Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
sábado, dezembro 6
dezembro - dia 6
Passam hoje 15 dias que José Sócrates foi detido no aeroporto de Lisboa de regresso de Paris. Julgo não me enganar no acontecimento, nem na data, e todas as notícias dizem que lhe foi aplicada, como medida de coação, "prisão preventiva", tendo sido conduzido para a prisão de Évora. Não tenho lido nada de notável, certamente por distração, acerca da história dos governos de Portugal, e dos respetivos chefes de governo. Na minha memória, raquítica de história, resta a lembrança de chefes de governo que duraram até à morte física, caso de Salazar /apesar da parte final ter sido uma ficção/, até chefes de governo que duraram poucos dias/fenómeno fértil na 1ª república/ mas frequente na presente/Nobre da Costa e Lurdes Pintassilgo/esta 100 dias/, casos de chefes de governo assassinados/António Granjo/, situações surtidas, gestos e ações desesperadas, decisões difíceis e, porventura pérfidas, como é próprio a mais das vezes da vida política. Mas casos de chefes de governo, ou ex chefes de governo, caídos em desgraça e, pior que presos, obrigados ao exílio na sua própria terra, só me lembro, nos tempos mais próximos, imagine-se, do Marquês de Pombal. Os acontecimentos contemporâneos não permitem o distanciamento necessário para emitir opinião razoável e despida de paixão ou de ódio. O recluso, sem dúvida, sofre e os comuns mortais interrogam-se acerca das razões da justiça. Fico a refletir acerca do curriculum de Sebastião José de Carvalho e Melo, primeiro Conde de Oeiras e Marquês de Pombal (Lisboa, 13 de Maio de 1699 – Pombal, 8 de Maio de 1782).
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