Correm-se as notícias de uma a outra ponta e o que vemos? Um
diário de conflitos, de violência, de guerra! Cá e lá, por todo o lado, não é
só o que mais convém à indústria das notícias mas um reflexo da realidade nua e
crua. O que há pouco tempo atrás era um devaneio de lunáticos - a guerra –
passou a ser um presságio de realistas. Talvez um pouco mais de espirito de paz
no G8, no lugar da volúpia da guerra, em mangas de camisa, menos usura e mais
compaixão, menos manobra e mais política, mais grandeza e menos subserviência. Apetece-me
citar Camus em “Núpcias, O Verão”: "
(...) A primeira coisa é não
desesperar. Não prestemos ouvidos demasiadamente àqueles que gritam, anunciando
o fim do mundo. As civilizações não morrem assim tão facilmente; e mesmo que o
mundo estivesse a ponto de vir abaixo, isso só ocorreria depois de ruírem
outros. É bem verdade que vivemos numa época trágica. Contudo, muita gente,
confunde o trágico com o desespero. “O trágico”, dizia Lawrence, “deveria ser
uma espécie de grande pontapé dado na infelicidade”.
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