Uma entrevista saborosa com SILVIA CHUEIRE no SUBROSA
[Série: sem fotografia e sem título –2]
Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
sexta-feira, julho 14
O meu tio Ventura faz hoje 93 anos. Ele não problemas com a idade, a idade é que tem problemas com ele.
O seu aniversário que poderia ser uma efeméride saudosista é, no caso do meu tio Ventura, um acontecimento do futuro.
O meu tio Ventura vive a vida em plenitude, seja qual for a idade, como se o tempo fosse um bálsamo e não uma contrariedade.
Um dia, num artigo, intitulado “ O meu tio Ventura”, fiz uma menção à sua personalidade que, desde a minha meninice, sempre me impressionou.
Aqui lhe deixo os meus parabéns e que conte muitos.
[Série: sem fotografia e sem título – 1]
O seu aniversário que poderia ser uma efeméride saudosista é, no caso do meu tio Ventura, um acontecimento do futuro.
O meu tio Ventura vive a vida em plenitude, seja qual for a idade, como se o tempo fosse um bálsamo e não uma contrariedade.
Um dia, num artigo, intitulado “ O meu tio Ventura”, fiz uma menção à sua personalidade que, desde a minha meninice, sempre me impressionou.
Aqui lhe deixo os meus parabéns e que conte muitos.
[Série: sem fotografia e sem título – 1]
quinta-feira, julho 13
BREVE ENCONTRO
Este é o amor das palavras demoradas
moradas habitadas
nelas mora
em memória e demora
o nosso breve encontro com a vida
O Nome das Coisas, 1977
[Poema que foi deixado na caixa de comentários pela Carmito a propósito do post que lhe dediquei da série dedicada ao jantar de extinção do MES]
[Poema que foi deixado na caixa de comentários pela Carmito a propósito do post que lhe dediquei da série dedicada ao jantar de extinção do MES]
UMA TRADIÇÃO QUE VEM DE LONGE
Fotografia de Família – clique para ampliar
Hoje é o dia de aniversário do meu irmão Dimas. Para ele, lá onde se encontre, a renovação da minha fraterna saudação. Esta fotografia, dos anos 40, sempre iluminou a tradição aventureira de um passado familiar que, como filho tardio, não vivi.
Neste grupo de motards podem ver-se meu pai Dimas e meu irmão, ao centro, ambos de boné, meu irmão sentado na moto, e à sua direita o meu primo Luciano, ilustrando uma tradição que, afinal, vem de longe.
Este grupo de motards dos anos 40 é um daqueles que foi, de facto, percursor, de uma festividade que, quer queiram ou não, quer gostem ou não, “coloca Faro no mapa” durante alguns dias.
O Moto Club de Faro prepara-se para fazer a festa nos 25 anos da Concentração Internacional de Motos de Faro. Em ano de ‘bodas de prata’, a organização espera a afluência de 30 mil amantes das duas rodas, entre 20 e 23 de Julho, àquele que é considerado o evento motard mais importante do Sul da Península Ibérica, organizado pelo Moto Clube de Faro (MCF).
Hoje é o dia de aniversário do meu irmão Dimas. Para ele, lá onde se encontre, a renovação da minha fraterna saudação. Esta fotografia, dos anos 40, sempre iluminou a tradição aventureira de um passado familiar que, como filho tardio, não vivi.
Neste grupo de motards podem ver-se meu pai Dimas e meu irmão, ao centro, ambos de boné, meu irmão sentado na moto, e à sua direita o meu primo Luciano, ilustrando uma tradição que, afinal, vem de longe.
Este grupo de motards dos anos 40 é um daqueles que foi, de facto, percursor, de uma festividade que, quer queiram ou não, quer gostem ou não, “coloca Faro no mapa” durante alguns dias.
O Moto Club de Faro prepara-se para fazer a festa nos 25 anos da Concentração Internacional de Motos de Faro. Em ano de ‘bodas de prata’, a organização espera a afluência de 30 mil amantes das duas rodas, entre 20 e 23 de Julho, àquele que é considerado o evento motard mais importante do Sul da Península Ibérica, organizado pelo Moto Clube de Faro (MCF).
A edição deste ano terá ‘acoplada’ uma campanha especial de segurança e prevenção rodoviária, denominada zerOKilled, um termo recuperado da guerra da Coreia e utilizado quando não existiam ‘baixas’ em combate.
Recentemente reparei que, curiosamente, a Norton de meu pai é igualzinha aquela em que Che Guevara, pela mesma época, fez uma célebre e longa viagem atravessando, com um amigo, toda a América latina e que foi brilhantemente retratada no filme “Diários de Motocicleta”.
quarta-feira, julho 12
MUSEU DE ARTE MODERNA - SINTRA
Andy Warhol
Nas deambulações próprias de um período de férias – que tornará menos intensa a “alimentação” deste blogue – vi, no Museu de Arte Moderna de Sintra, a Exposição “Sedução Cinema & Pintura" – Colecção Berardo. Recomenda-se.
Nas deambulações próprias de um período de férias – que tornará menos intensa a “alimentação” deste blogue – vi, no Museu de Arte Moderna de Sintra, a Exposição “Sedução Cinema & Pintura" – Colecção Berardo. Recomenda-se.
MANUEL PIRES
Fotografia de António Pais
(Clique na fotografia para ampliar)
Ao centro: Manuel Pires
Uma das poucas fotografias desta colecção retractando, na prática, um personagem singular. Agradeço ajuda para a identificação dos acompanhantes.
(Clique na fotografia para ampliar)
Ao centro: Manuel Pires
Uma das poucas fotografias desta colecção retractando, na prática, um personagem singular. Agradeço ajuda para a identificação dos acompanhantes.
segunda-feira, julho 10
ÚLCERA CRÍTICA (auto - e hetero-crítica)
Fotografia de José Marafona
Todos querem ser o que não são
E eu à regra não faço excepção
Se acontece que eu mil vezes mudo
É só por querer depressa ser tudo
Tudo, entendamos exclui meio milheiro …
Em especial: académico e banqueiro.
Um porque sabe a mais o que é de menos
O outro sofre muito se os lucros são pequenos!
Ambos, porque sim e porque não
Esses querem bem ser o que são …
Admiro até, porém, as linhas rectas
Mas geometria é realmente coisa de poetas
Que eu entorto em letras p´ra fazer um dístico
Capaz de fazer passar até por aforístico
Mas sem sorte alguma.
Puras agulhas de pinheiro, simples caruma
Secas como as rectas da geometria
- A grande irmã secreta da poesia -
Que faz as úlceras dos críticos
Em seus comentários analíticos …
22.2.67
José Blanc de Portugal
Todos querem ser o que não são
E eu à regra não faço excepção
Se acontece que eu mil vezes mudo
É só por querer depressa ser tudo
Tudo, entendamos exclui meio milheiro …
Em especial: académico e banqueiro.
Um porque sabe a mais o que é de menos
O outro sofre muito se os lucros são pequenos!
Ambos, porque sim e porque não
Esses querem bem ser o que são …
Admiro até, porém, as linhas rectas
Mas geometria é realmente coisa de poetas
Que eu entorto em letras p´ra fazer um dístico
Capaz de fazer passar até por aforístico
Mas sem sorte alguma.
Puras agulhas de pinheiro, simples caruma
Secas como as rectas da geometria
- A grande irmã secreta da poesia -
Que faz as úlceras dos críticos
Em seus comentários analíticos …
22.2.67
José Blanc de Portugal
In “ENÉADAS – 9 Novenas”
Imprensa Nacional – Casa da Moeda
ITÁLIA CAMPEÃ
Fiquei contente. Os franceses “morreram” provando o seu próprio veneno.
Ainda uma frase italiana, mais que jocosa, para encerrar esta triste saga da participação francesa no mundial, em particular, pelo seu exacerbado nacionalismo chauvinista … é isso mesmo!
Francesismi raffinati ed esultanti!!!!
Francesismi raffinati ed esultanti!!!!
domingo, julho 9
ALBERT CAMUS - CADERNOS
Albert Camus
Aqui fica um post que escrevi, em Janeiro de 2004, para o blogue Cadernos de Camus. (Este é o segundo. Aquele que, recentemente, aqui postei é na verdade o terceiro.)
Aliás sou eu próprio que o afirmo na introdução a esse contributo:
“O meu segundo contributo, na fase experimental do blog, é a transcrição do conjunto das frases sublinhadas, no próprio livro, aquando da minha primeira leitura. As restantes foram transcritas na anterior participação. Desta forma “invento” um critério para esta série de excertos do 1º caderno (Maio de 1935 a 15 de Setembro de 1937).”
Aqui fica um post que escrevi, em Janeiro de 2004, para o blogue Cadernos de Camus. (Este é o segundo. Aquele que, recentemente, aqui postei é na verdade o terceiro.)
Aliás sou eu próprio que o afirmo na introdução a esse contributo:
“O meu segundo contributo, na fase experimental do blog, é a transcrição do conjunto das frases sublinhadas, no próprio livro, aquando da minha primeira leitura. As restantes foram transcritas na anterior participação. Desta forma “invento” um critério para esta série de excertos do 1º caderno (Maio de 1935 a 15 de Setembro de 1937).”
CARMITO
Fotografia de António Pais
(Clique na fotografia para ampliar)
Da esquerda para a direita: Rosário Ávila de Melo, Carmito, Teresa Pato, Nuno Ribeiro da Silva e Zé Serrano.
Continuo a saga fotográfica do jantar de extinção do MES. Ainda faltam algumas – poucas – publicáveis. Outras, infelizmente, não aguentaram a usura do tempo. Mesmo assim vou ousar publicar, espaçadamente, algumas das que suprem pela surpresa do testemunho, a degradação da qualidade técnica. O autor deu-me carta branca para optar.
Esta fotografia é uma das que está no limite mas – devo confessar – que a publico pela Carmito. Não por ser a mulher do António – autor da reportagem – mas por ter sido, desde sempre, uma das mulheres mais encantadoras do MES. Saravah!
O M. Lévy manifesta surpresa, num comentário, por não surgir entre os fotografados. Ele surge, de facto, numa daquelas que não vou publicar. Mas sempre a poderá receber se enviar o seu endereço electrónico ao António Pais ou a mim próprio.
A Maria chegou até aqui pela Rita [Ferro Rodrigues] que inaugurou, faz uma semana, uma coluna na ÚNICA – Revista do Expresso – dedicada aos blogues – com uma referência ao Absorto. Esperava uma oportunidade discreta para agradecer a sua preferência. A distinção que me conferiu é o resultado de uma amizade recíproca e do seu gosto por algumas das minhas escritas (ela que escreve tão bem!) e um dia destes vou retribuir-lhe – aqui – partilhando com todos uma prenda surpreendente.
(Clique na fotografia para ampliar)
Da esquerda para a direita: Rosário Ávila de Melo, Carmito, Teresa Pato, Nuno Ribeiro da Silva e Zé Serrano.
Continuo a saga fotográfica do jantar de extinção do MES. Ainda faltam algumas – poucas – publicáveis. Outras, infelizmente, não aguentaram a usura do tempo. Mesmo assim vou ousar publicar, espaçadamente, algumas das que suprem pela surpresa do testemunho, a degradação da qualidade técnica. O autor deu-me carta branca para optar.
Esta fotografia é uma das que está no limite mas – devo confessar – que a publico pela Carmito. Não por ser a mulher do António – autor da reportagem – mas por ter sido, desde sempre, uma das mulheres mais encantadoras do MES. Saravah!
O M. Lévy manifesta surpresa, num comentário, por não surgir entre os fotografados. Ele surge, de facto, numa daquelas que não vou publicar. Mas sempre a poderá receber se enviar o seu endereço electrónico ao António Pais ou a mim próprio.
A Maria chegou até aqui pela Rita [Ferro Rodrigues] que inaugurou, faz uma semana, uma coluna na ÚNICA – Revista do Expresso – dedicada aos blogues – com uma referência ao Absorto. Esperava uma oportunidade discreta para agradecer a sua preferência. A distinção que me conferiu é o resultado de uma amizade recíproca e do seu gosto por algumas das minhas escritas (ela que escreve tão bem!) e um dia destes vou retribuir-lhe – aqui – partilhando com todos uma prenda surpreendente.
Muitos dos participantes do “jantar/festa” não surgem nesta colecção de fotografias mas – quem sabe – se não existirão outras reportagens, ainda não reveladas, que possamos ajudar a divulgar. Pela parte que me toca fico atento a qualquer testemunho que possa ser divulgado neste extraordinário espaço de comunicação que é a blogosfera.
sábado, julho 8
NAÇÕES E EXPRESSÕES
Sem Título
[Desenho de autoria do meu filho Manuel – Fevereiro de 2001 – pelos seus dez anos.]
Parte séria - já publiquei antes, na série de citações dos “Cadernos”, esta frase de Albert Camus : “Char propose comme devise: Liberté, Inégalité, Fraternité.”
Parte jocosa - a frase que circulou no Brasil, após a derrota com os franceses: "LIBERTÉ, EGALITÉ E VANCIFUDÉ!"
[Desenho de autoria do meu filho Manuel – Fevereiro de 2001 – pelos seus dez anos.]
Parte séria - já publiquei antes, na série de citações dos “Cadernos”, esta frase de Albert Camus : “Char propose comme devise: Liberté, Inégalité, Fraternité.”
Parte jocosa - a frase que circulou no Brasil, após a derrota com os franceses: "LIBERTÉ, EGALITÉ E VANCIFUDÉ!"
sexta-feira, julho 7
A MARGEM DA ALEGRIA - 10
Fotografia de Philippe Pache
e não havia tantas tão miúdas minudências rodeando os corpos
Quando as raparigas punham todo o peso da sua esmagadora juventude
no pé e o pé no pó das antigas estradas a caminho das fontes
onde a água corria pelos vagarosos dias desse tempo
quando os cortesãos nos refeitórios de alto pé-direito e telha vã
renovavam as rosas do colar murchas com o calor
antes de cavalgarem toda a noite pelos campos até de madrugada
quando não só as salas mas as vidas não ficavam
de repente vazias de convivas
e não havia tantas tão miúdas minudências rodeando os corpos
Quando as raparigas punham todo o peso da sua esmagadora juventude
no pé e o pé no pó das antigas estradas a caminho das fontes
onde a água corria pelos vagarosos dias desse tempo
quando os cortesãos nos refeitórios de alto pé-direito e telha vã
renovavam as rosas do colar murchas com o calor
antes de cavalgarem toda a noite pelos campos até de madrugada
quando não só as salas mas as vidas não ficavam
de repente vazias de convivas
(…)
Ruy Belo
A Margem da Alegria [10]
VÍTOR WENGOROVIUS, OUTRA VEZ
VÍTOR WENGOROVIUS NO JANTAR DE EXTINÇÃO DO MES
Só agora vi o comentário que a Rita e a Marta Wengorovius, filhas do Vítor, deixaram na caixa de comentários a respeito deste post, encimado pela Fotografia de António Pais , da série respeitante ao jantar de extinção do MES.
Aqui fica o comentário/apelo, com retoques de detalhe:
“Agradecemos comovidas pelas tuas palavras, conseguimos rever o nosso pai por um bocadinho, ajudas-te a revê-lo, andamos a juntar histórias e depoimentos para um livro. Passa a mensagem para que quem o conheceu nos envie material.
Obrigada
Rita e Marta Wengorovius
rita_wengorovius@hotmail.com; wengoroviusmarta@clix.pt; teatroumano@hotmail.com”
Só agora vi o comentário que a Rita e a Marta Wengorovius, filhas do Vítor, deixaram na caixa de comentários a respeito deste post, encimado pela Fotografia de António Pais , da série respeitante ao jantar de extinção do MES.
Aqui fica o comentário/apelo, com retoques de detalhe:
“Agradecemos comovidas pelas tuas palavras, conseguimos rever o nosso pai por um bocadinho, ajudas-te a revê-lo, andamos a juntar histórias e depoimentos para um livro. Passa a mensagem para que quem o conheceu nos envie material.
Obrigada
Rita e Marta Wengorovius
rita_wengorovius@hotmail.com; wengoroviusmarta@clix.pt; teatroumano@hotmail.com”
Sophia Loren no "Pirelli" 2007
Sophia Loren
L'actrice italienne, 71 ans, a accepté de prendre la pose dans le calendrier Pirelli 2007, qui immortalise chaque année les plus belles femmes du monde.
Uma actriz com uma extraordinária biografia que ainda é capaz de surpreender.
L'actrice italienne, 71 ans, a accepté de prendre la pose dans le calendrier Pirelli 2007, qui immortalise chaque année les plus belles femmes du monde.
Uma actriz com uma extraordinária biografia que ainda é capaz de surpreender.
quinta-feira, julho 6
A REFORMA DAS REFORMAS
Fotografia daqui
Já está disponível no site do “Semanário Económico” o artigo de opinião, com o título em epígrafe, assim como no IR AO FUNDO E VOLTAR.
"A reforma das reformas é a do estado. Reduzir, redimensionar, repensar e qualificar o estado é uma tarefa gigantesca e repleta de escolhos. A resistência às mudanças exige a tomada de medidas enérgicas e uma enorme capacidade de persuasão. É o que está à vista de todos na iminência da concretização do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE)."
Já está disponível no site do “Semanário Económico” o artigo de opinião, com o título em epígrafe, assim como no IR AO FUNDO E VOLTAR.
"A reforma das reformas é a do estado. Reduzir, redimensionar, repensar e qualificar o estado é uma tarefa gigantesca e repleta de escolhos. A resistência às mudanças exige a tomada de medidas enérgicas e uma enorme capacidade de persuasão. É o que está à vista de todos na iminência da concretização do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE)."
TUDO VALE A PENA SE A ALMA NÃO É PEQUENA
Figo e Zidane
Vencidos e vencedores. Profissionais e desportistas. Rivais e amigos. Um gesto simbólico que honra os vencidos e enobrece os vencedores. Uma imagem que percorre o mundo, de lés a lés, ajudando à luta pela paz e a concórdia entre os povos e os homens de boa vontade. “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.
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Mar Português
Vencidos e vencedores. Profissionais e desportistas. Rivais e amigos. Um gesto simbólico que honra os vencidos e enobrece os vencedores. Uma imagem que percorre o mundo, de lés a lés, ajudando à luta pela paz e a concórdia entre os povos e os homens de boa vontade. “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.
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Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
APÓS A DERROTA
SONJA KINSKI
Esta imagem foi descoberta aqui e não é um separador. As minhas imagens, ultimamente, tresandam a homem talvez por influência do futebol. Depois explico, num post à parte, como o futebol não é, para mim, uma moda mas uma componente estruturante na minha formação cultural. Eu sei que também há o futebol feminino e, no masculino, cada vez mais surgem imagens femininas. O futebol está a perder o sexo!
Os negócios da imagem (e outros) dominam o fenómeno do futebol contemporâneo, eu sei, mas a imagem dos meus heróis de juventude, que quase pagavam para jogar, colou-se na formação do meu gosto e este jamais o perderei ao contrário do vício de fumar que perdi de um dia para o outro.
A beleza do futebol, mesmo após a derrota, tal como a beleza feminina, mesmo sendo produzida (e a beleza não é sempre produzida?), fascina-me e incorpora a minha formação cultural. Não há volta a dar!
Esta imagem foi descoberta aqui e não é um separador. As minhas imagens, ultimamente, tresandam a homem talvez por influência do futebol. Depois explico, num post à parte, como o futebol não é, para mim, uma moda mas uma componente estruturante na minha formação cultural. Eu sei que também há o futebol feminino e, no masculino, cada vez mais surgem imagens femininas. O futebol está a perder o sexo!
Os negócios da imagem (e outros) dominam o fenómeno do futebol contemporâneo, eu sei, mas a imagem dos meus heróis de juventude, que quase pagavam para jogar, colou-se na formação do meu gosto e este jamais o perderei ao contrário do vício de fumar que perdi de um dia para o outro.
A beleza do futebol, mesmo após a derrota, tal como a beleza feminina, mesmo sendo produzida (e a beleza não é sempre produzida?), fascina-me e incorpora a minha formação cultural. Não há volta a dar!
quarta-feira, julho 5
PORTUGAL
PORTUGAL PARA TODOS
[Desenho do meu filho Manuel, elaborado em Fevereiro de 2001, pelos seus dez anos.]
Os meus companheiros e companheiras, jogadores de bancada, que têm acompanhado a epopeia da equipa nacional a que, antigamente, chamávamos “equipa das quinas” ficaram tristes mas não desesperados. [O meu filho não participou do grupo e logo vi que a coisa podia dar mau resultado].
Nada mudou na táctica de Scolari – trocar a bola e esperar – mas, como era previsível, quem marcasse um golo ganhava. Os franceses marcaram e ganharam. Portugal, desta vez, não foi eficaz mas desmentiu a campanha infame da imprensa internacional – com honrosas excepções – que quiseram transformar a equipa portuguesa num grupo de arruaceiros.
Ivanov, o árbitro do Portugal-Holanda, foi uma espécie de vacina que transfigurou o “sistema” tornando-o menos exposto à observação dos mais incautos. Salvou-se a França embora resguardando-se, quase o tempo todo, na defesa da vantagem mínima, sem ver qualquer dos seus jogadores “amarelados”, o que afastaria 5 ou 6 deles da final com a Itália.
No fim os portugueses abraçaram e deixaram-se abraçar pelos jogadores franceses, trocaram camisolas e palavras de conforto, mostraram ao mundo que, mesmo no desporto de alta competição, é possível perder com dignidade. Porque nestas coisas do “Mata-Mata” perde-se e ganha-se e nada desmerece, mesmo na derrota, os que lutam, com bravura, por vencer.
Espero que a Itália vença o Mundial e que Portugal não deixe os seus créditos por mãos alheias na disputa de um lugar no “pódium” com a Alemanha.
Ah! E, por fim, muitos dos nossos pequenos e médios intelectuais, que não entendem nada do fenómeno do futebol, poderão, a partir de domingo, ver-se, finalmente, livres das garras “totalitárias” desta torrente comunicacional lúdica que lhes aperta os crânios mas que tão bem rima com as palavras liberdade e democracia.
[Desenho do meu filho Manuel, elaborado em Fevereiro de 2001, pelos seus dez anos.]
Os meus companheiros e companheiras, jogadores de bancada, que têm acompanhado a epopeia da equipa nacional a que, antigamente, chamávamos “equipa das quinas” ficaram tristes mas não desesperados. [O meu filho não participou do grupo e logo vi que a coisa podia dar mau resultado].
Nada mudou na táctica de Scolari – trocar a bola e esperar – mas, como era previsível, quem marcasse um golo ganhava. Os franceses marcaram e ganharam. Portugal, desta vez, não foi eficaz mas desmentiu a campanha infame da imprensa internacional – com honrosas excepções – que quiseram transformar a equipa portuguesa num grupo de arruaceiros.
Ivanov, o árbitro do Portugal-Holanda, foi uma espécie de vacina que transfigurou o “sistema” tornando-o menos exposto à observação dos mais incautos. Salvou-se a França embora resguardando-se, quase o tempo todo, na defesa da vantagem mínima, sem ver qualquer dos seus jogadores “amarelados”, o que afastaria 5 ou 6 deles da final com a Itália.
No fim os portugueses abraçaram e deixaram-se abraçar pelos jogadores franceses, trocaram camisolas e palavras de conforto, mostraram ao mundo que, mesmo no desporto de alta competição, é possível perder com dignidade. Porque nestas coisas do “Mata-Mata” perde-se e ganha-se e nada desmerece, mesmo na derrota, os que lutam, com bravura, por vencer.
Espero que a Itália vença o Mundial e que Portugal não deixe os seus créditos por mãos alheias na disputa de um lugar no “pódium” com a Alemanha.
Ah! E, por fim, muitos dos nossos pequenos e médios intelectuais, que não entendem nada do fenómeno do futebol, poderão, a partir de domingo, ver-se, finalmente, livres das garras “totalitárias” desta torrente comunicacional lúdica que lhes aperta os crânios mas que tão bem rima com as palavras liberdade e democracia.
UM ABRAÇO ORIGINAL
O gesto original de Materazzi, de joelhos, abraçando o árbitro no final do Alemanha-Itália e as declarações de Cannavaro valorizando Portugal.
(…)
(…)
Contro quale squadra per Cannavaro non fa differenza. Francia o Portogallo da un punto di vista delle difficoltà secondo il capitano azzurro si equivalgono. "Tutti parlano della Francia - osserva - forse perché ha battuto il Brasile, ma il Portogallo non è secondo a nessuno. Sono già arrivati alla finale dell'Europeo, anche loro hanno fatto un ricambio generazionale, integrando i giovani con i vecchi. E' una squadra completa, con tecnica, corsa, difesa che concede molto poco e un portiere bravo anche a parare i rigori". Differente, tra Francia e Portogallo, sarebbe il gusto di un'eventuale vittoria. "
(...)
terça-feira, julho 4
ITÁLIA NA FINAL
Grosso – o marcador do primeiro golo de Itália
No post do “percebe” tinha arriscado a hipótese de uma final Portugal-Itália. Só falta o mais difícil para nós: ganhar aos franceses.
No mundial Portugal tem vencido com uma táctica aparentemente simples: troca a bola e espera. Os adversários mais fracos, com o passar do tempo, convencem-se que podem ganhar; os mais fortes, com o passar do tempo, convencem-se que podem perder.
Scolari manda trocar a bola e esperar. Joga com o tempo. Trocar a bola e esperar, mesmo que pareça uma eternidade. O objectivo é tornar tempo e espaço, cada minuto que passa, mais escassos para o adversário. Na vertigem dos últimos minutos a moral do adversário desmorona-se. Até este momento a táctica tem resultado.
Defrontando a França Scolari devia mudar alguma coisa. Os franceses sabem que para destruir esta táctica têm que marcar cedo e Portugal não vai ter – como até aqui – tanto espaço, nem tanto tempo para trocar a bola e esperar.
Mas o mais certo é Scolari não mudar nada. Depois se verá se, mesmo assim, os franceses caem na armadilha apesar de a terem estudado até à exaustão. Os alemães caíram na armadilha montada, à sua maneira, pelos italianos. Agora é a nossa vez.
Avanti Portugal!
No post do “percebe” tinha arriscado a hipótese de uma final Portugal-Itália. Só falta o mais difícil para nós: ganhar aos franceses.
No mundial Portugal tem vencido com uma táctica aparentemente simples: troca a bola e espera. Os adversários mais fracos, com o passar do tempo, convencem-se que podem ganhar; os mais fortes, com o passar do tempo, convencem-se que podem perder.
Scolari manda trocar a bola e esperar. Joga com o tempo. Trocar a bola e esperar, mesmo que pareça uma eternidade. O objectivo é tornar tempo e espaço, cada minuto que passa, mais escassos para o adversário. Na vertigem dos últimos minutos a moral do adversário desmorona-se. Até este momento a táctica tem resultado.
Defrontando a França Scolari devia mudar alguma coisa. Os franceses sabem que para destruir esta táctica têm que marcar cedo e Portugal não vai ter – como até aqui – tanto espaço, nem tanto tempo para trocar a bola e esperar.
Mas o mais certo é Scolari não mudar nada. Depois se verá se, mesmo assim, os franceses caem na armadilha apesar de a terem estudado até à exaustão. Os alemães caíram na armadilha montada, à sua maneira, pelos italianos. Agora é a nossa vez.
Avanti Portugal!
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