Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
segunda-feira, setembro 29
UMAS ELEIÇÕES DIFERENTES
Hoje é o dia seguinte ao das eleições primárias do PS. Nada de mais. Como aqui escrevi, apoiei António Costa. Nada de mais. Sou socialista, desde sempre, e militante do PS desde 1986. Desta vez fui votar. A última em que havia votado em eleições internas do PS foi quando Ferro Rodrigues ascendeu a líder do PS. Rememoro, e reparo como o meu voto em eleições internas do PS é raro e tão especial. Nada de mais. Ninguém leva a mal. Fui como sempre, nos últimos anos, votar em família. Anoto que o ambiente na assembleia de voto era próprio de uma multidão apaixonadamente contida. Acontece sentir este sentimento em momentos especiais. Esta eleição interna no PS como escrevi algures, faz algum tempo, tem muito mais significado do que muitos querem fazer crer. É um momento em que o partido cidadão toma o lugar do partido burocrático. Um momento em que se funde a vontade da participação cidadã com a vontade da representação política autêntica. O partido emerge como representação colectiva da vontade comum de uma comunidade que deseja, de forma autêntica, ver-se representada. Alguma coisa, de forma subtil, mudou. O tempo próximo nos dará testemunho dessa mudança.
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