Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
quarta-feira, maio 25
segunda-feira, maio 23
ASSÉDIO SEXUAL
Não me venham com esta conversa de que o assédio sexual é transversal e tal e coiso... O que os responsáveis por cada uma das instituições (ainda para mais as de ensino) nas quais se prove essa prática, o que têm a fazer é tudo fazer para que os abusadores sejam severamente punidos (disciplinar e criminalmente). Aqui não há mas nem meio mas, nem vale generalizar para encobrir.
"Assédio sexual “é um problema transversal à sociedade portuguesa”
“Não há um sítio que é o antro dos malfeitores e os outros são sítios assépticos”, afirma o reitor da Universidade de Lisboa, Luís Ferreira, a propósito das queixas de assédio na Faculdade de Direito (FDUL). Saúde mental dos estudantes da universidade vai ser avaliada." (In "Público")
sábado, maio 21
MULHERES
Conceição filha de minha tia Lucília, irmã mais nova de meu pai, serena e jovial, fotografada no lugar do anjo que nos encoraja a olhar o futuro. A propósito do Natal de 2006 lembrei-me de uma fotografia da comunhão solene da Conceição.
Porque o ar puro que emana da imagem dela, fotografada com arte verdadeira, corresponde à própria natureza do ser fotografado. A distância entre a realidade e a imagem que dela se faz encurta-se, aplana-se, tendendo para a representação da felicidade.
sexta-feira, maio 20
MULHERES
A minha tia Lucília, irmã de meu pai, uma mulher linda de morrer, no dia do seu centenário. Já não está entre nós mas reconstruo-me evocando a memória dos meus. E assim caminho...
terça-feira, maio 17
MULHERES
Fotografia de família – a minha avó paterna
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Ressonâncias de outros tempos com gente povoando os caminhos e as casas habitadas em comum com suas regras horários lugares marcados uma luta pela sobrevivência é assim que me soam as ressonâncias de outros tempos. Nela as mulheres ocupam no meu imaginário o centro do mundo. O ponto cardeal em torno do qual volteiam todos os devaneios. Desfilam pela minha memória os seus rostos, vozes e cheiros. Na família tradicional que era (e é) a minha, as mulheres parece que nunca desertam dos seus deveres, nunca morrem, permanecem no centro da vida, lugar da vida, origem da vida. Se tivesse sido iluminado pelo dom de uma qualquer arte dedicar-lhes-ia um monumento, uma obra-prima, um prolongado aplauso. [24/2/2008]
domingo, maio 15
O SOFRIMENTO HUMANO
“Setembro. (1941)
Organiza-se tudo: É simples e evidente. Mas o sofrimento humano intervém, e altera todos os planos.”
Albert Camus, in Caderno” n.º 3 (Abril de 1939/Fevereiro 1942).
Na esquina de um olhar – Fotografia de Hélder Gonçalves
quinta-feira, maio 12
MAIO
Maio.
Erro de uma psicologia de pormenor. Os homens que se procuram, que se analisam. Para nos conhecermos bem, temos que nos afirmar. A psicologia é acção - não reflexão sobre si próprio. Definimo-nos ao longo da vida. Conhecermo-nos perfeitamente, é morrer. [pág.34]
As filosofias valem aquilo que valem os filósofos. Maior é o homem, mais a filosofia é verdadeira. [pág. 36]
Combate trágico do mundo sofredor. Futilidade do problema da imortalidade. Aquilo que nos interessa, é de facto o nosso destino. Mas não "depois", "antes". [pág. 37]
Regra lógica. O singular tem valor de universal.
-ilógica: o trágico é contraditório.
-prática: um homem inteligente em certo plano pode ser um imbecil noutros. [pág. 37]
Os casais: o homem tenta brilhar diante de terceiros. A mulher imediatamente: "Mas tu também…", e tenta diminui-lo, torná-lo solidário da sua mediocridade. [pág. 41]
Mulheres na rua. A besta arrebatada do desejo que trazemos enroscada na cavidade dos rins e que se agita com uma suavidade estranha. [pág. 43]
Albert Camus, in "Cadernos" (1962-Editions Gallimard), Colecção Miniatura das Edições "Livros do Brasil", Caderno nº1 (Maio de 1935/Setembro de 1937).
segunda-feira, maio 9
O COROA MORREU
O Campos Coroa morreu, não o refiro como reflexo das notícias de suas ligaçôes à Académica de Coimbra, mas como filho de Campos Coroa, um médico, tal como ele, que levou o teatro de Coimbra para o Algarve. Foi aí que aprendi na juventude muita coisa essencial para a minha vida futura até hoje e sempre. Deixo um texto antigo em sua homenagem.
Uma Sala Vazia
O teatro foi uma escola para mim. Desde o liceu até ao teatro amador vivi uma experiência intensa fazendo teatro. No GTCCA (“Grupo de Teatro do Círculo Cultural do Algarve”), dirigido pelo Dr. Emílio Campos Coroa, encenaram-se os clássicos e fizeram-se representações e digressões sem conta.
Em salas pequenas e grandes, modestas e grandiosas, em ruas e praças, em barcos ancorados (“O Lugre”) e praias douradas (Albufeira), de dia e de noite. Uma loucura. A acção da família Campos Coroa na promoção do teatro foi, e é, uma gesta heróica. O exagero está na realidade e não na fantasia do teatro.
Representamos a “Trilogia das Barcas”, de Gil Vicente, versão integral, vezes sem conta. Desempenhava, nessa trilogia, três papéis, um em cada acto: o “Procurador”, no primeiro, o “Tafúl” (cena final do segundo acto) e o “Cardeal”, no terceiro. O dispêndio de energias era fenomenal e as cabeleiras nunca me cabiam na cabeça. O meu desempenho era somente razoável para um actor autodidacta, sem escola, nem formação específica.
Mas os espectáculos eram uma festa tensa e exigente. O espectáculo de Portimão (ou de Lagos?) ficou-me vincado na memória por uma razão oposta à maioria dos outros. Antes do início, perto da hora marcada, a sala apresentava-se deserta. Não sei já, ao certo, mas sentavam-se na plateia um ou dois espectadores. Tinha falhado, certamente, a divulgação.
O Dr. Emílio Campos Coroa (enfurecido!) reuniu a “companhia” nos bastidores e fez uma prédica que nunca mais esqueci. A sua mensagem era cristalina: o espectáculo realiza-se, de qualquer maneira, como se estivéssemos perante uma sala cheia. Com a mesma energia e dedicação, sem falhas nem hesitações.
Fez-se. Correu bem. Reforcei a convicção de que os compromissos são para respeitar mesmo na adversidade. Obrigado doutor.
PELO ANIVERSÁRIO DE MARGARIDA RAMOS
Pelos caminhos da vida por entre perigos e desafios, enfrentando-os ou torneando-os conforme as circunstâncias, em mim repousa e vive o outro, suas alegrias e dores, tanto tempo e tão pouco, sempre o olhar erguido em frente, prontos a aceitar para ser aceites, sei que a eternidade é uma ideia sem futuro, mas creio sempre no valor sagrado da vida em liberdade e nos valores nos quais nos revemos. Feliz aniversário!
AGOSTINHO ROSETA
Agostinho Roseta morreu no dia 9 de Maio de 1995, na plena pujança das suas faculdades humanas, intelectuais e políticas. A sua morte prematura impediu que tivesse, muito provavelmente, exercido influência ainda mais marcante, a partir de 1995, no movimento sindical, no Partido Socialista e, quiçá, no governo.
Ele foi, no movimento operário e sindical, o activista mais importante do MES associando juventude (ou talvez melhor, jovialidade), capacidade teórica e sentido prático de organização sendo, ao mesmo tempo, persuasivo, sedutor e desprendido do poder.
Falar de pessoas é sempre muito delicado mas não receio cometer qualquer injustiça destacando a influência marcante de Agostinho Roseta na formação pessoal e política de um vasto e influente conjunto de dirigentes políticos e sindicais portugueses.
Lembro-o, além do mais, pela amizade sincera que sempre por ele nutri, aliás, retribuída, e porque foi ele o primeiro, entre todos nós, que mais cedo compreendeu o fracasso do projecto político do MES optando por dedicar as suas imensas capacidades de liderança ao movimento sindical.
O dia da sua morte coincide, ironicamente, com o dia de aniversário de minha mulher a quem pedi para reconstruir a última imagem que dele possuo: uma fotografia de grupo registada, certamente, em 27 de Outubro de 1994 na celebração do 4º aniversário de meu filho.
(Dedicado à sua mulher Helena e a seus filhos, um post de Março de 2004, reescrito, pois nunca esqueço esta triste efeméride.)
sábado, maio 7
FOTOGRAFIAS DE FAMÍLIA
As fotografias de família confrontam-nos com as memórias. Reconciliam-nos ou antagonizam-nos connosco no contexto da família a que pertencemos. O colectivo e o individual misturam-se na poeira do tempo. São imagens que reflectem fragmentos da vida captados em fracções de segundos.
Sempre me reconcilio com a memória quando olho as fotografias de família. Na diversidade das diversas famílias a que pertenço. Outros lidam mal com elas e horrorizam-se quando vasculham no baú da memória.
A partir dos finais dos anos 40 o meu pai adquiriu três objectos de culto: a moto “Norton”, a máquina fotográfica “Kodak” e o automóvel “Ford Prefect”.
Esta é uma fotografia rara retratando um objecto: o “Ford Prefect” surge como se fosse um membro da família. Matrícula LH-14-11. Uma matrícula que, ao contrário de outras, nunca mais esqueci.
GUERRA É GUERRA
Na guerra da Ucrânia, que nem tão cedo sairá do nosso quotidiano mediático, uma coisa ficou clara nos últimos dias: os USA e a GB (que arrastarão a UE e outros) definiram a sua estratégia no sentido de tudo fazerem para a vitória politico-militar da Ucrânia. O discurso acompanha a prática através de apoio militar, a todos os niveis, relevante. Só sabemos da missa a metade - quase ocultada a guerra da inteligência e o negócio de armamento. Só a partir da posição de vencedores poderão encetar uma negociação a sério com a Rússia. O resto são detalhes que podem avultar em ruído mas que não serão decisivos. O nosso caso de Setúbal é simplesmente mais uma sequela doméstica que indicia o declinio da influência do PCP, ou melhor dito, um episódio na infindável campanha do PCP para alcançar a irrelevância politica.
sexta-feira, maio 6
BRASIL
A politica no Brasil é coisa triste, os brasileiros não merecem tais araustos de um grande e rico país-continente, ainda para mais de lingua portuguesa. Lula acerca da guerra da Ucrânia disse umas inanidades que Bolsonaro deve ter tido pena de lhe terem sido roubadas. Fica-se com a sensação que as opções viáveis de vitória nas próximas presidencais anunciam novas aparências mas com mais do mesmo. E fico triste, pá...
terça-feira, maio 3
A POSSE
A designada guerra da Ucrânia continua e tenho para mim que assim é por ser do interesse de todos menos do povo que sofre as suas consequências. Finalmente foi sempre assim pois se assim não fosse seria uma breve chama que um simples sopro apagaria. Sempre os negócios, o dominio das fontes de matérias primas, das rotas, da terra, do mar, a volúpia da posse...a posse.... a posse... . Das guerras saem sempre vencidos os povos mesmo quando os seus governos saem vencedores, hoje por hoje, acresce o espectáculo que estimula o imaginário heróico da beligerância em desfavor da pacata grandeza da concórdia. Daí o desprezado heroísmo de Guterres ... e por aqui me fico ...
domingo, maio 1
À MINHA MÃE TOLENTINA
Reconheço o amor nos olhos que me olham com desmedida atenção enquanto durmo. Os olhos de minha mãe adoravam ter esperança no futuro no qual jogava a sua crença de ir mais longe. A primeira mulher da minha vida. A mais ousada na sua imprevisível arte de romper barreiras e chegar mais além. A fonte da força que me mantém de pé contra todas as adversidades. Uma mulher de um só homem que não era homem de uma só mulher. A fidelidade nascida da tradição que não da fraqueza ou da futilidade. A irreverência herdada da rudeza do campo, das agruras da natureza à força de puxar a besta e de encaminhar a água à raiz certa não fosse perder-se uma gota. A escola da escassez sonhando a fartura que havia de vir fruto do trabalho honrado. Não perder tempo chorando o tempo perdido. Fazer do tempo um passeio para espairecer e voltar ao arado da vida com sonhos lá dentro. A mulher que se fez a si própria descobrindo os outros e o que se pode e se não pode fazer com eles. Aceitar mudar e escolher o caminho da mudança. Tactear o caminho levando ao colo os seus amores. A primeira mulher que acreditou no caminho hesitante que me havia de fazer homem. Sem saber para onde ia ao certo. Nem ninguém sabia, ninguém nunca sabe, mas não duvidou que havia de chegar a um lugar onde brilharia o sol e sou capaz de a lembrar como a minha primeira mulher. Aquela que mais me amou, sempre me amou além do que a vida pode conter de riqueza material. Um dia ao fim de uma longa caminhada sem sequer saber dos meus males escolheu morrer nos meus braços. A mais sublime homenagem que alguém pode prestar a alguém. De súbito suavemente, na alegria da celebração da juventude, deixou para sempre a esfusiante tradição de me abraçar como se fosse a criança que para ela nunca deixara de ser. [21/1/2008]
HOJE É DIA DE MAIO
Hoje é dia de Maio, dizia-se no campo de meus avós, tão longe no tempo, tão perto na memória. Hoje passam 48 anos sobre a data em que se desfizeram muitas dúvidas acerca da natureza da revolução de Abril.
Por toda a parte ressoaram os passos de milhões de manifestantes. Num repente um povo submisso parecia ter-se transformado num povo rebelde. Mas as revoluções só sobrevivem naqueles breves momentos de fusão em que tudo parece ser possível.
Torga, apesar do seu cepticismo, vigilantemente crítico, escrevia, pouco tempo depois, no seu Diário:
“Aveiro, 9 de Junho de 1974 – A caminho da Costa Nova, com a sensação de que os barcos navegam no meio dos milheirais.”
E, ainda antes, a propósito das suas incursões pela política:
“Coimbra, 1 de Junho de 1974 – Discurso num comício socialista. Ainda hei-de escrever meia dúzia de linhas a propósito da situação trágico-cómica de um poeta em bicos de pés num estrado cívico, a esforçar-se por estar à altura da sua reputação e ao mesmo tempo a saber que ninguém o ouve.”
Jorge de Sena, na América, escreveu em 2 de Maio de 1974 o poema “Com que então libertos, hein?...”: “Falemos de política, / discutamos de política, escrevamos de política, /vivamos quotidianamente o regressar da política à posse de cada um /essa coisa de cada um que era tratada como propriedade do paizinho. /Tenhamos sempre presente que, em política, os paizinhos/ tendem sempre a durar quase cinquenta anos pelos menos. /E aprendamos que, em política, a arte maior é a de exigir a lua/ não para tê-la ou ficar numa fúria por não tê-la, / mas como ponto de partida para ganhar-se, do compromisso, /uma boa lâmpada de sala, que ilumine a todos. (…)
As quatro fotografias, a preto e branco, sobreviveram 48 anos tal como algunsde nós que nelas se podem rever. Nesta última, entre muitos dos activistas do MES que, publicamente, se anunciava, vejam se conseguem reconhecer o Eduardo Ferro Rodrigues!
QUE VIVA O 1º DE MAIO!
sábado, abril 30
O CARTEL
O capital financeiro, a Banca manda em tudo, é juiz supremo da vida das nações. Em Portugal com a particularidade de termos chegado ao fim da linha, com desenho surrealista, de um capitalismo sem capital, capitalistas sem banca própria, reduzidos à pública CGD que, imagine-se!, vai partilhar sede com governo, tudo o resto (que é quase tudo) tomado pelo capital estrangeiro (salvo Montepio e Caixa de Crédito Agrícola, pequenos bancos da economia social, originários da 1ª república, sempre na mira da voracidadde alheia.) "Não há sentença judicial final ...!
"Não há sentença judicial final do cartel da banca, porque o processo vai ter de ir para esclarecimentos para o Tribunal de Justiça da União Europeia. O caso será suspenso até vir a resposta desta instituição europeia ao Tribunal de Concorrência, Regulação e Supervisão, em Santarém."
quinta-feira, abril 28
ANIVERSÁRIO
Aniversário, num tempo repleto de novos desafios, ameaças à paz entre os povos e as nações, sinais de guerra que me convocam para espreitar oportunidades e vontade agir pela mudança do modelo de sociedade onde impera a crescente desigualdade social. Sempre mantendo viva a memória dos outros sem os quais não somos ninguém. Aos meus, avós, pais, irmão, companheira, filho, família alargada de todos os ramos que em mim desaguou e sempre me enriqueceu. A todas, e todos, as amigas, e amigos, que me deram o privilégio de comigo conviverem e me oferecerem com sentido de dádiva parte de suas vidas. Quantas alegrias e sofrimentos partilhamos, olhares em flecha postos no futuro radioso que sonhámos, e tantas vezes vimos florescer ou desiludir. Sempre com o olhar posto na vida vivida com esperança no futuro e os revezes encarados como oportunidades de novas conquistas. Como soe dizer-se, otimista na vontade, pessimista na razão. Aniversário que escrevo como se fora a primeira palavra de um dicionário aberto a todas as inscrições que celebrem a vida.
segunda-feira, abril 25
25 ABRIL - QUE VIVA!
Neste 25 de abril escrevo aqui bem perto da casa onde nasci, dia claro e temperado, como naquele longinquo dia em que as circunstâncias fizeram com que tivesse participado na ação militar que derrubou a ditadura. Um golpe militar que desaguou numa revolução popular, singular, como havia sido singular a ditadura que caiu com estrondo em poucas horas. Não vem ao caso dissertar acerca destas singularidades, mas apetece-me reafirmar que fizemos, todas e todas os que dicidiram por vontade própria participar ativamente no derrube da ditadura, o que tinha que ser feito, honrando a memória dos que desde 1926 tentaram por todos os meios, com sacrificio da sua liberdade e, quantas vezes, da vida, restaurar a democracia perdida com o 28 de maio de 1926 que derrubou a 1ª República. No dia seguinte ao da vitória eleitoral de Macron em França, o 25 de abril celebrado como dia da libertação em Portugal e em Itália, podemos saudar a França, as francesas e franceses, que com o seu voto permitiram manter aberta aquela pequena frincha pela qual se ilumina a vida dos povos que aspiram a viver am liberdade. Que Viva o 25 de Abril!
(Na porta de armas do quartel do Campo Grande em Lisboa, com o João Mário Mascarenhas, num dos dias entre 25 e 30 abril de 1974)
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