Meu poema é um silêncio aceso
que me alumia o caminho da fala
e se derrama na palavra escrita
à mão teclada ou manuscrita
Meu poema só existe quando escapa
ao exacto momento que o suscita
e nada mais tem para dizer
senão o que a própria mão lhe dita
15/3/2008
[25 Poemas. Selecção de poemas escritos, a lápis, nas páginas do livro “Toda a Poesia”, de Ferreira Gullar, 15ª edição, José Olympio, Editora. Este é o último poema desta série que foi publicada no Caderno de Poesia.]
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