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Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
domingo, outubro 19
ANGELINA
Estava com vontade de me indignar com esta ideia das cimeiras (muitas) acordadas entre dirigentes políticos que perfilham ideologias liberais, neoliberais, neoconservadores, defuntos, fugitivos, sobreviventes e indigentes do futuro, mais o seu calendário, descaradamente coincidente com o período do governo de gestão de Bush, mas, como é domingo, mais vale olhar para a Angelina Jolie.
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sábado, outubro 18
BARROSO - O SOBREVIVENTE
José Manuel Barroso vai despedir-se de Bush a poucos dias do fim do seu mandato presidencial no meio da maior crise financeira de que há memória na história contemporânea. Interessante acontecimento: Bush, apesar de discursar quase todos os dias, na verdade, já não manda nada; Barroso, apesar de se fazer notar quase todos os dias, não é autor, que se conheça, de qualquer plano para combater a crise. Navega, como sempre navegou, ao sabor da corrente em busca de um lugar ao sol. São os dois únicos responsáveis políticos no activo que estiveram presentes na cimeira das Lajes e Barroso é o único que, a partir de 4 de Novembro próximo, vai sobreviver, politicamente. Podemos sentir repulsa mas é notável!
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quinta-feira, outubro 16
CONFRATERNIZAÇÃO
A minha amiga Helena distinguiu este blogue com o "Prémio Dardos" que reconhece um conjunto de valores que muito prezo. Já há muito tempo que não aderia a este tipo de correntes mas, desta vez, o sentido da confraternização falou mais alto.
Quem recebe o “Prémio Dardos” e o aceita deve seguir algumas regras:
1. - Exibir a distinta imagem;
2. - Linkar o blog pelo qual recebeu o prémio;
3. - Escolher quinze (15) outros blogues a que entregar o "Prémio Dardos".
Dando cumprimento às regras aqui ficam os 15 escolhidos:
A barbearia do senhor Luís
A Defesa de Faro
aguarelas de turner
ALDINA DUARTE
Algeroz!
Aluaflutua
APC GORJEIOS
BibliOdyssey
CAMINHOS DA MEMÓRIA
DIVAS & CONTRABAIXOS
Fim de Semana Alucinante
Machina Speculatrix
Macroscopio
Margens de erro
RESPIRAR O MESMO AR
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Quem recebe o “Prémio Dardos” e o aceita deve seguir algumas regras:
1. - Exibir a distinta imagem;
2. - Linkar o blog pelo qual recebeu o prémio;
3. - Escolher quinze (15) outros blogues a que entregar o "Prémio Dardos".
Dando cumprimento às regras aqui ficam os 15 escolhidos:
A barbearia do senhor Luís
A Defesa de Faro
aguarelas de turner
ALDINA DUARTE
Algeroz!
Aluaflutua
APC GORJEIOS
BibliOdyssey
CAMINHOS DA MEMÓRIA
DIVAS & CONTRABAIXOS
Fim de Semana Alucinante
Machina Speculatrix
Macroscopio
Margens de erro
RESPIRAR O MESMO AR
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quarta-feira, outubro 15
CRISE - LONGE DO FIM
terça-feira, outubro 14
O ORÇAMENTO 2009 JÁ ROLA!
“Nunca me senti à vontade senão nas situações elevadas. Até nos pormenores da vida eu tinha necessidade de estar por cima. Preferia o autocarro ao metropolitano, as caleças aos táxis, os terraços às sobrelojas. (…) Os paióis, os porões, os subterrâneos, as grutas, os abismos, causavam-me horror. Ganhara mesmo um ódio especial aos espeleólogos (…)”
As grandes linhas do orçamento de estado para 2009 foram apresentadas. Antecipado de um dia, adiado por um dia. Interessante e, ao mesmo tempo, desconfortável para quem assume a responsabilidade da apresentação. Notava-se o desconforto. O tom severo faz parte da bagagem do protagonista e da natureza do acto. Mas o que interessa é o conteúdo. Ainda não se conhecem os seus detalhes mas nas suas grandes linhas parece um orçamento de regresso à filosofia dos orçamentos concebidos como instrumentos de política económica. Ninguém poderia esperar que Teixeira dos Santos se suicidasse, e com ele o governo, detonando um orçamento de contenção pura e dura. Em época de crise declarada e na véspera do ano de todas as eleições (menos as presidenciais). Nenhum governo na Europa irá além da preocupação de não ultrapassar os 3% do deficit. Talvez um dos grandes números apresentados com mais hipóteses de ser ultrapassado seja a previsão do deficit de 2,2% para 2009, só conhecido em 2010. Com a curiosidade de, a partir deste momento, a previsão do deficit para 2008 não poder ser inferior a 2,2%. Pois se o deficit de 2008 for inferior a 2,2%, os 2,2% previstos para 2009 significarão um aumento do deficit. Politicamente insustentável. Por outro lado se, no final de 2008, o deficit for superior a 2,2% será apontado como um fracasso do governo em ano de eleições. Politicamente insustentável. Por isso uma única coisa é certa: deficit de 2008=2,2%. De resto está assegurado que cada actor desempenhará o seu papel. O PS com esta proposta de orçamento cobre o flanco à esquerda. À direita o PSD está condicionado por muitos obstáculos entre os quais a cruz do deficit de 6, e muitos por cento que deixou, em 2005, de herança ao governo do PS. Resta saber se a crise do sistema financeiro se transformará numa verdadeira crise económica e social. E qual o seu tempo, dimensão, intensidade e profundidade. Por mim, por todas as razões, que as sondagens recentes ilustram, quero crer que o governo se sairá tanto melhor quanto mais forte for a tormenta!
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segunda-feira, outubro 13
O ESTADO ... FINALMENTE!
Henry Paulson
Tenho andado a reler, como alguns mais atentos já devem ter notado, alguns textos, bastante datados, pensava eu, do extinto MES (Movimento de Esquerda Socialista). Eis senão quando me começo a dar conta pelas notícias, primeiro em discretos rodapés e, de súbito, a toda a largura do terreno onde as notícias pegam de estaca que, afinal, algumas teses, ideias e palavras, que pensava enterradas regurgitam como flores na boca dos políticos em funções de estado. Não se confundam pois este castelo de cartas que dá pelo nome de sistema financeiro está (não esteve, está!) em vias de se desmoronar neste ano da graça de 2008. Ficará, neste declinar do sistema, para a história a frase de antologia do primeiro da Islândia aconselhando o seu povo a dedicar-se à pesca (mister no qual o meu filho é mestre o que pode ser uma mais valia não negligenciável!) enquanto nacionalizava os bancos todos lá do sítio com o apoio da Rússia. A teta secou mas os beiços dos sugadores habituados à mama não pára de reclamar mais ração. Se a coisa está preta para os lados da alta finança esta, cheia de lata, conclama à intervenção do estado, ou seja, da comunidade que lhes disponibilize o aleitamento em avales, garantias, pertences e dinheiro fresco. O estado vilipendiado, enxovalhado e denegrido à exaustão, sob as mais ferozes ameaças de ser arredado da face da terra, incompetente e trapalhão, chega-se, finalmente, à primeira linha de combate assegurando, pasme-se, a salvação dos seus detractores. Ainda tenho a memória fresca da ideia proclamada pelo Dr. Cadilhe, que deve estar a ser coberto (salvo seja) por estas garantias do estado velhaco, ter, com sapiência, colocado em cima da mesa a proposta da venda do ouro que está à guarda do Banco de Portugal, para tornar viável a reforma da administração pública … e os nossos liberais, neo-conservadores, e quejandos, terem proposto, pura e simplesmente, a supressão da participação do estado em tudo e mais alguma coisa menos nas chamadas “funções de estado”. Ora aí está como, num truque de mágica, o estado vira beneficiário, desses mesmos que preconizavam (e preconizam, vão ver!) o seu prematuro funeral. O grito que ecoa por todo o mundo, perante o silêncio dos inocentes, é o que poderíamos imaginar vindo da boca do comandante do cargueiro em perigo que levado em braços pela tripulação para o único lugar livre no salva-vidas, brada à restante tripulação aflita: “salvem-se que eu já me safei!” Vão ver que no fim nem vão agradecer!
Tenho andado a reler, como alguns mais atentos já devem ter notado, alguns textos, bastante datados, pensava eu, do extinto MES (Movimento de Esquerda Socialista). Eis senão quando me começo a dar conta pelas notícias, primeiro em discretos rodapés e, de súbito, a toda a largura do terreno onde as notícias pegam de estaca que, afinal, algumas teses, ideias e palavras, que pensava enterradas regurgitam como flores na boca dos políticos em funções de estado. Não se confundam pois este castelo de cartas que dá pelo nome de sistema financeiro está (não esteve, está!) em vias de se desmoronar neste ano da graça de 2008. Ficará, neste declinar do sistema, para a história a frase de antologia do primeiro da Islândia aconselhando o seu povo a dedicar-se à pesca (mister no qual o meu filho é mestre o que pode ser uma mais valia não negligenciável!) enquanto nacionalizava os bancos todos lá do sítio com o apoio da Rússia. A teta secou mas os beiços dos sugadores habituados à mama não pára de reclamar mais ração. Se a coisa está preta para os lados da alta finança esta, cheia de lata, conclama à intervenção do estado, ou seja, da comunidade que lhes disponibilize o aleitamento em avales, garantias, pertences e dinheiro fresco. O estado vilipendiado, enxovalhado e denegrido à exaustão, sob as mais ferozes ameaças de ser arredado da face da terra, incompetente e trapalhão, chega-se, finalmente, à primeira linha de combate assegurando, pasme-se, a salvação dos seus detractores. Ainda tenho a memória fresca da ideia proclamada pelo Dr. Cadilhe, que deve estar a ser coberto (salvo seja) por estas garantias do estado velhaco, ter, com sapiência, colocado em cima da mesa a proposta da venda do ouro que está à guarda do Banco de Portugal, para tornar viável a reforma da administração pública … e os nossos liberais, neo-conservadores, e quejandos, terem proposto, pura e simplesmente, a supressão da participação do estado em tudo e mais alguma coisa menos nas chamadas “funções de estado”. Ora aí está como, num truque de mágica, o estado vira beneficiário, desses mesmos que preconizavam (e preconizam, vão ver!) o seu prematuro funeral. O grito que ecoa por todo o mundo, perante o silêncio dos inocentes, é o que poderíamos imaginar vindo da boca do comandante do cargueiro em perigo que levado em braços pela tripulação para o único lugar livre no salva-vidas, brada à restante tripulação aflita: “salvem-se que eu já me safei!” Vão ver que no fim nem vão agradecer!
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A CRISE E A RESPONSABILIDADE
domingo, outubro 12
CUBA - O DEBATE (IM) POSSÍVEL
Burt Glinn - CUBA. Havana. 1959. Bikini model on rooftop.
Tempos atrás relatei um encontro de acaso, ocorrido em Havana, com um médico, ex militar cubano, que, segundo ele, ficou maluco na guerra de Angola.
Reparei que Yoani Sanchez, en Generación Y, escreve, a propósito do filme Kangamba um post intitulado La guerra más larga questionando o sentido da participação militar Cubana em Angola. Ela sintetiza numa frase a sua perplexidade: Qué hacíamos los cubanos en Angola?
Trata-se, na verdade, da resposta à crónica que Fidel Castro publicara dois dias antes no Granma. Curiosas as formas do debate político, em ditadura, através dos meios digitais.
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sábado, outubro 11
sexta-feira, outubro 10
O PS SOBE, QUEM HAVIA DE DIZER?
Do Margens de Erro retiro a sondagem CESOP, de Outubro de 2008, realizada para o JN, a RTP e a RDP. O relatório-síntese do estudo apresenta o PS subindo para 41% o que, parecendo inacreditável para muitos, cria uma expectativa que lhe é favorável face à questão central das próximas eleições legislativas: o PS ganhará sempre mas resta saber se manterá maioria absoluta. O PSD também sobe mas fica longe da reviravolta de que necessita, o PCP desce, o BE sobe, e o PP quase desaparece. Os restantes dados do relatório também são muito interessantes. Como deve ser uma sondagem credível vão lê-los!
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FARO A SAQUE
O problema não está no facto daquele local ser o da “concentração anual dos motards” de Faro, nem no cumprimento, ou incumprimento, do plano director municipal, nem no abate de pinheiros, autorizado por uma entidade, no desconhecimento de outra (s), nem no facto do proprietário do terreno ser a diocese do Algarve (isso mesmo, a diocese!), nem no desempenho do construtor que tomou a cargo a operação imobiliária, nem do local dar pelo nome de LUDO, certamente, uma área protegida…. O problema está na mistura destes ingredientes e mais alguns! Um cocktail raro no qual se casam os interesses materiais com os insondáveis mistérios da fé! Inenarrável!
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quinta-feira, outubro 9
Jean-Marie Le Clézio
"Novelista de la ruptura, de la aventura poética y de la sensualidad extasiada, investigador de una humanidad fuera y debajo de la civilización reinante", así califica la Academia Sueca la obra del nuevo premio Nobel de Literatura, el francés Jean-Marie Le Clézio (Niza, 1940). En 45 años de oficio, Le Clézio, un gran viajero fascinado por los mundos primarios, ha escrito una cincuentena de libros cargados de una gran humanidad, señalan los medios franceses. "Como todos los premios literarios, [el Nobel] significa ganar tiempo, resurgir, tener más ganas de escribir", ha declarado en la radio France Inter Le Clézio antes de saberse premiado.
[Quando me lembrei que o dia da atribuição do Nobel da Literatura devia estar à porta fui espreitar o que diziam os adivinhadores destas coisas de prémios. Ora eu sei que os prémios, todos os prémios, na literatura e não só, são atribuídos, a mais das vezes, por razões que a razão desconhece. Falei de António Lobo Antunes/Nobel porque me apeteceu sabendo à partida que, como disse a minha amiga Helena num comentário deixado no meu post anterior, não nos podemos esquecer de um ror de coisas: “Não se esqueça das quotas... não se esqueça dos interesses... não se esqueça de tantos outros valores extrínsecos às palavras ... Para mim, já o tinha.” Pois!]
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quarta-feira, outubro 8
OBAMA A PRESIDENTE
Quer-me parecer que uma das terapêuticas mais eficazes contra a presente crise mundial será encontrada no dia 4 de Novembro, dia das eleições presidenciais nos USA. No entretanto aqui fica O segundo debate presidencial no qual se começa a esboçar La talla de un presidente.
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terça-feira, outubro 7
segunda-feira, outubro 6
VOLTANDO À VACA FRIA
Como afirmou, com todas as letras, o ACP dentro em breve o governo vai ter de ponderar seriamente voltar a regulamentar o preço dos combustíveis. A razão é simples: o mercado dos combustíveis em Portugal é uma falácia.
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