quarta-feira, novembro 13

A EUROPA DA PAZ CORRE PERIGO

Confuso o nosso tempo, não é verdade? Não terão sido sempre confusos todos os tempos. Cada tempo, defina-se como se quiser definir o tempo, tem suas qualidades, o seu lado luminoso e o lado obscuro, a mor das vezes, violento e pejado de mentiras.

À vista desarmada vislumbram-se os perigos da renúncia à solidariedade mesmo quando se proclamam as suas virtudes; à boca pequena se amesquinham adversários e traem ideais, criando o caldo de cultura de onde sempre emergiram as tiranias.

A Europa vê perigar o sonho dos europeístas que a projetaram como espaço comum, de negócios e de paz, de coexistência e diversidades, espaço de confluência de povos, culturas, religiões e línguas. A Europa da paz e da prosperidade, do desenvolvimento cientifico e social pode desmoronar-se não só pela pressão das economias emergentes como, a meu ver, mais pela fraqueza dos seus dirigentes máximos em cumprir com o ideal que juraram defender.

Estão assim abertas as portas aos extremismos legitimados pelo voto democrático, desde logo, da direita, que caso amarre a França a um programa populista, de natureza xenófobo e racista, seja qual for o disfarce, iniciará o principio do fim da época de paz mais longa da história da Europa moderna.

O assunto é sério!   

1 comentário: