Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
sábado, outubro 4
O "REGRESSO DA POLITICA"
A politica está de regresso. Não só por efeito da aproximação de eleições legislativas ... e presidenciais. Iniciou-se uma nova fase da evolução da Europa na sua fórmula de União de que existem múltiplos sinais. O BCE toma posições e enceta medidas novas - comprar carteiras de crédito dos bancos? - face a uma situação em que a ameaça de deflação deixou de ser uma percepção de especialistas para se tornar num perigo efectivo de um longo período de estagnação e consequente apagamento da projecção da Europa no mundo. Quando saudei o regresso de Ferro à "grande política" queria com esta metáfora assinalar um sinal do regresso da politica, ou seja, de uma disputa do poder a todos os níveis das instituições do Estado democrático com mais e mais aprofundado debate, melhor informado e realista, em suma, um regresso da vibração à disputa democrática que tem andado ausente em parte incerta. Nada ficará como dantes a partir do inicio do próximo ano no xadrez politico partidário em Portugal. Não só no espaço do que se convenciona chamar de esquerda. Mas também no seu avesso. Vai assistir-se a uma recomposição politico- partidária cuja amplitude é difícil de prever mas que terá efeitos significativos imediatos nas alianças e na composição, e programa, do governo pós eleições legislativas. E logo a seguir, na cronologia do tempo, mas em simultaneidade politica, nas eleições presidenciais. O "regresso da politica" em democracia, é uma coisa boa por combater a apatia, e o desinteresse, de cada vez mais cidadãos na partilha da responsabilidade pela definição do destino da vida de todos e de cada um.
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