domingo, abril 20

MARCELO PATINHA

A coisa está pior do que se pensava no PSD. Regresso de uma curta viagem e a minha boca abriu-se de espanto: Patinha Antão? Patinha Então? Patinha? E mais ainda se abriu com esta frase de Marcelo como uma das razões para se candidatar à liderança do PSD: "olhar para os candidatos todos e dizer que não há nenhum que preencha os mínimos". Pelo exemplo do Patinha é caso para dizer que Marcelo caminha a passos largos para a candidatura!
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sábado, abril 19

ECOS

O absorto no Technorati – os mais recentes:
(A distância não apaga a amizade.)

o analfa betoé assim e pronto!
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ENIGMAS

O Dr. Portas já percebeu que, politicamente, acabou; a tribuna política serve-lhe, em exclusivo, para protecção do passado. Futuro=0. Menezes saiu porque, apesar de tudo, existe. O futuro confirmá-lo-á. Mas a manutenção da trincheira que alberga o Dr. Portas sai cara à direita e ao país. Todos se interrogam, à sua maneira, quais as artes de sobrevivência política do Dr. Portas. Talvez os chamados senadores da república um dia possam explicar. O que é preciso é não deixá-los morrer antes que digam, ou escrevam, qualquer coisinha. E que se será feito dos seus “homens de mão”. Não me refiro aos que sobem, de quando em vez, à tribuna política. Refiro-me aos outros …
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MENEZES-MENEZES


Quem é o melhor candidato à liderança do PSD?

1 - Luís Filipe Menezes

2 - Manuela Ferreira Leite

3 - Pedro Passos Coelho

4 - Aguiar-Branco

5 - Marcelo Rebelo de Sousa

6 - António Borges

7 - Rui Rio

8 - Pedro Santana Lopes

9 - Outro

Por favor seleccione uma resposta.
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sexta-feira, abril 18

MENEZES=MENEZES


O problema de Menezes é Sócrates. Sócrates puxou o PS, a partir de 2005, para o centro político. Ocupou o espaço político do PSD deixando-o entregue, ainda por cima, aos derrotados de 2005. Todo e qualquer um percebe que Menezes não pode preconizar políticas que estão a ser executadas por Sócrates. Esta percepção entrou no senso comum. Qualquer líder do PSD não encontrará o caminho já percorrido pelos líderes anteriores. Esse caminho já não existe. A crise do PSD é muito mais grave e profunda podendo ter chegado o momento dos seus militantes mais lúcidos se questionarem acerca da razão de ser da existência do partido. É um pouco essa questão que Pacheco Pereira vem colocando com insistência. Não será o carisma de um novo líder que criará, por si só, um novo espaço político que carece de um programa coerente e mobilizador. Mas qual programa? Qual política? Qual governo? Nada! Outra vez Menezes! Parece ser este o cenário mais provável caso contrário não se justificaria o curtíssimo prazo de um mês para as eleições directas de 24 de Maio. As surpresas sempre podem existir o problema é se já não existe espaço político para o PSD.
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REFORMA DO INATEL - ALELUIA


Como sói dizer-se “mais vale tarde do que nunca”. Só tenho de me congratular por ter sido aprovada ontem, em conselho de ministros, a reforma estatutária do INATEL que, como já disse, e reafirmo, foi elaborada, no essencial, por mim e pela equipa que me acompanhou, na gestão daquela instituição entre os inícios de 1996 e de 2003.

Num dia pejado de acontecimentos mediáticos, da meteorologia à política, este acontecimento não chega a ser notícia. Pela parte que me toca assinalo o facto pela sua importância intrínseca, ou seja, por permitir a preservação e a continuidade de uma instituição, herdada do estado novo, mas cuja actividade continua a ser muito relevante na área do lazer, desde o associativismo popular, cultural e desportivo, ao turismo social. Desta forma o governo socialista honrou um compromisso antigo.

Este Decreto-Lei vem concretizar a instituição da Fundação INATEL, que sucede em todos os direitos e obrigações ao INATEL, Instituto Nacional para o Aproveitamento dos Trabalhadores, IP (prevista no Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado, PRACE), bem como na prossecução das suas atribuições de serviço público.

A Fundação INATEL é uma pessoa colectiva de direito privado e utilidade pública que tem como fins principais: a promoção das melhores condições para a ocupação dos tempos livres e do lazer dos trabalhadores, no activo e reformados, desenvolvendo e valorizando o turismo social, a criação e fruição cultural, a actividade física e desportiva, a inclusão e a solidariedade social.

O modelo de governação da Fundação INATEL permite que, seguindo as mais modernas tendências europeias e sem se perder de vista a função social desta instituição, se reforcem os laços que a ligam à comunidade nacional e se adopte uma estrutura de gestão desburocratizada, ágil e amplamente representativa da sociedade civil, promovendo-se, também por esta via, a eficiência dos gastos públicos, a parceria entre o Estado e os cidadãos e o reforço do importante sector da economia social.
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quinta-feira, abril 17

IGREJA CATÓLICA E POLÍTICA


A igreja católica rejubila com a vitória eleitoral da direita em Itália. Esse júbilo, enquanto o Papa visita os EUA, fazendo contrição pelos crimes de pedofilia dos seus pastores, reveste o tom de explícita desforra pela vitória eleitoral dos socialistas de Zapatero, em Espanha. A Igreja católica assume-se como força de intervenção directa na luta política. Não é novidade. O que assusta é o tom radical/populista do discurso de muitos dos seus representantes. Como quem diz: querem guerra, vamos para a guerra. E eu que pensava que a Igreja Católica era uma força importante na luta pela paz e concórdia entre os povos e as nações!
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quarta-feira, abril 16

"TRIDENTE" E "ARPÃO"?


Os meus conhecimentos acerca de questões de defesa nacional são os de um cidadão comum. Sou capaz de compreender que Portugal, como país marítimo, deve dispor de meios, destinados a fins civis e militares, que lhe permitam assegurar a soberania nacional, incluindo o vasto mar que é nosso.

Qualquer leigo entende que Portugal, não só pela história, como pela localização do seu território continental, teria muitíssima menos relevância geoestratégica sem o domínio de uma área significativa do Atlântico e sem os arquipélagos dos Açores e da Madeira.

Os dois submarinos, cuja entrega está prevista para 2010 e 2011, vão custar qualquer coisa como 973 milhões de euros, com juros incluídos, o que representa 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) português. O que se pode chamar um investimento vultuoso. Opções discutíveis mas consumadas. Não sei, ao certo, se devidamente investigadas. Mas não são as questões de fundo que me trazem à liça.

O que me despertou a curiosidade foi uma questão bem mais prosaica. Então expliquem lá, pois ainda vamos a tempo, das razões do nome de baptismo dos ditos. Sempre são duas peças com o estimável valor de, para já, quase mil milhões de euros!

“Tridente” e “Arpão”? De quem foi a lembrança? Estava nos papéis do Dr. Portas? Como se justificam as designações? Em que tradição enraízam? Que imagem projectam de Portugal e das suas Forças Armadas no país e no mundo? Não havia nomes de militares portugueses ilustres? Talvez heróis? Da marinha de guerra? Ou de outros ramos? Ou mesmo de civis?

Estaremos condenados a dispor de dois poderosos – e caros – vasos de guerra com nomes que parecem de vulgares lanchas, barcos de pesca ou de recreio? Fica a manifestação da minha perplexidade e exarado o meu protesto! À consideração de quem de direito no estado democrático!
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ECOS RECENTES

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LEMBRANÇAS TRÁGICAS

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AUTOEUROPA

Este post não é publicidade. Mas a Autoeuropa merece muitas atenções pois, além do mais, é a empresa mais importante do nosso sector exportador (representou 3,5% das exportações portuguesas em 2006). Na Autoeuropa estão todos os compromissos necessários para o desenvolvimento da economia nacional: compromisso entre estados, entre fileiras de produção, entre patronato e trabalhadores … Coisa de alemães conforme as notícias divulgadas ontem pelo responsável máximo da Autoeuropa. Aproveitemos todos para aprender alguma coisa, ou seja, construamos, no âmbito da chamada economia real, sem complexos, um outro lado da lamúria nacional. Pois mesmo apesar de todas as vantagens concedidas, certamente, pelo Estado à Autoeuropa a persistência na continuidade do seu projecto deve-se, em muito, à competência profissional (e cívica) das suas lideranças desde a gestão aos trabalhadores.

A Autoeuropa pretende produzir 800 carros por dia em 2010 (duplicando a produção de 2007) e prevê um aumento de dois mil postos de trabalho. - Entre 2008 e 2010 a VW Autoeuropa vai investir 541 milhões de euros em novos produtos, nomeadamente no sucessor do MPV, na preparação para o quarto modelo, em duplicar a produção e aumentar o número de funcionários. Com uma produção anual de 100 mil carros em 2007, a fábrica de Palmela produz por dia 265 Eos.
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terça-feira, abril 15

BOLETIM ECONÓMICO/PRIMAVERA 2008 - BANCO DE PORTUGAL

Albert Lemoine

Tudo o que se vai escrevendo, no dia-a-dia, acerca da situação económica e financeira do país, envolvendo a política económica do governo, a situação dos mercados, empresas e famílias, ganha mais coerência e sentido se formos capazes de dar atenção a documentos tecnicamente fundamentados. O Banco de Portugal acaba de publicar o Boletim Económico Primavera 2008. A Conclusão pode ser lida também aqui. De seguida um resumo dessa conclusão.


A integração económica e financeira da economia portuguesa, num contexto de intensificação do processo de globalização e de participação na área do euro, implicou um aumento na eficiência da economia, através do alargamento do conjunto de possibilidades de escolha dos agentes económicos, do aumento global da concorrência e de uma maior partilha e diversificação de risco com o exterior.

(…)

Constitui assim um facto relevante o progresso conseguido nos últimos dois anos no cumprimento dos compromissos de consolidação orçamental, atingindo antes do previsto um défice inferior a 3 por cento do PIB.

É de sublinhar que o esforço de redução estrutural do défice orçamental tem de prosseguir, no sentido da concretização plena dos compromissos assumidos no âmbito do Pacto de Estabilidade e Crescimento. Em particular, o cumprimento do objectivo de médio prazo de um défice estrutural de 0.5 por cento em 2010 surge como fundamental para promover uma situação orçamental equilibrada e sustentável, diminuindo a incerteza dos agentes económicos e permitindo o pleno funcionamento dos estabilizadores automáticos.

No que se refere ao funcionamento dos mercados, é de destacar a persistência de elementos de rigidez na evolução do emprego e desemprego, que contribuem para a falta de mobilidade de recursos, bem como para a criação de uma situação de polarização no mercado de trabalho. Estes elementos implicam, por um lado, uma menor capacidade de reafectação eficiente de recursos humanos entre empresas e sectores e, por outro, menores incentivos para os agentes em termos de formação e educação.

Importa, finalmente, destacar a importância de reforçar os incentivos ao investimento de qualidade em capital humano, com destaque para o início do ciclo de vida dos indivíduos. Este investimento afigura-se fundamental para promover um maior crescimento económico em horizontes de médio e longo prazo, contribuindo igualmente para uma melhor repartição do rendimento na economia.

A economia portuguesa manteve em 2007 uma trajectória de recuperação, com uma aceleração significativa do PIB, para níveis superiores aos observados nos últimos anos. No entanto, a segunda metade 2007 e o início de 2008 caracterizaram-se pela ocorrência simultânea de três choques externos adversos, interligados entre si, com importantes implicações macroeconómicas a nível global: a turbulência nos mercados financeiros internacionais, (…); a intensificação do aumento do preço do petróleo e a forte aceleração dos preços das matérias -primas alimentares nos mercados internacionais, (…); e, a desaceleração marcada da economia norte-americana, num contexto de forte correcção no mercado imobiliário e de ocorrência dos choques acima referidos, que foi acompanhada por uma desaceleração mais mitigada na generalidade das restantes economias avançadas e por um menor dinamismo dos fluxos comerciais a nível mundial.

A combinação destes choques não deixará de ter implicações desfavoráveis sobre a dinâmica de recuperação da economia portuguesa, (…).
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UMA NOITE CÉPTICA


Fiquei fascinado por esta sequência de notícias, na mesma noite do mesmo dia, madrugada de 15 de Abril de 2008. A pérola do atlântico, a bela Itália e a martirizada África debatendo-se entre a democracia e o populismo. Esperemos que a crise financeira e das matérias-primas, que se aprofunda e alarga, ao nível mundial, não faça entornar o caldo da cultura populista. Todas as organizações internacionais, de uma forma ou outra, já decretaram o alerta amarelo. Por enquanto os sinais de perigo são entendidos, aparentemente, com bonomia pelos governos e pelos povos. Mas a evidência de uma ruptura grave no equilíbrio da economia real e da organização social em diversas regiões do mundo são demasiado evidentes. Conforme ensina a história uma depressão pode prenunciar uma guerra. Mas também pode ser só um devaneio de uma noite céptica de um optimista inveterado. É o mais certo. Durmamos descansados!
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segunda-feira, abril 14

ELEIÇÕES EM ITÁLIA

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PEDRO BANDEIRA FREIRE

Fotografia daqui

Cultura: Morreu Pedro Bandeira Freire, fundador do Cinema Quarteto ...
Lisboa, 13 Abr (Lusa) - O fundador do Cinema Quarteto, Pedro Bandeira Freire, de 68 anos, morreu sábado, após três dias em coma na sequência de um acidente ...

ANULAÇÃO: Cultura: Morreu Pedro Bandeira Freire, fundador do ...
ANULAÇÃO DA NOTÍCIA COM O TÍTULO: "Cultura: Morreu Pedro Bandeira Freire, fundador do Cinema Quarteto". tamanho da letra. ajuda áudio. enviar artigo ...

Este é uma espécie de assunto tabu. Um daqueles casos em que a notícia da morte de alguém é manifestamente exagerada. A Lusa noticiou, no dia 13 de Abril, a morte de Pedro Bandeira Freire. Uma notícia falsa na qual eu acreditei. Mais tarde veio a anulação da notícia. Pedro Bandeira Freire estava vivo. Ainda bem. Mas fica uma dúvida: a Lusa, agência pública de notícias, não confirma as informações confiando, cegamente, nas suas fontes? Nem quando está em jogo uma vida? Ou uma morte? Não acontece nada pelos lados da Lusa? BASTA APAGAR OS RASTOS DA NOTÍCIA ORIGINAL?
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CRISTIANO RONALDO


Gostemos, ou não de futebol, Cristiano Ronaldo ganhou já reconhecimento global como um mago na sua arte. Já escrevi, recentemente, acerca do fenómeno do futebol sob o título “Fluxo e Resistência”. Mas a teoria não vem agora ao caso. Em Cristiano, sobre o qual chovem opiniões, estudos e artigos, o que mais impressiona é a sua capacidade para tornear as dificuldades do jogo. Os adversários muitas vezes irritam-se e alguns sentem-se humilhados porque Ronaldo não perde nunca a capacidade de jogar o jogo pelo jogo, alardeando o prazer de um novo passe, como se de uma dança se tratasse, no contexto de uma competição dura onde a força, mental e física, predomina. Ele é um indivíduo forte num palco de gigantes representando um país com uma imagem de fraco. Cristiano, o português é como falam dele os jornais de todo o mundo. Dá-me prazer vê-lo jogar. Quando ele ganha ganhamos todos nós. Quanto mais a sua aura se projecta mais se prestigia o país. Não vale a pena ter vergonha do sucesso.
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domingo, abril 13

O ACORDO ACERCA DA AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES


Esgotei a paciência a ler manchetes e notícias que vão no sentido de sobreavaliar as cedências do Governo no que respeita à questão da avaliação dos professores.

Desde há muito tempo que se tinha tornado inevitável um acordo político acerca desta matéria que havia de ser concretizado através de uma negociação e materializado num protocolo técnico.
É o ABC da política. O resultado final está longe de ser uma derrota para o governo ou uma vitória para os sindicatos, ou vice-versa. É simplesmente mais uma fase de um processo em que as partes, negociando ao mais alto nível, chegaram a um acordo.

O governo conseguiu colocar o processo de avaliação dos professores na agenda da opinião pública e no terreno da realidade das escolas, os sindicatos conseguiram alongar os prazos da sua plena concretização. Basta ter lido os comentários às notícias do acordo, por parte de muitos professores, para se entender como é ligeiro considerar que o mesmo foi uma vitória dos sindicatos …

Os acordos são sempre maus quando uma das partes impõe à outra cláusulas leoninas que, mais tarde, estão na origem de novos e mais graves conflitos. Não parece ser este o caso mas só a experiência da aplicação do acordo fará a prova dos nove. Lá para 2009, curiosamente, na véspera de eleições legislativas …

Em termos práticos alguns detalhes do desenlace deste processo estão muito bem sintetizados aqui e aqui.
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Burt Glinn

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