PORTUGAL PARA TODOS
[Desenho do meu filho Manuel, elaborado em Fevereiro de 2001, pelos seus dez anos.]
Os meus companheiros e companheiras, jogadores de bancada, que têm acompanhado a epopeia da equipa nacional a que, antigamente, chamávamos “equipa das quinas” ficaram tristes mas não desesperados. [O meu filho não participou do grupo e logo vi que a coisa podia dar mau resultado].
Nada mudou na táctica de Scolari – trocar a bola e esperar – mas, como era previsível, quem marcasse um golo ganhava. Os franceses marcaram e ganharam. Portugal, desta vez, não foi eficaz mas desmentiu a campanha infame da imprensa internacional – com honrosas excepções – que quiseram transformar a equipa portuguesa num grupo de arruaceiros.
Ivanov, o árbitro do Portugal-Holanda, foi uma espécie de vacina que transfigurou o “sistema” tornando-o menos exposto à observação dos mais incautos. Salvou-se a França embora resguardando-se, quase o tempo todo, na defesa da vantagem mínima, sem ver qualquer dos seus jogadores “amarelados”, o que afastaria 5 ou 6 deles da final com a Itália.
No fim os portugueses abraçaram e deixaram-se abraçar pelos jogadores franceses, trocaram camisolas e palavras de conforto, mostraram ao mundo que, mesmo no desporto de alta competição, é possível perder com dignidade. Porque nestas coisas do “Mata-Mata” perde-se e ganha-se e nada desmerece, mesmo na derrota, os que lutam, com bravura, por vencer.
Espero que a Itália vença o Mundial e que Portugal não deixe os seus créditos por mãos alheias na disputa de um lugar no “pódium” com a Alemanha.
Ah! E, por fim, muitos dos nossos pequenos e médios intelectuais, que não entendem nada do fenómeno do futebol, poderão, a partir de domingo, ver-se, finalmente, livres das garras “totalitárias” desta torrente comunicacional lúdica que lhes aperta os crânios mas que tão bem rima com as palavras liberdade e democracia.
[Desenho do meu filho Manuel, elaborado em Fevereiro de 2001, pelos seus dez anos.]
Os meus companheiros e companheiras, jogadores de bancada, que têm acompanhado a epopeia da equipa nacional a que, antigamente, chamávamos “equipa das quinas” ficaram tristes mas não desesperados. [O meu filho não participou do grupo e logo vi que a coisa podia dar mau resultado].
Nada mudou na táctica de Scolari – trocar a bola e esperar – mas, como era previsível, quem marcasse um golo ganhava. Os franceses marcaram e ganharam. Portugal, desta vez, não foi eficaz mas desmentiu a campanha infame da imprensa internacional – com honrosas excepções – que quiseram transformar a equipa portuguesa num grupo de arruaceiros.
Ivanov, o árbitro do Portugal-Holanda, foi uma espécie de vacina que transfigurou o “sistema” tornando-o menos exposto à observação dos mais incautos. Salvou-se a França embora resguardando-se, quase o tempo todo, na defesa da vantagem mínima, sem ver qualquer dos seus jogadores “amarelados”, o que afastaria 5 ou 6 deles da final com a Itália.
No fim os portugueses abraçaram e deixaram-se abraçar pelos jogadores franceses, trocaram camisolas e palavras de conforto, mostraram ao mundo que, mesmo no desporto de alta competição, é possível perder com dignidade. Porque nestas coisas do “Mata-Mata” perde-se e ganha-se e nada desmerece, mesmo na derrota, os que lutam, com bravura, por vencer.
Espero que a Itália vença o Mundial e que Portugal não deixe os seus créditos por mãos alheias na disputa de um lugar no “pódium” com a Alemanha.
Ah! E, por fim, muitos dos nossos pequenos e médios intelectuais, que não entendem nada do fenómeno do futebol, poderão, a partir de domingo, ver-se, finalmente, livres das garras “totalitárias” desta torrente comunicacional lúdica que lhes aperta os crânios mas que tão bem rima com as palavras liberdade e democracia.
5 comentários:
Subscrevo tudo o que disse meu caro,só acrescentarei que até domingo, não sei porquê, mas sinto que terei uma costela italiana.
Abraço
Ah! queria acrescentar que a bandeira que desenhou o seu filho é a mais bonita que tenho visto nos últimos tempos, a sério.
Bjs pra ele
Sobre o futebol sou das que pensam que Scolari teve o condão de nos devolver o orgulho nacional e de transformar a nossa selecção numa selecção coesa e disciplinada e ainda com convicção e com objectivos. Gostaria que tivessem ganho mas sei que é muito bom ficarmos em 3º ou 4º lugar. Mas o meu comentário prende-se mais com a bandeira do seu filho - poderia ser um verdadeiro quadro moderno - esteticamente raiando o sublime. Dê-lhe os meus parabéns.
Porto, 2006.07.07
Olá.
Concordo com o texto de uma maneira geral. Sobre perceber do fenómeno futebol, apenas sei que tenho a mania que percebo. Mas gosto de dar uma opinião sobre o dito. Futebol para mim, actualmente, foi a primeira parte do Zidane no Portugal/França. De um passado recente foi João ALves e Fernando Chalana. Há por aí alguém como o pequeno genial?
Porto, 2006.07.07
18h e 55m
Acerca do Mundial e da respectiva euforia portuguesa. Público de hoje, última página, asinatura de Vasco Pulido Valente: - Portugal é o "melhor" e o "maior" e o mais que apetecer à populaça, à filosofia e ao lirismo. E, se não for, finge. Não lhe custa nada e consola muito.
PARECE-ME CONCORDAR COM ISTO.
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