O futebol é um fenómeno global e local ao mesmo tempo. Popular até ao tutano e mediático até à saciedade. Já perorei diversas vezes acerca do tema. Da terra batida dos campos da província mais remota até às relvas reluzentes dos grandes palcos há muitas diferenças mas também muitas semelhanças. Os heróis de um dia são os vilões do dia seguinte. A paixão pelo futebol entre as massas é um factor de alienação dirão os ortodoxos da esquerda, eles próprios seduzidos pelo fenómeno, mas libertador de tensões sociais e fautor de sentimentos de pertença cuja importância para a vida das comunidades e do indivíduo é difícil de explicar. Mourinho é um símbolo do líder odiado e idolatrado, vencedor mesmo quando vencido, desafiador do risco, conhecedor do mister a que dedica o seu tempo e saber. Muitos não sabem da profundidade do seu saber académico e da sua capacidade para gerir as virtualidades da chamada inteligência emocional na gestão dos grupos ou das equipas. O Prof. Manuel Sérgio – seu professor -um dia deu-se ao trabalho de me explicar o que iria ser Mourinho antes de ele atingir a notoriedade dos nossos dias.
E ainda a respeito de futebol assinale-se que a selecção portuguesa atingiu, pela primeira vez, um lugar no pódio do ranking mundial FIFA. Se eu fosse estratega dos desígnios nacionais, nesta hora de crise, colocava a vitória, mesmo que relativa, da selecção no Mundial da África do Sul entre as primeiras prioridades do investimento externo do país. Será uma oportunidade única de colocar o mundo, ou uma parte grande dele, a aplaudir de pé um pequeno país numa hora de dificuldades. Poucos países dispõem de uma tal oportunidade. E tudo devemos fazer para a não desperdiçar.
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2 comentários:
O José Mourinho é, sem dúvida, um homem que se conhece muito bem. Tem a noção que "quem não se conhece poderá ser assassino de si mesmo".
Quanto ao facto de o Campeonato Mundial se realizar na África do Sul, só desejo que se concretize o nome da bola : "Trazendo alegria para todos".Seria um factor que poderia contibuir para a coesão interna do país e promoveria o Continente Africano.
Um disparate pegado, este "post".
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