O problema de Menezes é Sócrates. Sócrates puxou o PS, a partir de 2005, para o centro político. Ocupou o espaço político do PSD deixando-o entregue, ainda por cima, aos derrotados de 2005. Todo e qualquer um percebe que Menezes não pode preconizar políticas que estão a ser executadas por Sócrates. Esta percepção entrou no senso comum. Qualquer líder do PSD não encontrará o caminho já percorrido pelos líderes anteriores. Esse caminho já não existe. A crise do PSD é muito mais grave e profunda podendo ter chegado o momento dos seus militantes mais lúcidos se questionarem acerca da razão de ser da existência do partido. É um pouco essa questão que Pacheco Pereira vem colocando com insistência. Não será o carisma de um novo líder que criará, por si só, um novo espaço político que carece de um programa coerente e mobilizador. Mas qual programa? Qual política? Qual governo? Nada! Outra vez Menezes! Parece ser este o cenário mais provável caso contrário não se justificaria o curtíssimo prazo de um mês para as eleições directas de 24 de Maio. As surpresas sempre podem existir o problema é se já não existe espaço político para o PSD.
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