segunda-feira, maio 12

FUTEBOL - A SELECÇÃO NACIONAL


A notícia do dia é a convocatória de Scolari apesar das convocatórias de Scolari já terem deixado de ser notícia. Dizem que são demasiado previsíveis. E são. Mesmo assim desta vez deixou de fora Maniche e Caneira e convocou Postiga, vá lá saber-se porquê, e Jorge Ribeiro, Moutinho e Miguel Veloso (aplausos!). O tema é pouco estimulante para uma parte dos meus amigos que me encontram neste espaço. Mas tenham paciência que este tema me apaixona.

Somos um país pequeno e pobre com um futebol pequeno e pobre. O facto é fácil de reconhecer para quem acompanha estas coisas nas notícias de todos os dias. Mas a selecção nacional, por contraste, é grande e rica pois é feita à base de emigrantes que, na sua maioria, também eram pequenos e pobres antes de emigrarem. O futebol – gostemos ou não - tem este sortilégio muito especial. É democrático. Expõe à vista de todos a ascensão social de jovens que à força do seu talento, e muito trabalho, alcançaram o sucesso. Expõe à sociedade as virtudes da simbiose entre o individualismo e o colectivismo. É um jogo complexo de gestos técnicos moldados pelo pensamento intuitivo. Um por todos, todos por um.

A beleza da força em movimento - a entrada de cabeça de Ronaldo naquele jogo recente - e a força da beleza dos gestos nobres - o golo que o jogador do Desportivo da Corunha se recusou a marcar na baliza do Levante quando os seus jogadores pararam em protesto. É um negócio com espectáculo dentro. Um jogo jogado, salvo o guarda-redes, com os pés, o corpo e a cabeça, as partes mais inábeis para alcançar o fim em vista. E, mais do que tudo, o futebol é imprevisível nos resultados, ao contrário das eleições em ditadura.

Não acredito já no Sr. Scolari. Acomodou-se, ganhou ar de burocrata, parece displicente e obrigado pela família ao sacrifício de ficar por cá. Mas acredito que as selecções, como as nações, precisam da energia criadora dos seus melhores para vencer. Sei que os jogadores que Scolari, inevitavelmente, seleccionou são dos melhores do mundo. E foi ele, honra seja feita, que criou a mística da selecção que até pode empatar ou perder mas nunca perde a esperança de dar a volta por cima.

O povo de um país pequeno e pobre pode, hoje, dar-se ao luxo de acreditar que pode ganhar sempre. Dizem os puristas que é alienação. Seja! Mas os adversários, hoje em dia, temem-nos e dá-me gozo ver jogar a selecção!
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CHINA

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domingo, maio 11

INATEL - ALBUFEIRA

Não conhecia os desenvolvimentos que esta notícia revela, acerca do património do INATEL de Albufeira, que são posteriores à minha saída daquela organização. Para quem não saiba fui presidente da direcção do INATEL entre 21 de Fevereiro de 1996 e 4 de Fevereiro de 2003. Neste período o património do INATEL, que é de natureza pública, foi muito cobiçado, em particular, o de Albufeira. Denunciei publicamente, em tempo oportuno, as tentativas de apropriação ilegítima de que foi alvo. Verifico que tiveram lugar, após a minha exoneração, novas acções destinadas a retirar ao INATEL, através de expropriação, a posse de parte do seu património mais valioso. Acerca deste assunto quero dizer duas coisas: gastei muito tempo, e energias, na luta pela defesa do património a que se refere esta notícia não por razões corporativas mas por razões de direito e da garantia da sua continuidade ao serviço dos fins públicos a que se destina, no contexto da organização a que está afecto; por outro lado, esta notícia ajuda-me a compreender melhor as razões da minha exoneração pelo Dr. Bagão Félix e, em consequência, a verdadeira natureza dos processos que me foram movidos. O tempo é implacável para com os vendilhões do templo e ajuda os justos, sendo persistentes, na revelação da verdade e obtenção da justiça.
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A ÉTICA SEGUNDO MANUELA FERREIRA LEITE (II)


A candidata Manuela Ferreira Leite desdobra-se em declarações tentando passar uma ideia salvífica da sua futura acção na presidência do PSD ideia na qual, valha a verdade, ninguém acredita. Diz que não vai fazer promessas não se dando conta da promessa que faz. Que devia ser proibido aos políticos anunciar baixas de impostos, mas propõe a revisão do IMI que, neste momento, impõe «encargos demasiados elevados» às famílias, mas, mais interessante, desculpem a insistência, dá sucessivos sinais de uma duvidosa concepção de ética na acção política. Neste caso mistura, premeditadamente, o tema da educação, e do desemprego dos jovens licenciados, com um tema da política nacional de sarjeta (estão a ver o tema abordado no debate nas eleições legislativas!):
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FARENSE

Farense 1970
(Clique na Imagem para ampliar)

O Sporting Clube Farense o clube do meu coração, um pequeno clube de província, afastado da ribalta, subiu ontem à 3ª Divisão Nacional. Que viva e organizem-se!
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sábado, maio 10

HUMBERTO DELGADO (I)


Tenho dedicado parte do meu tempo à leitura da Biografia de Humberto Delgado, escrita pelo seu neto Frederico Delgado Rosa. Na verdade é uma obra notável não só pela descrição pormenorizada da vida e obra de alguém que, tendo sido um indefectível apoiante de Salazar até cerca da 2ª grande guerra, o desafiou numa luta, que havia de ser de vida ou morte, como por ter sido escrita por um seu familiar confirmando a incúria dos poderes públicos, em Portugal, em honrar os mais elementares compromissos na defesa da verdade histórica, fazendo justiça aos seus maiores.

Passam hoje, exactamente, 50 anos sobre o dia em que teve início a campanha presidencial de Humberto Delgado: 10 de Maio de 1958. Respigo algumas passagens da conferência de imprensa inaugural da campanha no antigo Café Chave de Ouro, em Lisboa. As respostas do General, desde a mais conhecida a outras, são notáveis ainda para mais se atentarmos ao contexto político da época em que foram proferidas.

“Dez horas são dez horas!”Cultor da pontualidade, Humberto Delgado tomou o seu lugar na mesa de honra.

Não foi preciso muito tempo para saber o que tinha Humberto Delgado a dizer quanto às suas intenções a respeito de Oliveira Salazar. Com efeito, essa pergunta delicada, perigosa e mais ansiada que todas, foi logo a primeira a ser colocada, pela boca do correspondente em Lisboa da agência France-Presse desde 1948, o jornalista Lindorfe Pinto Basto. (…)

“Sr. General, se for eleito Presidente da República, que fará do Dr. Presidente do Conselho?”

Cortando cerce o silêncio de sepulcro que se instalou no vasto salão de chá, Humberto Delgado proferiu firme e secamente estas palavras que tomando toda a gente de surpresa e de assalto, incluindo os seus mais próximos correligionários, ficaram para a posteridade e são uma das frases mais célebres e mais citadas da história contemporânea de Portugal:

“Obviamente demito-o!”*

*(… )“no entanto o jornalista Lindorfe Pinto Basto afirmaria, passados muitos anos, que a resposta de Humberto Delgado foi: “Demito-o, é óbvio!” (…)
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QUESTÕES DE HIGIENE

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sexta-feira, maio 9

ANIVERSÁRIO



Não omito nada do meu gostar
nem o sobressalto de descobrir um dia
que não queria nada do que quis.
Ofereço o tempo futuro todo
à descoberta da arte de transformar
amando o desconhecido ou quase que é
afinal o que é amar.
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In Primeiros Poemas, Dez 2007.

[No dia do Aniversário de minha mulher Guida.]
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AGOSTINHO ROSETA

(Jantar de Extinção do MES - 7 de Novembro de 1981)
“A virtude é meritória, hoje. Os grandes sacrifícios não são continuados. Os mártires são esquecidos. Eles erguem-se. As pessoas olham-nos. Uma vez tombados, os jornais continuam.”
Albert Camus - in Cadernos

[No dia do 13º Aniversário da morte do Agostinho Roseta]
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CAPITULAÇÃO DO REICH

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CLARIFICAÇÃO OU IMPLOSÃO


Não sei porquê a campanha para a liderança do PSD parece um bocado mortiça mas admito que o jogo de bastidores esteja ao rubro. Cheira-me que Jardim ainda pode avançar. A lógica seria a da balcanização total. Jardim, Santana, Manuela, Passos, Patinha e Neto Lda. Perdidos por um … o Jardim ainda pode ganhar! Pelo andar da carruagem, com o provável adiamento do Congresso, para finais de Junho, só em Setembro teremos oposição ao governo. Mesmo assim será necessário que do Congresso resulte uma clarificação e não uma implosão. Em ambos os casos a realidade emergente pode tomar diversas cambiantes na qualidade e no tempo. Já agora espero que não se lembrem de marcar o Congresso para dias de jogos de Portugal na fase final do Europeu de Futebol. Deixo aqui o calendário do europeu. É que, por incrível que pareça, as datas coincidem mesmo.
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quinta-feira, maio 8

FUTEBOL - SUAS DESGRAÇAS E LIÇÕES


"Lo que sé acerca de la moral y de las obligaciones de los hombres se lo debo al fútbol". Esta opinión de Albert Camus, Nobel de literatura, fue tomada a chanza por un deporte que en el que se aplaude la pillería y no se acostumbra a censurar la marrullería. Ayer en Riazor, el fútbol no desdijo al escritor francés. Los jugadores del Levante, ya descendido, saltaron al campo vistiendo camisetas con lemas reivindicativos. "Solución o dimisión. Queremos cobrar, ya". La protesta fue jaleada con gritos de ánimo por la grada, que entiende la situación desesperada de una plantilla que lleva dos años sin llevar a casa la soldada y sopesa plantarse la próxima jornada.

Todo parecía escrito en el guión. El Levante, con cinco canteranos y dos juveniles en la convocatoria, se presentaba como el rival más asequible para que el Depor prolongase una racha de seis victorias consecutivas que le permitan disputar el próximo año la UEFA. Señaló el árbitro el inicio del partido. Bodipo tocó la pelota para Sergio, pero los jugadores levantinos continuaron abrazados a orillas del círculo central. Sergio condujo el balón hasta el área del rival. Llegó solo, sin ningún contrario que le hiciese sombra. El centrocampista catalán volvió la cabeza y cuando se enfrentó a la portería vacía, decidió tirar la pelota fuera. En vez de una sonora pitada, la afición premió el gesto con una calurosa ovación por parte de la afición y de sus compañeros. Albert Camus ganaba por un gol a cero.
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L'irrésistible poussée de la droite en Europe

Harry Gruyaert1994. Alfama
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quarta-feira, maio 7

ALÍPIO RIBEIRO

Alípio Ribeiro

Nos bancos dos jardins, nos corredores das repartições, nas mesas dos cafés, nos transportes públicos, através de conversas ao telemóvel ou de mensagens electrónicas, seres imbuídos de uma poderosa intuição política, muito louvada no Portugal democrático, falam de tudo e mais alguma coisa. Esta introdução não permite caracterizar os portugueses como seres diferentes dos restantes. Com mais ou menos sofisticação de meios, mais ou menos liberdade cidadã e política, aqui, e em toda a parte, os seres emitem opiniões, elaboram juízos, julgam, lavram sentenças, condenam inocentes, absolvem criminosos, investigam, denunciam, louvam e condecoram, enfim, emitem opinião. Os responsáveis políticos eleitos e os dirigentes da administração, aos vários níveis, também são cidadãos e, como tal, livres de emitir opinião. Algumas escolas de gestão apontam mesmo como um benefício para a transparência e o desempenho da administração a liberdade de criação de canais de comunicação através dos quais os responsáveis políticos, eleitos ou não, tornem públicas as suas opiniões pessoais mesmo tratando-se de matérias sobre as quais incida a sua própria responsabilidade profissional. Tal processo carece, está bem de ver, do estabelecimento de regras. A mesquinhez de muitas apreciações da opinião pública, a mor das vezes anónimas, transmitidas sob a forma de boato, acerca das decisões, e da vida pessoal dos políticos, assim como dos dirigentes da administração, tantas vezes ampliadas pela comunicação social, não encontrará espaço para o contraditório se não for possível a criação de canais de comunicação onde esses mesmos responsáveis, dando a cara, expliquem o sentido das suas decisões, defendam as suas opções e ripostem às criticas e aos ataques dos seus detractores. Isto vale para todos seja qual for a sua cor política ou textura ideológica. Tudo isto vem a despropósito do ainda Director da Polícia Judiciária. Assim que o dito veio a público lançar uma ideia, que parece possuída de toda a lógica, se abateram sobre ele raios e coriscos. As corporações revolveram-se em indignadas proclamações como se tivesse sido dita alguma indignidade. O ainda director da Polícia Judiciária, que não conheço pessoalmente, tem um problema, do qual não se consegue desembaraçar: é um homem probo, culto e sensível. Disse publicamente o que pensava dando a cara. Vai embora e o mais certo é que nunca mais faça ouvir a sua voz em defesa das suas ideias e opiniões. Fez-me lembrar um anterior Director daquela mesma polícia que, ao que dizem, fazia passar mais do que duvidosas ideias e opiniões, através de conversas sigilosas, com jornalistas do género conversa de café. Ah, portugueses, essa memória!
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OBAMA

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terça-feira, maio 6

UM CASO PARA INVESTIGAÇÃO NA ÁREA DAS "CIÊNCIAS OCULTAS"


Estou farto de perguntar a ver se alguém, desde políticos, gestores ou taxistas, me consegue explicar esse mistério de nunca ter sido construída a linha de metro para o Aeroporto da Portela. Ainda por cima é uma linha recta desde, por exemplo, o Areeiro. Confesso que nunca ninguém me conseguiu dar uma explicação cabal para o caso.

Mas também nunca ninguém – ao longo de decénios - fez muita questão em tornar esta extraordinária omissão numa reivindicação. Estranho, não é? É um caso de estudo na área das “ciências ocultas” ou dos silêncios mórbidos que rodeiam a gestão das cidades.

E os responsáveis políticos pela gestão da cidade - e do país – ameaçam prosseguir no caminho das opções inexplicáveis, à luz do bom senso, encerrando Santa Apolónia (estação ferroviária terminal) agora que o metro, a muito custo, acaba de lá chegar. Isto é caso de polícia ou de doença! É um daqueles casos em que vale a pena os cidadãos meterem-se em trabalhos para acabar com a macacada!
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JIMI HENDRIX

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segunda-feira, maio 5

Yoani Sánchez

O El País dá relevo ao caso de Yoani Sánchez como um teste à vontade de abertura política do regime cubano.
Tenho acompanhado com atenção a evolução política recente em Cuba. Visitei Cuba em 1976, antes da abertura ao negócio turístico, e, recentemente, como vulgar turista, tendo-me sido permitido falar com cidadãos que manifestavam de forma aberta, mas parcimoniosa, a necessidade urgente de uma abertura, pelo menos, no plano da economia. A expectativa do povo cubano numa evolução pacífica do regime é a nota dominante. É fácil reconhecer que se assiste ao início de um processo de mudança sob a liderança de Raul Castro.
Recentemente um conhecido dissidente do regime que vive em Cuba – em entrevista ao Público – afirmou que estava a ser possível realizar aquela entrevista, via telefone, sem interferências (que disse serem recorrentes) e referiu uma diferença profunda entre a personalidade de Fidel e de seu irmão Raul.
Acredito que estejamos, de facto, a assistir a um processo de abertura que muitos, no entanto, relativizam considerando tratar-se, simplesmente, da reposição da situação anterior a 1989 quando o regime tomou – após a queda do muro de Berlim – um conjunto de medidas excepcionais, e ainda mais gravosas para o povo cubano, no acesso a bens de consumo e ao exercício da cidadania.
As medidas de abertura sucessivamente anunciadas e, nalguns casos, já iniciadas são um sinal de esperança na viabilidade da transição pacífica para um modelo económico de abertura ao mercado – no caso trata-se, verdadeiramente, de criar um mercado que não existe – sendo mais difícil vislumbrar a viabilidade de uma transição pacífica para a democracia política.
É neste terreno que se coloca a questão de Yoani Sánchez. A autorização para a sua viajem a Madrid, para receber um prémio que lhe foi atribuído, como autora de um blogue seria, aparentemente, uma pequena concessão do regime cubano à vontade de uma cidadã cubana corajosa mas, caso se concretizasse, um grande passo no caminho da liberdade.

O BLOGUE DE LUIZ CARVALHO

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A ÉTICA SEGUNDO MANUELA FERREIRA LEITE

O mês de Maio vai ser pródigo em política espectáculo lá para as bandas do PSD mesmo que alguns dos artistas – através de um truque já conhecido – afirmem não actuar em palco. Nesta campanha para a liderança do PSD, ainda antes de se saber se Jardim arromba as portas do circo, há uma candidata que é "vendida" como sendo portadora de “superioridade moral” sobre os restantes. Mas para começo de conversa – pois eu próprio posso dar umas achegas – já mostrou a qualidade do seu conceito de ética em política. Olhem só para o diálogo final da entrevista que concedeu ao Expresso.

Quanto pensa gastar na campanha?
O mínimo possível. Não vou ter cartazes, não vou ter almoços, não vou ter jantares.

Passos Coelho tem cartazes muito apelativos.
Quando se tem dinheiro é assim...

Podemos terminar a entrevista com meia dúzia de perguntas-relâmpago?
Não, não pode. Recuso terminantemente. Numa entrevista séria não se pode acabar com perguntas de algibeira. Isto não é um concurso para ganhar prémios no fim.
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