terça-feira, novembro 27

Ly, o selo e a liberdade

A Ly, de cuja escrita tanto gosto, lá no Divino Senão Fosse Humano, colou-me um selo (sê-lo) que não adere ao corpo da minha escrita mas que remeto para o corpo da escrita de um consagrado que podemos, muito justamente, intitular de escritor: Albert Camus. E nem sequer o Nobel que lhe foi atribuído em 1957 precisaria ser para aqui chamado.

Mas nas vésperas do 50º aniversário da atribuição desse Nobel aproveito a oportunidade para retomar duas citações acerca do tema da liberdade – que são universais mas devem ser lidas no contexto da época – e dar conta do programa de uma celebração, que vai decorrer em Paris, a 7 de Dezembro próximo, a que se seguem as famigeradas chamadas à corrente.

AS CITAÇÕES

"Gosto imenso da liberdade. E para todo o intelectual, a liberdade acaba por confundir-se com a liberdade de expressão. Mas compreendo perfeitamente que esta preocupação não está em primeiro lugar para uma grande quantidade de Europeus, porque só a justiça lhes pode dar o mínimo material de que precisamos, e que, com ou sem razão, sacrificariam de bom grado a liberdade a essa justiça elementar.

Sei estas coisas há muito tempo. Se me parecia necessário defender a conciliação entre a justiça e a liberdade, era porque aí residia em meu entender a última esperança do Ocidente. Mas essa conciliação apenas pode efectivar-se num certo clima que hoje é praticamente utópico. Será preciso sacrificar um ou outro destes valores? Que devemos pensar, neste caso?"

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"Finalmente, escolho a liberdade. Pois que, mesmo se a justiça não for realizada, a liberdade preserva o poder de protesto contra a injustiça e salva a comunidade. A justiça num mundo silencioso, a justiça dos mundos destrói a cumplicidade, nega a revolta e devolve o consentimento, mas desta vez sob a mais baixa das formas. É aqui que se vê o primado que o valor da liberdade pouco a pouco recebe. Mas o difícil é nunca perder de vista que ele deve exigir ao mesmo tempo a justiça, como foi dito. (...)

A liberdade é poder defender o que não penso, mesmo num regime ou num mundo que aprovo. É poder dar razão ao adversário."

Albert Camus, in Cadernos – [Fragmentos de finais de 1945].


A CELEBRAÇÃO

Commémoration du cinquantenaire du prix Nobel attribué à Albert Camus - Manifestation organisée par la Société des Etudes Camusiennes
Auditorium de la Mairie de Paris, Paris, France
7 Décembre 2007


A CORRENTE (com as minhas desculpas pelo eventual incómodo)

A Terceira Noite, Aguarelas de Turner, Catatau, Assimétrico, Linha de Cabotagem
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IGREJA CATÓLICA VERSUS CHAVEZ


A igreja católica da Venezuela, tem a razão quer no protesto contra os insultos de Chavez, quer na questão de fundo, presente no referendo, quando afirma:

E tem ainda razão em tudo o mais que afirma nos seus documentos a propósito da iniciativa referendária de Chavez. Sem esquecer que a Igreja Venezuelana, apesar dos inacreditáveis insultos de Chavez, expressa as suas opiniões, o que demonstra que tem liberdade para as expressar, revelando uma invulgar coragem política e cívica ao tomar posição, clara e inequivoca, acerca de uma questão crucial para o futuro da Venezuela e dos venezuelanos.
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segunda-feira, novembro 26

O GRAU ZERO DA DIPLOMACIA


O senhor embaixador dos USA em Portugal tem proferido várias declarações “pouco diplomáticas” nos limites da interferência nos assuntos internos que ao governo de Portugal dizem respeito. Esta é só mais uma dessas declarações. Portugal é uma aliado estratégico dos USA mas escusava o senhor embaixador de saltar fora da diplomacia a cujas regras está obrigado no âmbito da sua missão em Portugal. Vai embora sábado! Faça boa viagem!
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BENELUX

Ilustração daqui

Líderes do Benelux viajam juntos para Lisboa – Os primeiros-ministros da Holanda, Bélgica e Luxemburgo querem dar um bom exemplo de consciência ecológica.

O que os ilustres primeiros-ministros dos países do Benelux querem é dar uma bofetada de luva branca na presidência portuguesa que impôs – e muito bem – que o chamado Tratado Reformador fosse assinado em Lisboa e, por consequência, passe a ser designado por Tratado de Lisboa. Estes três países têm, por razões circunstanciais, ou históricas, boas razões para se recolherem em cuidada reflexão: a Holanda trata os portugueses emigrantes com uma indignidade de bradar aos céus como tem sido amplamente noticiado; a Bélgica tem mais com que se preocupar pois já ninguém sabe ao certo se será possível resolver a crise de identidade nacional em que vive vai para meio ano; o Luxemburgo é um país respeitável – para mim o mais respeitável de todos – mas no qual os portugueses constituem uma fatia muito relevante quer na população total (16%), quer na população estrangeira (50%). Os inefáveis dirigentes do Benelux que se organizem que nós ajudamos!
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domingo, novembro 25

AQUECIMENTO

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GUILHERME COSTA NA RTP

Guilherme Costa quer inovar na RTP - A escolha do novo presidente da RTP é simpática. O estranho é que toda a gente se desdobre em afirmações afastando o mais possível Guilherme Costa do PS. Fenómeno estranho este de um governo de maioria socialista afastar a ideia de que nomeia socialistas ou aparentados! Ainda mais estranho é o elogio de Pinto Balsemão, que não é socialista(!) mas é o patrão da SIC, concorrente da RTP e, ao que dizem as notícas, ex-patrão de Guilherme Costa. A escolha do novo presidente da RTP é simpática. Posso atestar por conhecimento pessoal. Desejo-lhe boa sorte! Acho que vai ser obrigado à continuidade, mas quanto a inovação, não creio que vá longe! São boas intenções. A ver vamos!
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quinta-feira, novembro 22

DE REGRESSO À DGI


Começam a levantar-se vozes contra a gestão da DGI, pouco a pouco, de forma organizada e insidiosa, oriunda de vários quadrantes, muitas vezes com razão. Mas o curioso é que nunca é evocado o nome de Paulo Macedo, o laureado ex- Director Geral, que afinal parece não ter deixado uma herança tão promissora como os seus evocados méritos anunciavam.
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Os meus receios confirmam-se como se pode ver, hoje, no editorial do "Público", sob o título genérico "A extorsão fiscal": "A administração fiscal converteu-se numa organização cujo principal objectivo é gerir com eficácia um aparato burocrático e legislativo dedicado a extorquir dinheiro aos cidadãos". Manuel Carvalho
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Estive a ler, com mais detença, o editorial de Manuel Carvalho, hoje dado à estampa no Público, e ainda fiquei mais preocupado. Não com a denúncia dos excessos, erros e derivas do fisco mas com o facto do editorialista desferir um ataque ao governo referindo, por exemplo, que “A propalada “eficiência fiscal” que o governo gosta de alardear não passa de meia verdade …” ou que “Chegou, no entanto, o momento em que este ambiente que nos transforma a todos em potenciais criminosos ou em presumíveis autores de fraudes tem que ser questionado”, culminando com a habitual referência aos “sinais de autoritarismo e de intolerância …” do governo!

O editorialista não se refere uma única vez, ao longo da sua diatribe contra a política fiscal do governo, aos momentos gloriosos, tantas vezes invocados, desde 2003 até Agosto passado, da gestão do Dr. Paulo Macedo, que mais parece ter ascendido ao céu do que recolhido à casa mãe, ou seja, ao BCP.

Não duvido das boas razões da crítica à administração fiscal, o que me espanta é que, de um mês para o outro, a gestão do fisco se tenha transformado num inferno quando antes era apresentada como o paraíso na terra. E no meio deste turbilhão de indignações de última hora é como se o Dr. Paulo Macedo nunca tivesse existido. Alguém que me explique o mistério!
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Nicolau Santos, no Expresso, confirma a minha percepção acerca da campanha de descredibilização do combate à fraude e evasão fiscal, ou seja, aos limites que se pretende impôr a esse combate. Pois, a propósito das afirmações do Sec. de Estado Amaral Tomaz acerca da fuga ao fisco das grandes empresas, lá vem a referência “ à forma arrogante e autoritária com que a administração fiscal está a tratar os contribuintes (ver os artigos de Manuela Ferreira Leite e de Miguel Gouveia no Expresso da semana passada, as declarações dos fiscalistas Fernandes Ferreira e Ortigão Ramos, bem como o relatório arrasador da Provedoria da Justiça sobre as práticas da actuação da Direcção Geral de Impostos).”

Mais uma vez nem uma referência ao Dr. Paulo Macedo! Mas, pergunto eu, quantos anos esteve à frente da DGI o Dr. Paulo Macedo? Quem o nomeou em primeira mão? Quem elogiou a sua acção de gestão até à exaustão? Quem lhe atribuiu o Prémio Gente? Afinal quem é o responsável pelas práticas que agora são arrasadas pelo relatório da Provedoria? Como é possível rasurar o nome do Dr. Paulo Macedo da campanha em curso? Quais as verdadeiras motivações desta campanha?
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Scarlett Johansson

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MORREU MAURICE BÉJART

Béjart por Philippe Pache

Morreu Maurice Béjart. Soube por aqui e também não esqueço este acontecimento, curiosamente, ou talvez não, coincidente com tantos outros que anunciavam o fim da ditadura em Portugal.

Um criador de excepção e a beleza não tem explicação.
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A VERDADE DA MENTIRA

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PEDRO ROLO DUARTE

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terça-feira, novembro 20

SOLENIDADE

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AS INUNDAÇÕES DE NOVEMBRO DE 1967


No contexto da descrição sucinta dos últimos dois anos de Salazar à frente do governo de Portugal, no livro “ a história da PIDE”, Irene Flunser Pimentel – Circulo de Leitores/Temas e Debates, descreve-se um acontecimento marcante sobre o qual passam, nos próximos dias, 40 anos:

“O dia 25 de Novembro de 1967 foi marcado por chuvas diluvianas, em Lisboa e arredores, que causaram centenas de mortos, não sendo divulgada na imprensa a magnitude do desastre nem o número de vítimas. Muitos estudantes de Lisboa mobilizaram-se para ajudar as populações, apercebendo-se, nesse contacto, das terríveis condições em que viviam muitos portugueses. Entretanto, tinha havido no seio do regime o caso dos ballets roses, conforme noticiou, em Dezembro, o jornal inglês Sunday Telegraph.”

Participei numa das brigadas de estudantes que acorreu em apoio às populações dos arredores de Lisboa. Coube-me, com partida do Instituto Superior Técnico, desembarcar, se não erro, em Alhandra no meio de um ambiente desolador de destruição e morte. Lembro a complexa operação logística e as pás a remover a lama que engolira ruas e casas. O regime surpreendido pelas dimensões do desastre e pela prontidão da acção politico/solidária dos estudantes não foi capaz de suster o movimento.

Foi, certamente, este um dos mais significativos actos simbólicos que assinalou o início do fim da ditadura. Pouco tempo depois, em Fevereiro de 1968, Mário Soares foi preso, deportado e sujeito a residência fixa em São Tomé e Principe. Em 7 de Setembro de 1968 Salazar foi operado a um hematoma, após a queda da cadeira e, “no dia 17, após convocar uma reunião do Conselho de Estado, o Presidente ra República anunciou que iria nomear novo presidente do Conselho de Ministros. Dez dias depois, informou que, “atormentado entre os seus sentimentos afectivos de gratidão”, decidira exonerar Salazar e nomear Marcelo Caetano” [pag. 184]

Confesso que tinha perdido a noção exacta da cronologia destes acontecimentos e fiquei surpreendido com a proximidade entre as grandes inundações de 25/26 de Novembro de 1967 e o mês de Setembro de 1968 que marca o fim político do ditador.
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domingo, novembro 18

BÉLGICA/KOSOVO

Interessante a necessidade do povo sair à rua pela causa da unidade nacional. Estamos a falar da Bélgica, sem governo vai para quase meio ano. Ou melhor com um governo de gestão. O Kosovo foi às urnas, vai formar governo e declarar-se independente. A Bélgica, sede política e administrativa da União Europeia, foi às urnas e não consegue formar governo. A Europa move-se, redopia e confronta-se com a sua diversidade. Se a democracia não sucumbir é um sinal de vitalidade. Mas há nuvens escuras no horizonte. Fotografia: Le Soir
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Hillary Clinton

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ALERTA AMBIENTAL

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quinta-feira, novembro 15

CALENDÁRIOS ERÓTICO SOLIDÁRIOS

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VERDADES

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TERREIRO DO PAÇO


Este é um tema recorrente da gestão da cidade de Lisboa. Parece mentira mas é verdade: o Terreiro do Paço é um es-paço demasiado grande. O Marquêz de Pombal mandou reconstruir Lisboa, após o terramoto de 1755, com visão de futuro. Mas o futuro não se deu bem com a visão do Marquêz.

Ali está aquela Praça, fronteira ao majestoso Tejo, delimitada por edifícios de porte bastante apreciável, como tantas outras Praças nobres nos centros históricos das cidades, por esse mundo fora, vazia ou falsamente preenchida de animação.

Para o Terreiro do Paço ninguém é capaz de forjar um conceito arrojado que lhe dê vida, tornando-o visitável, transformando-o num centro de atracção cosmopolita. Não vou cometer o suicídio de avançar com ideias à toa. Mas basta que os especialistas sejam chamados a apresentar propostas e haja dinheiro para as concretizar. Aos curiosos que tenham viajada um pouco pelo mundo basta puxarem pela memória.

Quantas praças fascinantes, plenas de actividade económica, com acessibilidades, lugares e eventos interessantes para visitar, gente enchendo as esplanadas e animação cultural, são a imagem de marca de tantas cidades. O Terrreiro do Paço, com o Tejo ali tão perto, vai continuar agonizante?
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quarta-feira, novembro 14

DEPOIS DA PIDE VEM A BONANÇA

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PIDE - "A INFORMAÇÃO E OS INFORMADORES"

Ainda a propósito da PIDE e do livro “a história da PIDE”, de Irene Flunser Pimentel, interessou-me, particularmente, o Capítulo XI: “A Informação e os Informadores”. Trata a autora, neste capítulo, da “realidade desse mundo de denúncias que manchou o século XX e faz hoje parte da história portuguesa.”

O número de informadores não é apresentado pois “a DGS destruiu um ficheiro onde era feita a correspondência entre os pseudónimos usados pelos informadores e a sua identificação real”. No entanto tudo parece apontar, segundo diversas fontes, para um número nunca inferior a 20 000. Não vou entrar na pungente similitude entre muitos dos comportamentos do sub mundo da denúncia anónima durante a ditadura e em plena democracia.

Quero simplesmente referir o facto de ter encontrado, neste capítulo, duas situações curiosas às quais me encontro, indirectamente, associado . A primeira vem ao caso a propósito da infiltração, nos anos 70, de um tal Viseu em organizações da extrema esquerda, entre elas a União Revolucionária Marxista Leninista (URML), tendo aquele Viseu prestado informações “acerca do militante Joaquim Luciano, também denunciado por Francisco Cabedal (…)” [pag. 331]. Ora eu próprio acompanhei muito de perto, num determinado período, o referido Luciano em inúmeras e continuadas “actividades subversivas”, em particular, na área cultural. Deveria ser o resultado de uma espécie de aliança entre o embrionário MES e a URML . Mas nunca supus que o Luciano tivesse tanta importância para que a PIDE exercesse sobre ele tão apertada vigilância.

A outra referência, a pag. 336, surge nos parágrafos que a autora dedica aos informadores do meio estudantil. Não me espanta que se refira nestes termos à sua actividade na faculdade que, por acaso, eu próprio frequentava: “Mas os informadores mais prolixos no meio estudantil foram os do ISCEF, que assinavam por “Glória e Vera Cruz”, eram dois irmãos de Aveiro , estudantes finalistas em 1973, que recebiam, cada um , 1 000$00 pelos serviços prestados. Em 12 de Janeiro de 1968, enviaram à PIDE um relatório acerca de uma reunião de alunos no decorrer da qual um deles apanhara “discretamente” um papel que tinha sido trocado entre os estudantes Serras Gago, Alberto Costa [o actual Ministro da Justiça] e Júlio Dias. Em Abril de 1969, “Glória e Vera Cruz” informaram que os representantes da Academia de Lisboa na Comissão Nacional dos Estudantes Portugueses eram Alberto Costa, Arnaldo de Matos e Carlos Pimenta ”. [Digo eu: uma verdadeira aliança PCP/MRPP].

Neste passo, numa nota de rodapé, são referidos outros nomes referenciados na pasta 212, ISCEF 1968/69: “Horácio Faustino, Cordovil [qual deles, Xico ou João?], João Isidro, Horácio, António Manso, Jofre Justino, Quim Zé, Gavião, Emanuel [o actual Secretário de Estado Orçamento?], Coelho e Pratas.” Parece que estou a vê-los!

In “ a história da PIDE”, Irene Flunser Pimentel – Circulo de Leitores/Temas e Debates
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terça-feira, novembro 13

PIDE - ABORDAGENS


O passado em discurso directo acerca d´A História da PIDE, de Irene Flunser Pimentel – aprofundando a matéria.
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PIDE - TRÊS MILHÕES DE FICHAS INDIVIDUAIS

A leitura de “a história da PIDE”, mesmo para quem já conheça alguns aspectos centrais da sua realidade, não deixa de ser impressionante. Publicarei alguns sublinhados de leitura. O primeiro mostra como a polícia política da ditadura perseguia uma parte muito significativa da população portuguesa.

“Os arquivos foram uma peça fundamental da estrutura informativa da polícia política, embora em 1961 a PIDE apenas tivessa um arquivo geral, denominado Serviço Reservado (SR). Depois, Álvaro Pereira de Carvalho reorganizou o Arquivo Geral (AG), que, em 1974, tinha cerca de três milhões de fichas individuais, correspondentes a um milhão e duzentas mil pessoas, cada uma com três secções, que remetiam para o processo-crime, para os boletins de informação e para os processos directamente políticos.”

In “ a história da PIDE”, Irene Flunser Pimentel – Circulo de Leitores/Temas e Debates
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