Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
sábado, outubro 25
BRASIL
Amanhã o povo brasileiro vota para eleger presidente. Vejo de longe a disputa eleitoral em tons de uma dureza desconhecida entre nós. O Brasil exerce um fascínio indescritível na maioria dos portugueses. Sem retribuição, salvo honrosas excepções. Costumo dizer por piada aos amigos brasileiros que o Brasil "não existe". Existem diversos Brasis e a sua unidade politica, a nacionalidade brasileira, deve-se ao génio dos portugueses. Bazófia, dirão! Resquícios longínquos do espírito do colonizador. Mas o grande Brasil, em espaço físico, demográfico, riqueza material, diversidade cultural, e tudo o mais, para não referir a língua, ao contrário da herança da colonização espanhola, deve-se aos portugueses e, em particular, à sua diplomacia. Não sei quem vai ganhar as eleições de tão renhidas elas são face à situação sócio-económica e política do Brasil contemporâneo. Seja qual for o vencedor as relações com Portugal, e os portugueses, pouco mudarão. Sempre aplaudi, primeiro as vitórias de Lula (após tantas tentativas frustradas), depois as de Dilma. Não creio na bondade absoluta de qualquer politico seja qual for a sua ideologia. Os políticos medem-se pelas obras que realizam em benefício do desenvolvimento dos seus países e dos respectivos povos. A democracia permite que, em paz, os cidadãos façam a livre escolha do governo. Assim será amanhã nesse país admirável que é, e sempre será, para mim, o Brasil. Que viva a democracia!
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