Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
quinta-feira, novembro 20
novembro - dia 20
Está a despontar o sabor a inverno, chove em Lisboa, o frio entra pelas dobras do corpo, nada afinal parece ter mudado na caminhada do tempo meteorológico. Nunca me interessou contestar o tempo em qualquer dos seus sentidos. O tempo faz o seu caminho sem contemplações. O futuro é uma construção do homem em debate com o tema da eternidade que, sabiamente, Camus dizia ser uma realidade sem futuro. Ficamos assim emparedados entre os desafios do presente, com seus rigores e alegrias, e os sonhos do futuro afinal uma incógnita sem solução. São difíceis todos os tempos mesmo quando sopram aparências de bonança. Nada de novo. Creio no valor da ideias, dos valores e dos princípios antes, e muito para além, do império do dinheiro. Os vencedores finais das guerras económicas e financeiras, afinal a motivação última de todas as guerras de destruição, com suas vicissitudes particulares, conforme as épocas, os opositores, as armas e os espaços geográficos, são sempre os povos, guiados por lideres que se orientam pelos princípios da liberdade e da fraternidade. Não pensemos contudo que tais lideres dispensam as elites, e suas organizações, que nutram profunda aderência a esses princípios e estejam dispostas a lutar por eles.
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