista denunciou ainda que, caso o aborto venha a ser despenaliza até às dez semanas, "muitos médicos que aleguem objecção da consciência para não realizar a intervenção serão prejudicados".
Quando questionado sobre a origem destas informações, João César das Neves disse que chegou a esta conclusão "pensando" e disse recear que "os hospitais — actualmente locais de vida —, passem a ser espaços de morte".
A propósito do financiamento da campanha do "não" à despenalização do aborto, a jurista Isilda Pegada disse que estão previstos 400 mil euros, provenientes de donativos dos apoiantes do "não".
O novo cartaz da Plataforma Não Obrigada, hoje apresentado, é novamente uma pergunta: "Contribuir com o meu voto para aumentar o número de abortos?"
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"Público"

A TERRA

Posted by Picasa Fotografia de Davin Ellicson

Respirei as ruas e os largos
Dobrei as esquinas e os sonhos
Afaguei as ombreiras e as lajes
Olhei o chão e senti os passos

Caminhei de lés a lés a memória
Celebrei as imagens que guardo
Pensei deitar-me na terra cansado
Amei a luz e espreitei os espaços

Andei de mão dada com a vida
Soltei o olhar para te agradecer
Agarrei o sol com as mãos nuas
Brinquei com a terra, ela sorriu …

Faro, 4 de Setembro de 2004

[Para a hfm o segundo poema escrito
a lápis no livro “Antologia Poética” de
Gabriela Mistral tomando o título do
poema “ LA TIERRA”.]


LA TIERRA

Niño indio, si estás cansado,
tú te acuestas sobre la Tierra,
y lo mismo si estás alegre,
hijo mío, juega con ella...

Se oyen cosas maravillosas
al tambor indio de la Tierra:
se oye el fuego que sube y baja
buscando el cielo, y no sosiega.
Rueda y rueda, se oyen los ríos
en cascadas que no se cuentan.
Se oyen mugir los animales;
se oye el hacha comer la selva.
Se oyen sonar telares indios.
Se oyen trillas, se oyen fiestas.

Donde el indio lo está llamando,
el tambor indio le contesta,
y tañe cerca y tañe lejos,
como el que huye y que regresa...

Todo lo toma, todo lo carga
el lomo santo de la Tierra:
lo que camina, lo que duerme,
lo que retoza y lo que pena;
y lleva vivos y lleva muertos
el tambor indio de la Tierra.

Cuando muera, no llores, hijo:
pecho a pecho ponte con ella
y si sujetas los alientos
como que todo o nada fueras,
tú escucharás subir su brazo
que me tenía y que me entrega
y la madre que estaba rota
tú la verás volver entera.

Gabriela Mistral

quarta-feira, janeiro 17

terça-feira, janeiro 16

O CÚMULO DO CINISMO

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BLOGOSFERA

A ILUSÃO DO PODER

segunda-feira, janeiro 15

AMADEO

Posted by Picasa Cozinha da Casa de Manhufe 1913, óleo sobre madeira [29,2 x 49,6 cm] Centro de Arte Moderna / Fund. Gulbenkian Lisboa, Portugal

Também fui (fomos) ver a exposição do Amadeo Souza-Cardoso e que pena não ser possível dedicar-lhe um espaço daqueles ao mesmo tempo majestoso e sóbrio, que pena não ser possível derramar sobre as cores fortes do seu génio uma luz límpida e clara, que pena não ser possível dispor de todo o tempo para amadurecer o olhar que saboreia a beleza, que pena o tempo que lhe faltou, pois o que lhe sobrou falta-nos e o que lhe faltou sobra-nos.

MAIS ENFORCAMENTOS EM BAGDAD

Posted by Picasa Fotografia daqui

O destino dos condenados de Bagdad cumpre-se de forma paulatina e inexorável apesar dos apelos dos líderes de uma Europa subjugada ao poder político e militar dos USA. Assinalo que, desta vez, José Manuel Barroso, ao lado de Prodi, tomou, de viva voz, posição contra a pena de morte. Já não era sem tempo!

Vi no outro dia a entrevista de Saddam à CBS nas vésperas da guerra que havia de o apear do poder. Trata-se de um documento histórico extraordinário. Percebi toda a brutalidade do enforcamento de Saddam ampliada pela divulgação das imagens da sua execução. Sem nunca abordar as questões internas Saddam desafiou, com ironia, Bush para um debate planetário no qual, livremente, cada um exporia as suas razões preanunciando a sua morte através desta provocação na defesa de uma ideologia nacionalista radical.

Quase sem uma falha todas as afirmações de Saddam, custe a quem custar, quer o vejamos como um assassino sanguinário ou um estadista vulgar e desesperado, foram confirmadas pela realidade: o Iraque de Saddam não representava qualquer perigo militar para o Ocidente, não dispunha de armas de destruição massiva, não apoiava as ideias de Bin Laden nem acolhia as suas forças. Saddam não era mais do que um “gigante com pés de barro”.

Entretanto Bush prossegue a sua louca estratégia de ocupação do Iraque anunciando, com o envio de mais tropas, os preparativos de uma retirada cuja execução deixará para quem lhe vier a suceder. Quando os defensores de Bush, e da sua política, se esforçam por ensaiar um recuo encontram nele a revelação de um fascínio pelo abismo que é mais próprio do temperamento dos tiranos, reconhecidos pela história, dos quais um dos exemplos é, exactamente, Saddam.

Ironias da história!
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domingo, janeiro 14

SIM

Posted by Picasa Fotografia de sophie thouvenin

"Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?"

SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM.

UM OLHAR ATENTO

LA PESTE

Posted by Picasa Imagem daqui

Camus – Sublinhados de Leitura das Obras Completas – Introdução (1)

“Cette histoire nous concerne tous”*

Sous certains angles, Camus, semble vouloir, dans La Peste, prendre le contre-pied de L’Étranger ; à l’aventure d’un seul individu, brièvement relatés et jamais commentée, s’oppose la longue description d’une épidémie, dont le récit souligne sans cesse la dimension collective. (…)

« Je veux exprimer au moyen de la peste l’étouffement dont nous avons tous souffert et l’atmosphère de menace et d’exil dans laquelle nous avons vécu. Je veux du même coup étendre cette interprétation à la notion d’existence en général. La peste donnera l’image de ceux qui dans cette guerre ont eu la part de la réflexion, du silence – et celle de la souffrance morale. » *

La Peste propose une fresque des attitudes de l’homme devant le mal, et encourage la révolte qui tente de s’y opposer, sans cacher que le combat n’est jamais fini ; les personnages principaux ont en commun une même conscience des limites de leur action, un même refus de l’héroïsme spectaculaire, une même morale fondée sur l’évidence de la responsabilité et de la solidarité.

* Carnets

(1) In “Oeuvres complètes” – I (1931-1944) Gallimard, Introduction par Jacqueline Lévi-Valensi.

sábado, janeiro 13

UM EXERCÍCIO DE ADIVINHAÇÃO POLÍTICA

Posted by Picasa Fotografia daqui

As sondagens valem o que valem mas, na verdade, valem muito. É a gestão das chamadas expectativas. Na sondagem ontem divulgada reparei que o PSD subiu mas o dado mais extraordinário é este:

“Com 45,5%, o PS surge meio ponto percentual acima do resultado obtido nas legislativas de há dois anos.”

Partindo do princípio que é uma sondagem séria, considerando a margem de erro, que o PSD sobe mais do que o PS, que a popularidade do PM desce e a do PR também, tudo o que se quiser, o resultado significa que o PS voltaria a obter maioria absoluta.

Isto quer dizer – mesmo com todos os descontos – que as políticas prosseguidas pelo governo, até ao momento, ainda não provocaram uma erosão significativa nas expectativas positivas do eleitorado do partido do governo. Com quase dois anos de exercício do dito é obra!

Ou as medidas ainda não foram efectiva e plenamente aplicadas o que é, em parte, verdade; ou o eleitorado as aprecia mais do que as manifestações de desagrado aparentemente indiciam; ou a gestão politica da sua aplicação tem sido eficaz; ou o primeiro-ministro tem emanado uma imagem de autoridade que supera as fragilidades do governo; ou a “convergência estratégica” com o PR atenua o desgaste ou, o mais provável, um misto de todas estas razões explica a performance.

Vou arriscar fazer um exercício de adivinhação que ninguém vai levar a mal. Se o SIM vencer no “referendo ao aborto”, facto muito provável apesar dos receios dos apoiantes do SIM, a tendência para a liderança destacada do PS vai manter-se ou reforçar-se; se a presidência portuguesa da UE – no segundo semestre de 2007 – não fracassar, não levando o governo a descurar a politica interna, idem aspas; se o PM fizer uma remodelação governamental, cirúrgica, no início de 2008, idem aspas.

Se, nos inícios de 2008, os resultados das medidas anunciadas e, em parte já implementadas, quer naquelas áreas de que o PR falou no seu discurso, quais sejam economia, educação e justiça, mais o deficit, desemprego, inflação, incêndios de verão, … não desiludirem, mesmo que não encantem, idem aspas.

Se, por fim, a oposição de direita continuar com as mesmas lideranças partidárias, fragilizadas por querelas internas, idem aspas; se a oposição de esquerda continuar a agitar as suas bandeiras tradicionais, idem aspas; se o PS mantiver a unidade política no essencial e a divergência no acessório, idem aspas.

Salvo qualquer cataclismo imprevisível, se tudo isto acontecer, no ciclo eleitoral que vai iniciar-se em 2009 poder-se-á repetir um cenário semelhante ao que já ocorreu no passado quando o PSD de Cavaco apoiou a reeleição de Soares.

Maioria absoluta para Sócrates nas legislativas com o apoio de Cavaco e reeleição presidencial de Cavaco com o apoio do PS. Vamos a ver se um dia, mais tarde, não vou ter que engolir esta sopa de letras. Mas é interessante a percepção de que este cenário se banaliza na opinião pública. À cautela é melhor estarmos preparados!