Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
domingo, maio 24
LEITURAS
A leitura da imprensa, em qualquer dos formatos disponíveis, é um atividade temerária. A liberdade dos jornalistas, de cujo exercício depende a imprensa livre, parece ter-se tornado um luxo raro. É preciso percorrer uma imensidade de manchetes, para prescutar no seu alinhamento - modelo "voz do dono" - notícia, reportagem, ou opinião, que não tresande a intriga, sangue ou dinheiro.
Mas pior, muito pior, uma espécie de fábrica da cuscuvilhice, subprodutos das notícias online, são as mensagens vertidas nas caixas de comentários. Basta cair lá uma vez por curiosidade, ou por acaso, eis uma amostra do caldo de que se fazem as ditaduras. Um albergue onde se acoitam, sob anonimato, o grau zero da inteligência e o elogio da intolerância.
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