Manuel Serra deve ter sido o dirigente político português que, na segunda metade do século XX, mais participou em movimentos para derrubar a ditadura. O homem de todas as revoltas. A sua biografia deverá estar a ser, por esta hora, divulgada. No dia em que o telefone soou para me anunciar a morte de meu pai estava reunido com ele para tratar de um assunto profissional: a criação de uma escola profissional. Mais tarde encontrei-o e revelou-me que, nas vésperas dos primeiros Congressos do MES e do PS, em Dezembro de 1974, se tinha reunido com o Vítor Wengorovius para discutir a eventual entrada do MES no PS em apoio à sua corrente que ameaçava derrotar Mário Soares. Nada se concretizou e a notícia foi uma surpresa para mim que nunca ouvira falar em tal diligência. Mas aquele era o tempo em que tudo era possível, o tempo de todas as ousadias. A sua coragem, cívica e física, era notável. Que viva!
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"Si fui mi crítico como opositor a Alan García en Perú y ahora no lo soy tanto es porque él piensa ahora cosas que yo pensaba entonces. En materia estética podemos ser intransigentes porque la imperfección es intolerable, pero en política eso es imposible. Hay que optar por el consenso y hacer concesiones, eso es la democracia, el menos malo de los sistemas. Los únicos que creen que la perfección es posible en política son los fanáticos".
















