domingo, dezembro 7

QUE GUERRA É ESSA?

Frank Ward: Crossing Siberia

Há uma “literatura de opinião” e uma propaganda imensas acerca deste assunto e ontem esta frase esteve, todo o dia, fazendo manchete nos jornais on-line portugueses. O que me faz voltar ao assunto para perguntar: nos últimos tempos tem havido paz entre os sindicatos de professores e o governo? O que pretende o sindicalismo revolucionário ao desembainhar a linguagem da guerra? Conquistar a simpatia da opinião pública numa época de dificuldades económicas para a maioria das famílias e das empresas? Ameaçar com o encerramento das escolas aumentando as dificuldades do quotidiano das famílias ameaçando-as com o risco de ficarem sem saber o que fazer com o quotidiano dos seus filhos? Estão os professores porventura sob ameaça de perder o emprego como uma parte dessas famílias que ameaçam com as suas ameaças? Foi-lhes feita pelo governo alguma proposta mais gravosa que já não esteja em vigor na administração pública? É que está em vigor na administração pública um sistema de avaliação do desempenho. Talvez a maioria dos cidadãos não saibam mas, com seus defeitos, suas virtudes e perversidades está a vigorar, e a ser aplicado, à esmagadora maioria dos funcionários públicos, incluindo dirigentes, um sistema de avaliação de desempenho. É preciso que os professores sejam capazes de entender que as razões da sua luta são cada vez mais difíceis de entender. Não vale a pena abrir uma guerra que os dirigentes dos sindicatos de professores têm por obrigação de saber que já há muito está aberta. Se os dirigentes sindicais acham que a podem ganhar, que guerra é essa? E os professores sabem qual é a guerra dos dirigentes sindicais?
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4 comentários:

hfm disse...

Estou convicta que a guerra dos sindicatos não é a mesma da de alguns professores; contudo, pasmo como logo aqueles que mais avaliam não querem ser avaliados, ou então querem a auto-avaliação; necessária, sem dúvida, mas única - é no mínimo insólito!

Anónimo disse...

SENHOR ADM DO BLOGUE.

BOM DIA.

Em minha opinião o seu artigo é frágil. Parece-me que quer vir dar lições aos profesores e esse trabalho o senhor não sabe fazer. Nem lhe compete. Eu, quando professor e fui durante muito tempo, era avaliado todos os dias. Quem diz que os professores não querem ser avaliados, como muitas pessoas dizem, deviam estar na escola para aprender que, o que os profesores não querem é esta avaliação que está em curso, que briga com os seus direitos.

Esta é matéria reservada apenas a professores. Quem não o é não apareça porque desconhece totalmente da matéria.

Melhores cumprimentos do
João brito Sousa

Anónimo disse...

Não creio que as razões da luta dos Professores sejam difíceis de entender. Só não as entende quem está por fora. Esses deviam abter-se de falar do que não sabem.
O senhor, confortavelmente instalado na máquina burocrática e absurda que é o Ministério do seu Partido, devia voltar à Escola. Saberia, então, os resultados práticos das "reformas" das vossas cabeças "iluminadas". Além do mais, não teria "tacho" para defender. Lamento ter de falar-lhe assim, mas, na sua posição, faria melhor que tivesse ficado calado.
Sobretudo, é golpe baixo, falar das famílias cheias de dificuldades, das pessoas sem emprego, etc. Puxar ao sentimento quando se defende um Governo insensível e prepotente, é um golpe baixo.
O que o Mário Nogueira diz ou faz não tem muita relevância, nos dias que correm.
Ainda não percebeu que, também ele, está a lutar pela sua sobrevivência? É que os Professores deixaram de ser "carneirinhos obedientes" e resolveram tomar nas suas mãos não só o seu futuro como o futuro da Educação, em Portugal.
Os Professores, para além de o serem, são também pais, mães e avós. Não querem, por isso que os seus descendentes se transformem em sub-humanos, como parece ser o objectivo das vossas políticas pseudo-educativas.

Anónimo disse...

O partido do governo (PS) é um dos principais culpados pela actual situação no ensino. É da administração da 5 de Outubro (e já agora da 24 de Julho) que saem os decretos iluminados dos burocratas do Ministério de Educação.
Culpar apenas os sindicatos (ou o seu dirigente mais mediático) pelas manifestações de "rua" é sacudir a "água do capote" e não querer ver a realidade.
Já toda a gente percebeu que os sindicatos foram ultrapassados pelas reinvidicações dos professores que, na sua maioria, nem sindicalizados serão. Muitos destes professores são, inclusive, do próprio PS.
Ana Benavente, uma das "madrinhas" do sistema de educação defendido pelo Guterrismo, veio ainda há pouco tempo criticar as actuais medidas da actual ministra. Será que ela também é do PCP?
Há pessoas que querem ter uma venda nos olhos e não vêm o óbvio. O óbvio é que esta ministra "bloqueou" e as suas medidas não serão mais aplicadas. Mais cedo ou mais tarde, Sócrates terá de desfazer-se dela se quiser implementar algumas das suas medidas.
Os que escrevem contra a "rua" andavam há 30 anos de barba e de megafone na mão a criticar o sistema. Hoje, instalados no sistema, ninguém os ouve criticar os desmandos dos banqueiros que são apoiados pelo Partido Socialista onde, entretanto, foram acolhidos. Tenham vergonha!