Gerações e gerações de cidadãos do mundo lutaram, sofreram e morreram, pelas causas do direito à dignidade no trabalho. Esta luta não se circunscreveu nunca somente à questão material, em particular, consagrada pelas reivindicações salariais. Foi sempre, desde o início, mais além, centrando-se na reivindicação de direitos (reunião, associação, greve, cogestão…), de reconhecimento do valor do trabalho face ao capital, da consagração da dignidade do trabalho como fator decisivo para o desenvolvimento económico-social e integração social, da assunção do trabalhador como consumidor, com acesso a bens não há muito tempo reservados aos aristocratas e aos ricos, em suma, da afirmação do trabalhador como cidadão de parte inteira. Hoje, embora possa parecer estranho, continuam atuais reivindicações que pensaríamos desatualizadas: não ao trabalho escravo, não ao trabalho infantil, não à discriminação de género, pelo direito ao descanso (férias) e por um salário digno.
Viva o 1º de maio!
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