quinta-feira, janeiro 9

25 DE ABRIL - TRÊS AMIGOS DE BRANCO - 25 de abril - 40 anos, 6


Uma Fotografia Inédita - João Mário Anjos, Eduardo Ferro Rodrigues e eu próprio

Poema de geometria e de silêncio
Ângulos agudos e lisos
Entre duas linhas vive o branco
Sophia de Mello Breyner Andresen
In Coral - Editorial Caminho


O 25 de Abril foi vivido, e participado, por todos nós por entre “sinais de fumo”. Cada um cumpria a sua missão e esperava que o outro a cumprisse.

A comunicação seria feita a seu tempo. Não havia net nem sequer telemóveis (celulares como dizem os nossos amigos brasileiros). Naquelas horas da manhã do 25 de Abril devem ter sido batidos todos os recordes de telefonemas jamais realizados em Portugal.

Para mim o branco foi a cor desses dias. Angústia, espera, clausura desde a madrugada de 25 de Abril até depois do 1º de Maio. Não vivi o colorido da festa nas ruas nem participei nas manifestações …

Foram muitos os que tiveram que abdicar da festa, pá! Telefonemas, telegramas, umas olhadas ao movimento defronte do quartel, imagens na rtp, a preto e branco, e pouco mais. Mas o coração transbordava de contentamento.

Um dos convivas da fotografia estava comigo no quartel e foi protagonista, mais tarde, de uma das situações mais difíceis do período de brasa da revolução. O do meio adivinhe quem é? A republicar com legendagem!

PUBLICADO EM 24 DE ABRIL DE 2006

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