Christine Lebeck - Nocturnes
Ainda a propósito da entrevista de Manuela Ferreira Leite (MFL) à TVI, está fora de causa a necessidade e relevância da oposição actuar segundos os processos que considere mais adequados e eficazes. Mesmo nas ditaduras, como todos sabemos, as oposições, embora actuando nas margens, ou fora da lei, de forma pacífica ou violenta, sempre existiram e existirão. Quanto mais em democracia! A questão está no patamar civilizacional em que se encontra a comunidade ao discutir os regimes políticos e as suas regras, nas quais se integra a questão das oposições. MFL disse que ao governo não compete fazer oposição à oposição. Compete-lhe governar. Estou de acordo. Mas à oposição, em democracia, compete mais do que bloquear as iniciativas e projectos do governo. À oposição compete apresentar alternativas quando as encontre melhores do que os projectos do governo ou concordar com os projectos do governo quando não lhes encontre melhores alternativas. É simples e fácil. MFL não é uma política caída do céu, desconhecedora de tudo e todos, uma virgem ofendida com a clausula dos projectos do governo. O jogo do fingimento de MFL não resistirá, como o debate de ontem mostrou, a um minuto de debate, a sério, com Sócrates. Pela simples razão, entre outras que não cabem neste já longo post, que MFL esteve presente no processo de gestação e decisão de todos os mais importantes projectos cujos estudos hoje afirma desconhecer. O azar de MFL é o facto de ter encontrado um primeiro-ministro – goste-se ou não do estilo – que é difícil de igualar no confronto com a adversidade. Quando antes alguns primeiros-ministros, ressalvados os seus méritos, se puseram ao fresco face às adivinhadas dificuldades da governação e aos expectáveis embaraços das explicações que deviam ao país, este primeiro-ministro parece que está disposto à luta (política, entenda-se) mesmo nas condições adversas que se desenham no horizonte. Ora esta atitude pessoal perante a política, indo além da política, faz toda a diferença!
Ainda a propósito da entrevista de Manuela Ferreira Leite (MFL) à TVI, está fora de causa a necessidade e relevância da oposição actuar segundos os processos que considere mais adequados e eficazes. Mesmo nas ditaduras, como todos sabemos, as oposições, embora actuando nas margens, ou fora da lei, de forma pacífica ou violenta, sempre existiram e existirão. Quanto mais em democracia! A questão está no patamar civilizacional em que se encontra a comunidade ao discutir os regimes políticos e as suas regras, nas quais se integra a questão das oposições. MFL disse que ao governo não compete fazer oposição à oposição. Compete-lhe governar. Estou de acordo. Mas à oposição, em democracia, compete mais do que bloquear as iniciativas e projectos do governo. À oposição compete apresentar alternativas quando as encontre melhores do que os projectos do governo ou concordar com os projectos do governo quando não lhes encontre melhores alternativas. É simples e fácil. MFL não é uma política caída do céu, desconhecedora de tudo e todos, uma virgem ofendida com a clausula dos projectos do governo. O jogo do fingimento de MFL não resistirá, como o debate de ontem mostrou, a um minuto de debate, a sério, com Sócrates. Pela simples razão, entre outras que não cabem neste já longo post, que MFL esteve presente no processo de gestação e decisão de todos os mais importantes projectos cujos estudos hoje afirma desconhecer. O azar de MFL é o facto de ter encontrado um primeiro-ministro – goste-se ou não do estilo – que é difícil de igualar no confronto com a adversidade. Quando antes alguns primeiros-ministros, ressalvados os seus méritos, se puseram ao fresco face às adivinhadas dificuldades da governação e aos expectáveis embaraços das explicações que deviam ao país, este primeiro-ministro parece que está disposto à luta (política, entenda-se) mesmo nas condições adversas que se desenham no horizonte. Ora esta atitude pessoal perante a política, indo além da política, faz toda a diferença!
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1 comentário:
MFL, em três dias, mudou três vezes de opinião sobre os investimentos em OP.
Primeiro, não devia ser essa a prioridade do governo. Era a caridade: risos na sala e choro convulsivo no PSD.
De seguida era que não havia dinheiro para nada. Era a "Tanga" outra vez!
Finalmente, ontem já quer que lhe expliquem as contas, e volta atrás e toca de novo as anteriores opiniões. Não se entende:
- Se não há dinheiro como é que ela quer que se façam OP?
- Se afinal há dinheiro para investimentos reprodutivos, a ilustre financeira quer gastá-lo no consumo da classe média?
Aqui coincide com as propostas disparatadas do PCP sobre o "aumento generalizado das pensões e salários", do apoio e financiamento avulso "aos sectores mais necessitados da nossa população"! Coincide perigosamente com os discursos mais populistas e irresponsáveis jamais apresentados sob a forma de programa de salvação nacional.
Aumentar o consumismo, o endividamento do País, traduz-se apenas em mais fábricas encerradas, mais desemprego, menos investimento e por aí fora.
Não era já tempo de alguém, uma Universidade séria, um Think Tank, vir dizer aos portugueses que não há alternativa a apertar o cinto, fazer das tripas coração, investir em OP e em ID, em Educação, e trabalhar aí umas 48 ou mesmo 50 horas por semana em vez da proposta completamente fora da razão de 35h/semana, que o PCP acaba de fazer?
Como é que os povos do Norte da Europa recuperaram da guerra e são hoje os mais ricos do mundo?
Com uma visão de futuro, um programa, e trabalho. Muito trabalho!
MFerrer
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