segunda-feira, junho 17

POLÍTICA (10)

Correm-se as notícias de uma a outra ponta e o que vemos? Um diário de conflitos, de violência, de guerra! Cá e lá, por todo o lado, não é só o que mais convém à indústria das notícias mas um reflexo da realidade nua e crua. O que há pouco tempo atrás era um devaneio de lunáticos - a guerra – passou a ser um presságio de realistas. Talvez um pouco mais de espirito de paz no G8, no lugar da volúpia da guerra, em mangas de camisa, menos usura e mais compaixão, menos manobra e mais política, mais grandeza e menos subserviência. Apetece-me citar Camus em “Núpcias, O Verão”: "
(...) A primeira coisa é não desesperar. Não prestemos ouvidos demasiadamente àqueles que gritam, anunciando o fim do mundo. As civilizações não morrem assim tão facilmente; e mesmo que o mundo estivesse a ponto de vir abaixo, isso só ocorreria depois de ruírem outros. É bem verdade que vivemos numa época trágica. Contudo, muita gente, confunde o trágico com o desespero. “O trágico”, dizia Lawrence, “deveria ser uma espécie de grande pontapé dado na infelicidade”.

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