Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
domingo, março 12
FRANCISCO - 10 ANOS
204. Não podemos mais confiar nas forças cegas e na mão invisível do mercado. O crescimento equitativo exige algo mais do que o crescimento económico, embora o pressuponha; requer decisões, programas, mecanismos e processos especificamente orientados para uma melhor distribuição dos rendimentos, para a criação de oportunidades de trabalho, para uma promoção integral dos pobres que supere o mero assistencialismo. Longe de mim propor um populismo irresponsável, mas a economia não pode mais recorrer a remédios que são um novo veneno, como quando se pretende aumentar a rentabilidade reduzindo o mercado de trabalho e criando assim novos excluídos. In EXORTAÇÃO APOSTÓLICA - EVANGELII GAUDIUM DO PAPA FRANCISCO.
24 de novembro de 2013
IRREALIDADE
"Com o dobro da dimensão da Caixa Geral de Depósitos, o norte-americano Silicon Valley Bank fez soar as sirenes entre as startups. A portuguesa Indico Capital Partners admite que algumas suas participadas podem estar expostas ao SVB. E a Anchorage Digital assume uma exposição residual". In "Expresso".
Todo o cuidado é pouco com a irrealidade dos trabalhos terrenos!
sábado, março 11
MANOBRAS
"Montenegro aconselhado a convidar Passos para n.º1 às europeias", In Expresso". Isto é tão básico que até faz impressão. "Exportar" Passos para Europa, evitar uma derrota nas europeias, logo inviabilizar a sucessão na liderança do PSD pós europeias em que Passos pode suceder a Montenegro...
sexta-feira, março 10
AFLIÇÃO
A hierarquia da igreja católica portuguesa entrou em negação. É curioso como a parte conservadora da nossa sociedade, e os seus representantes politicos, tentam através do silêncio, ou da fuga para a frente, aplacar os efeitos da condenação popular. Não há purificação possível. Em aflição esperam que o tempo faça o seu trabalho - o esquecimento.
terça-feira, março 7
8 MARÇO - DIA INTERNACIONAL DA MULHER
A terra e o corpo eram o mundo possível; a terra penetrava os poros, tisnava a pele, sujava as feridas; a terra cantava sob a correria dos pés descalços; a terra e os corpos entoavam as canções de embalar e de trabalho, da eira ao arado, do varejo ao rabisco; olhava as mulheres como se fossem rainhas que um dia haviam de dançar mil danças rodopiando nos braços do seu par; via-as sempre a dançar em seus sorrisos e suas gritas; as mulheres do tempo de as ver somente com uma admiração que me vinha de dentro. Não sabia nada delas mas via-as e amava-as como se fossem a terra que segurava as minhas raízes ao chão da vida. [4/2/2008]
segunda-feira, março 6
7 março 1808 - a família real chega ao Rio de Janeiro
Em 29 de Novembro de 1807, após um dia chuvoso, o príncipe d. João, d. Carlota, seus filhos, a rainha d. Maria I, vários outros parentes partiram em meio ao outono lisboeta. Do rio Tejo saíram as embarcações. Seguiram, além da família real, nobres, funcionários da Corte, ministros e políticos do Reino. Cerca de 15 mil pessoas. Os franceses ao chegarem à capital portuguesa em 30/11 ficaram a ver navios, frustrados com a não captura dos governantes lusos. Tudo o que era necessário para permanecer governando foi transportado. Insistia, entrementes, uma sensação dúbia: covardia ou esperteza? D. João estava angustiado. Seu país sendo atacado, o povo morrendo e ele seguindo viagem. Desconfortos psicológicos e físicos. Tormentas nos pensamentos e nos vagalhões dos mares que chegou a atrapalhar a travessia. Escassearam os víveres. Natal, Ano Novo e Dia de Reis se passaram. Então, a terra firme finalmente chegou. Em 22 de Janeiro de 1808 os barcos atracaram na antiga primeira capital do Brasil, a ensolarada Salvador. Porém, o abatido e cheio de dúvidas d. João após 54 dias no mar pisou o solo brasileiro apenas 24 hs depois. Foi o primeiro rei europeu a fazê-lo. Revisões nos navios, um pouco de descanso. Seguiram a viagem em 26 de Fevereiro. Dia 7 de Março a família real chegava ao destino final, a cidade do Rio de Janeiro.
domingo, março 5
sábado, março 4
quinta-feira, março 2
JOSÉ MANUEL GALVÃO TELES - RIP!
Foi ele que permitiu por sua iniciativa, e influência, criar as infraestruturas mínimas da aventura do MES no imediato pós 25 de abril.
Foi um dos subscritores da primeira Declaração politica do MES (com Manuel Lopes, António Rosas, António Santos Júnior, Rogério de Jesus, António Machado, Francisco Farrica, Edilberto Moço, Luís Filipe Fazendeiro, Luís Manuel Espadaneiro, Carlos Pratas, José Galamba de Oliveira, Víctor Wengorovius, Joaquim Mestre, Eduardo Ferro Rodrigues, Nuno Teotónio Pereira e César Oliveira.)
Rompeu com o MES no I Congresso, de dezembro de 74, subscrevendo um documento/moção, datado de 30 novembro de 1974, intitulado (imaginem!): “O MES E A ACTUAL FASE DA LUTA REVOLUCIONÁRIA – AS TAREFAS IMEDIATAS DO MOVIMENTO”, também subscrito por Armando Trigo e Abreu, César Oliveira, Francisco Soares, Joaquim Mestre, João Bénard da Costa, João Cravinho, Jorge Sampaio e Nuno Brederode Santos.
Marcou presença no jantar de extinção do MES, realizado em 7 de outubro de 1981, surgindo na fotografia, de autoria de António Pais, com Francisco Soares, César de Oliveira e João Cravinho.
quarta-feira, março 1
terça-feira, fevereiro 28
"Como um lábio húmido"
“13 de Fevereiro de 36 - Eu peço às pessoas mais o que elas me podem dar. Vaidade de pretender o contrário. Mas que horror e que desesperança. E eu próprio talvez ..." ... "Procurar os contactos. Todos os contactos Se pretendo escrever a respeito dos homens, como afastar-me da paisagem? E se o céu ou a luz me atrai, esquecerei eu os olhos ou a voz daqueles que amo? Dão-me, de cada vez, os elementos de uma amizade, os fragmentos de uma emoção, nunca a emoção, nunca a amizade.” (...) “Março- Dia atravessado por nuvens e pelo sol. Um frio salpicado de amarelo. Eu devia fazer um caderno do tempo de cada dia. Aquele belo sol transparente de ontem. A baía trémula de luz – como um lábio húmido. E trabalhei todo o dia.” Albert Camus, in “Caderno” n.º 1 (Maio de 1935/Setembro de 1937) – Tradução de Gina de Freitas. Edição “Livros do Brasil” (A partir da “Carnets”, 1962, Éditions Gallimard).
segunda-feira, fevereiro 27
VÍCTOR WENGOROVIUS
Víctor Wengorovius morreu a 27 de Fevereiro de 2005 mas viverá para sempre no coração daqueles que, verdadeiramente, o conheceram.
domingo, fevereiro 26
Fernando Tordo
Faz este domingo exactamente meio século que a canção Tourada saiu vencedora do Festival da Canção, que à data, em 1973, ainda se chamava Grande Prémio TV da Canção. Era a décima edição, havia 10 canções a concurso e a Tourada ganhou, para espanto de muitos e gáudio de tantos mais. Porque na metáfora tauromáquica, com letra do poeta José Carlos Ary dos Santos e música de Fernando Tordo (que ali a cantou) era impossível não ver retratada a ditadura. Depois da vitória, ainda houve tentativas de que não fosse à Eurovisão, mas acabou por ir e ficou em décimo lugar num total de 17, no Luxemburgo. (In Público)
sábado, fevereiro 25
MULHERES
MARIA VELEDA - notável combatente republicana dos primórdios da luta pelos direitos das mulheres. Nascida na minha cidade e freguesia - Faro, São Pedro, 26 de fevereiro de 1871.
sexta-feira, fevereiro 24
FUTURO II
Pelos caminhos da vida por entre perigos e desafios, enfrentando-os ou torneando-os conforme as circunstâncias, em mim repousa e vive o outro, suas alegrias e dores, tanto tempo e tão pouco, sempre o olhar erguido em frente, prontos a aceitar para ser aceites, sei que a eternidade é uma ideia sem futuro, mas creio sempre no valor sagrado da vida em liberdade e nos valores nos quais nos revemos.
quinta-feira, fevereiro 23
FUTURO
Uma vez mais se joga a vida no corpo que se quer erguido do chão. Sabemos como as disputas dos homens em sociedade são de pequena monta face à luta pela saúde e pela vida. Hoje, amanhã e sempre ergo os olhos na espera paciente de um novo futuro sempre presente.
quarta-feira, fevereiro 22
JOSÉ AFONSO - QUE VIVA !
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos nasceu a 2 de Agosto de 1929, em Aveiro. Morreu no dia 23 de Fevereiro de 1987, no Hospital de Setúbal.
terça-feira, fevereiro 21
Uma efeméride pessoal
Foi a 21 de Fevereiro de 1996 que tomei posse como Presidente da Direcção do INATEL. Para quem quiser saber o significado da sigla basta fazer uma pesquisa. A efeméride não é nada estimulante para mim pois a sete anos de gestão muito realizadora seguiram-se cinco anos de processos. De todos saí vencedor. Ainda não é hoje que reatarei as peripécias deste processo que poderá ter alguma utilidade na sociabilização do conhecimento dos meandros da administração e de como os gestores honestos dificilmente escapam aos cantos de sereia e, finalmente, quando se não deixam comprar, à sanha persecutória dos guardiões do “sistema”. adiante.
segunda-feira, fevereiro 20
No sul o sol impõe as suas regras
A natureza despe-se sem pudor apesar do olhar dos homens. Nasci com a escassez da água por entre os medos da seca e da fome. Mas a natureza não detém a sua marcha perante os receios do homem.
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No sul o frio é suave e temperado pelo mar e pela vizinhança de África. A minha terra fica mais próxima de África do que de Lisboa. Sempre nos esquecemos disso quando pensamos nos espanhóis.
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A sul a neve caiu de 1 para 2 de Fevereiro de 1954. Vi-a cair pela primeira vez debruçado de espanto da janela com vista para o meu mundo. A rua ficou branca e fiz bolas de jogar. Mas a neve na minha memória é quente.
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A nespereira familiar da minha infância prepara-se para dar frutos. Imagino o seu lugar no quintal de onde nunca saiu e se apresenta sempre viçosa às gerações que passam. Ela renova-se e parece imortal.
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A figueira do caminho do campo despida de folhas olha-me curiosa. O frio fê-la ficar nua e reparei que não se mexia nem tiritava nem sequer temia a sua morte anunciada. Ela sabe que no próximo verão ainda vai dar frutos suculentos.
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As árvores são um mundo de vida e de afectos para os artistas. Poetas, pintores, músicos, cineastas, fotógrafos ... muitos dos grandes artistas cantaram a natureza através das árvores.
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A sombra de cada árvore é diferente conforme a sua natureza. Cada sombra projectada por uma árvore tem vida própria e uma personalidade diferente conforme as espécies. As sombras das árvores são todas diferentes.
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Ir para a sombra era uma obsessão da minha infância. No sul o sol impõe as suas regras. As árvores no verão eram o lugar da sombra antes de serem o lugar dos frutos e da subsistência.
Fotografia de amistad
domingo, fevereiro 19
SUL
uns breves dias de regresso à cidade natal, ao sul respira-se o mesmo ar de sempre, os lugares estão diferentes mas a meus olhos iguais, no tempo da alegria convencional,
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