terça-feira, fevereiro 23

TRANSPARÊNCIA E PARTICIPAÇÃO PÚBLICA


A TRAGÉDIA NÃO SE ESCONDE


Perante a tragédia que põe a nu as fragilidades do modelo de desenvolvimento da Madeira, tema quase proibido, emerge o Portugal solidário. Suspendem-se as hostilidades políticas que encheram horas nos noticiários dos últimos tempos. A Madeira terá todo o apoio de que necessitar, apoio político e recursos materiais e financeiros, nacionais e comunitários, necessários a uma rápida reparação dos efeitos da tragédia. O continente não regateia meios no apoio à Madeira e os “cubanos” choram a morte dos seus irmãos madeirenses. Mas na Madeira o líder do governo – sem escândalo dos aprendizes/defensores da liberdade de imprensa – apela à contenção da comunicação social, subliminarmente auto censura, esquecendo que as notícias para a média das democracias liberais dependem tão só da importância dos acontecimentos.
.

domingo, fevereiro 21

MADEIRA

Eu vi este jogo do Real Madrid. Cristiano Ronaldo foi o mais influente e o melhor de todos os protagonistas. E o seu gesto de solidariedade com a Madeira foi, certamente, o mais visto de todos os gestos de solidariedade. [AQUI]
.

O DESASTRE DA MADEIRA

O desastre natural na Madeira aplacou as fúrias políticas. Estamos todos de acordo em sair em socorro de uma parcela do país que sofre. O debate acerca do orçamento da Madeira foi levado na enxurrada. Ironia triste: logo após o carnaval o discurso da tragédia sobrepõe-se ao discurso da comédia. O dircurso da solidariedade sobrepõe-se ao discurso do confronto.
.

sábado, fevereiro 20

MANOBRAS PRESIDENCIAIS


Ryan Zoghlin

Compreendo que surjam candidatos a cargos políticos que se declarem do outro lado da barricada da política, para além da política ou contra a política ou, ainda mais, além da política partidária. Buscam capitalizar o descontentamento popular que, em certas épocas, perante o aparente desconcerto da política julgam favorecer um discurso apartidário senão mesmo anti-partidos. O problema é que o Presidente da República, o mais alto magistrado da Nação, é o vértice do nosso sistema político, o mais político de todos os cargos políticos num regime democrático de partidos. Este é o busílis da questão. Logo os candidatos a Presidente da República podem apresentar-se como melhor quiserem mas se não quiserem protagonizar um projecto minoritário, derrotado à partida, logo mudarão de discurso e aceitarão de braços abertos os apoios político-partidários. Se querem que vos diga, sem desdenhar de qualquer candidato já no terreno, ou em gestação, pressinto que a esquerda democrática nestas eleições vai passar ao lado... Que aproveite então, liderada pelo PS, para travar um debate aberto, e profundo, em torno das grandes reformas do nosso regime semi-presidencialista - lei eleitoral, regionalização, reforma da organização político-administrativa, sistema de justiça … Quer-me parecer que, nas próximas eleições presidenciais, a direita vai apresentar um candidato único contra uma constelação de candidatos de esquerda. Se o candidato da direita for o que está escrito nas estrelas … logo voltaremos ao assunto em Janeiro de 2016. Salvo se as contingências da vida, de súbito, revirarem tudo do avesso abrindo a incerteza acerca dos resultados da próxima disputa. Nessa altura voltaremos ainda ao assunto em Janeiro de 2011. A seguir atentamente …



sexta-feira, fevereiro 19

Ao ponto a que isto chegou ...


PLÁGIO DIZEM ELES - UMA DENÚNCIA QUE PODE VALER MUITO DINHEIRO MAS AO MENOS A MATÉRIA EM CAUSA FOI PUBLICADA PELOS PRÓPRIOS.
.

terça-feira, fevereiro 16

O que os meus olhos viram

Rita Bernstein


Eu vi os partidos extremos da esquerda e da direita obrigarem um governo em apuros a reduzir a receita e aumentar a despesa. A direita tem tendência a reduzir a receita e a esquerda tende a aumentar a despesa. Mas ver os dois extremos coligados para defender ambas as coisas, era coisa nunca vista.

Eu vi o Dr. Jardim propor uma coligação dos partidos extremos da direita e esquerda. O Dr. Jardim costuma dizer coisas espantosas. Mas pensar num governo composto por Paulo Portas, Ferreira Leite, Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa, é ainda mais espantoso.

Eu vi Felícia Cabrita fazer um “most” jornalístico com a divulgação de processos judiciais sigilosos, tal como fizera nos casos Freeport e Casa Pia. Eu sei como ela consegue obter os segredos mais bem guardados. Mas ver o País pendurado das iniciativas desta mulher, é coisa arrepiante.

Eu vi dois magistrados da província, depois de cuscarem conversas entre jovens negociadores, convencerem-se de que existia um plano para destruir o Estado de Direito. Os jovens apenas falavam de nos livrar da fúria justiceira de Manuela Moura Guedes e seu marido. Achar que o casal Moniz é o Estado de Direito, deve ser anedota.

Eu vi a comunicação social dizer que não existe liberdade de expressão em Portugal, enquanto usava a liberdade de atacar o poder de forma nunca vista. Eu lembro-me do tempo em que não existia liberdade de expressão. Dizer que ela não existe agora, soa-me deveras estranho.

segunda-feira, fevereiro 15

FUTEBOL - A BOLHA ESPECULATIVA PRESTES A REBENTAR
























Um alerta de JEAN-MICHEL AULAS Presidente do Olympique de Lyon:

.

Whatever Works

Fui ao cinema num dia frio em boa companhia. Não é banal, nos dias de hoje, ir ao cinema. Ir ao cinema é um reencontro com a magia daqueles que são capazes de inventar um olhar sobre eles próprios, os outros e o mundo. Mesmo quando só mediano Woody Allen é um criador que cumpre com a missão do criador verdadeiro: educar divertindo. Por isso sou um fiel admirador do seu cinema.

.

sexta-feira, fevereiro 12

BOM SENSO E EQUILIBRIO

Fotografia daqui

Acho que a consequência imediata desta campanha para descredibilizar o PM na sequência de outras (ainda se lembram do caso Freeport?) e de outras, que antecederam estas (lembram-se de Ferro Rodrigues – o secretário geral do PS que antecedeu Sócrates?), se destinam a aveludar o caminho por onde a direita espera fazer entrar triunfalmente um “salvador da pátria”. Mas a coisa, desta vez, começa a assemelhar-se ao ensaio geral de uma operação de demolição do próprio regime democrático. Neste caso não há brigadas vermelhas com raptos físicos de primeiros-ministros, à maneira italiana, nem golpes de mão (armada) ao parlamento, com atentados bombistas, à maneira espanhola, mas um sequestro mediático das mais altas figuras do estado incluindo as que ocupam o topo das instituições da justiça. Além da aliança dos extremos, que não constitui especial novidade pois já em França, em tempos, o eleitorado comunista desertou do seu campo em apoio da extrema-direita de Le Pen, há uma faceta nova da campanha doméstica em curso: atar num só molho todas as mais altas figuras do estado democrático, desfazer a imagem de probidade de todas e de cada uma, fazendo-as surgir aos olhos da opinião pública como fracas, titubeantes e coniventes com negócios obscuros sugerindo o seu mútuo encobrimento. Uma coisa é certa que deve ser do conhecimento dos homens de estado: quando a justiça se acobarda, ou se mostra inútil, credibiliza as derivas totalitárias. Os extremos sentem-se estimulados e os democratas de todas as tendências políticas desmoralizam e descrêem na ordem em que acreditam. É preciso que os cidadãos de boa vontade encontrem caminhos para fazer sentir a necessidade, e urgência, de que todos os responsáveis públicos, não só os políticos, façam um esforço extra de bom senso e equilibrio no exercício de todas as suas responsabilidades e funções - - e também aqui.
.

quinta-feira, fevereiro 11

Dificuldades


ARTE POÉTICA III


Quem procura uma relação justa com a pedra, com a árvore, com o rio, é necessariamente levado, pelo espírito de verdade que o anima, a procurar uma relação justa com o homem. Aquele que vê o espantoso esplendor do mundo é logicamente levado a ver o espantoso sofrimento do mundo. Aquele que vê o fenómeno quer ver todo o fenómeno. E apenas uma questão de atenção, de sequência e de rigor.


Sophia de Mello Breyner Andresen - Arte Poética III

quarta-feira, fevereiro 10

O TEMPO E O MODO
























A Fundação Mário Soares, pela sua acção, tem prestado um inestimável contributo para o conhecimento e divulgação da história contemporânea portuguesa. Veja-se a divulgação online da revista O Tempo e o Modo. Clique em Revistas de Ideias e Cultura. [A partir do Almanaque Republicano.]
.

terça-feira, fevereiro 9

PARA GRANDES MALES, GRANDES REMÉDIOS!

John Delaney

Quando, por estes dias, oiço falar que a liberdade de imprensa está em perigo dá-me vontade de rir. Não consigo conter a minha perplexidade perante o beco obtuso a que nos conduz a propaganda da direita. No lugar onde eu me encontro, como a maioria dos mortais, tento resolver problemas comezinhos que são muito importantes para todos e cada um. A liberdade e, mais que tudo, a sua perda é um tema muito sério que não deve, nem merece, ser banalizado. Se os partidos da oposição acham que a liberdade de imprensa está em risco devem agir em conformidade com a gravidade do seu juízo: moção de censura ao governo! Para grandes males, grandes remédios. Ou não?
.

sábado, fevereiro 6

A VER VAMOS!

Fotografia de Hélder Gonçalves

Passos Coelho contra posição do PSD na questão das Finanças Regionais

Ninguém deu grande destaque, nem atribuiu demasiada importância, a esta declaração de Passos Coelho. Mas quer-me parecer que ela é prenunciadora de algumas mudanças significativas no panorama político português a curto/médio prazo. A ver vamos como rolam as cenas dos próximos capítulos da novela interna do PSD!