quinta-feira, setembro 27

O LOPES FAZ DAS SUAS

Posted by PicasaSantana Lopes in Expresso 13/11/2004

Lamento não seguir as pisadas da maioria da opinião pública, e publicada, mas acho que a chegada de Mourinho a Portugal é um acontecimento incomparavelmente mais relevante do que qualquer entrevista de Santana Lopes. A diferença está em que as opiniões de Santana Lopes são irrelevantes, na sua área de actividade, supostamente a política, enquanto as de Mourinho são, pelo contrário, muitíssimo relevantes naqueloutra área de actividade que é o futebol. E que esta é muitíssimo mais susceptível de congregar audiências do que a tristíssima cerimónia das directas no PSD. Ora sendo a SIC uma empresa privada de comunicação, em perda de audiências, ninguém se pode arreliar de ser deixado a falar sozinho no estúdio.

Não se queixe o sobredito cujo Lopes de má sorte pois a cena lhe foi amplamente favorável.
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LÍNGUA DE FOGO

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EUROPA: CULTURAS E CIVILIZAÇÃO NO MUNDO GLOBALIZADO

Posted by PicasaFrancisco Seixas da Costa

(...)
E, finalmente, adianto uma última linha, que pode parecer algo radical – e é: no meu entender, a Europa só pode prestigiar-se perante terceiros quando se revelar, aberta e radicalmente, intolerante contra a intolerância. Eu sei que este conceito tem sido alvos de aproximações não tão lineares, e Norberto Bobbio tratou-o já com alguma atenção. Mas a experiência recente parece recomendar que a Europa – e a Europa política tem aqui um papel fundamental – deva demonstrar uma disposição inquebrantável perante todas as manifestações que, no seu seio e fora dele, relevem do desprezo ou da menorização por quaisquer expressões culturais, por mais minoritárias que elas sejam. Em especial, devemos estar vigilantes quanto à acção dos polícias do espírito que avaliam os desvios do modelo-padrão que, no passado e para muitos, caracterizava uma certa imagem da civilização dita ocidental, que nos habituámos a ter no centro do nosso mundo e a impor no mundo dos outros. Temos de derrotar os nossos próprios fantasmas e algumas vestais que ainda os representam, como aqueles que afirmam a superioridade da Europa cristã e se obstinam na criação de uma fortaleza política em seu torno. Este é um combate em que está em causa a nossa própria credibilidade e a nossa legitimidade como fonte de afirmação cultural e civilizacional. O combate para que a palavra Europa passe, definitivamente, aos olhos do mundo, a ser vista como sinónimo da palavra liberdade.

Na íntegra aqui.
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quarta-feira, setembro 26

1001 MÚSICOS

PSD

Posted by PicasaPSD

Devo confessar humildemente, e talvez de forma um pouco brutal, que não estou nada preocupado com a credibilidade política do PSD. Depois da experiência governativa de 2002/2005, na qual se acasalou com o PP, depois da deserção de José Manuel Barroso, depois da tragicomédia protagonizada por Santana Lopes, a credibilidade do PSD há muito se tinha apagado e muito dificilmente renascerá. É que, ao contrário de todas as aparências, os partidos também morrem!
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OS DOIS SANTINHOS

SEGUNDO O WEHAVEKAOSINTHEGARDEN A PARTIR DO TOMAS VASQUES
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segunda-feira, setembro 24

PORTUGAL NO MUNDIAL DE RUGBY

Posted by PicasaLe Monde

Catherine Kintzler : "Le rugby offre un rapport maîtrisé à la violence"

Amanhã Portugal encerra a sua participação no mundial de “Rugby”: os perdedores que entusiasmam tanto, ou mais, que os vencedores. Os amadores que encarnam o papel dos resistentes ao desporto encarado como um negócio. Esta equipa nacional portuguesa consegue fazer a quadratura dos círculo das paixões que o desporto sempre desencadeia: se ganharmos à Roménia será uma festa, se perdermos será uma festa na mesma.
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AI ... COSTA, COSTA! ...

Posted by PicasaIlustração daqui

Câmara de Lisboa duplica o Imposto Municipal sobre Imóveis para combater passivo

Costa, vai pelo mau caminho! Ao aumentar o imposto que tem à mão, neste caso a antiga “contribuição autárquica”, torna a cidade de Lisboa menos competitiva, ilude a necessidade de cortar na despesa, aliena parte da sua base social de apoio ... corta nas expectativas, quando devia cortar nas despesas. Vai ser apanhado em contramão ... Se for verdade estou contra.
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MORRE-SE NA GUERRA!

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MARCEL MARCEAU

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UMA MULHER "CONSERVADORA"

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UMA DIVA DA DIREITA

Posted by PicasaTeresa Caeiro

Na abertura do ano político, a deputada do CDS critica o Governo, o PS e o PSD. Não revela se votou em Cavaco Silva e garante que é prejudicada por ser de direita, mulher, política, advogada e... loura

Confesso que também acho inacreditável que a Teresa Caeiro seja prejudicada. O "Expresso" deu-lhe a capa da “Única” e mais quatro fotografias nas páginas centrais em pose de mulher fatal. Cada uma delas é acompanhada por uma frase. As frases bastam para entender a profundidade do pensamento política de Teresa Caeiro: “É injusto chamarem-me adereço de Portas” (na capa); “Não sou croquete. Sou prejudicada porque faço o pleno: sou de direita, mulher, política, advogada e loura.”; Gosto de viver em democracia. Mas o 25 de Abril foi para mim uma convulsão”; “Os meus pais não eram amigos nem compinchas. Eram educadores.”; Teresa Caeiro no Guincho: “Quero dar a volta ao Mundo”. As fotografias do Luiz Carvalho são o melhor. Uma diva da direita. Oh Costa! Se vai dar a “Baixa” à Zezinha pense aí em qualquer coisa para dar à Terezinha? É que custa ver uma moça destas tão triste!
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sábado, setembro 22

A MORTE FELIZ . detalhes

Posted by PicasaDivas&Contrabaixos

O assunto de “A Morte feliz” resvala um pouco para uma abordagem de especialistas e, no meu caso, de um leitor interessado pela obra de Albert Camus. Mas como, uns tempos atrás, até o senhor Bush revelou ao mundo que tinha lido “O Estrangeiro”, e muito tinha gostado da leitura, talvez se justifique, mesmo que somente para dois leitores, avançar com alguns simples detalhes. No meu último comentário fiz uma referência ao ano de 1935 (Agosto?) e tinha as minhas razões para isso. De facto, nos Cadernos surge uma referência ao réveillon de 1935, um fait divers, que integrará o desenvolvimento romanesco da obra em questão. Surgem depois notas, nos Cadernos, datadas de antes e depois de Março de 1936. No entanto “A Morte feliz” só foi concebida, por Camus, com a forma que lhe conhecemos, no início do verão de 37. A evolução desse mesmo processo de concepção tem três períodos determinantes: Agosto de 37, Novembro de 37, Janeiro de 38. É preciso levar em conta, finalmente, que as notas de Camus, reunidas nos Cadernos, não foram fáceis de datar na medida em que, originariamente, foram escritas em folhas e Camus não tinha grande preocupação com o referencial tempo. [Este comentário apoia-se em notas contidas nas “Obras Completas – I – pags. 1444/1445 - Gallimard].

Saudações à MRF.
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OURIQUE

Posted by PicasaIlustração daqui

"A guerra de civilizações, que a 'inteligência' ocidental persiste em pretender que não existe, entrou numa nova fase". - Vasco Pulido Valente, PÚBLICO, 22-09-2007

Hoje concordo com VPV na sua prédica acerca das últimas ameaças dos fundamentalistas islâmicos. A matéria que consiste numa ameaça ao território andaluz, ou seja, a Espanha e Portugal, dá uma inusitada actualidade à obra de José Mattoso que tenho vindo a citar: “D. Afonso Henriques”. É que não chegou o tempo do longo reinado do nosso primeiro monarca para concluir a obra da chamada reconquista cristã. Hoje, para espanto dos mais distraídos, uma facção islâmica pode acalentar as esperanças de uma vitória na sua guerra de desgaste, aproveitando os erros e as divisões do mundo ocidental. Prossigamos com uma citação acerca da batalha de Ourique decisiva no triunfo da estratégia de Afonso Henriques na consolidação da reconquista e do espaço físico que deu origem ao nosso actual Portugal.

(...) Afonso Henriques, na Primavera ou princípio do Verão de 1139, resolveu organizar um grande fossado em pleno Gharb. (...) Podemos admitir com alguma segurança que o rei e as suas tropas atravessaram o Tejo fora das linhas almorávidas, talvez a leste de Santarém. E durante mais de um mês, aproveitando a concentração de combatentes em torno de Oreja, assolaram as povoações menos bem defendidas na retaguarda inimiga, chegando até à Andaluzia. Tendo conhecimento disso, o governador de Córdoba reuniu algumas tropas e tentou eliminar os atacantes. A batalha deu-se numa região que os cronistas do século XII mal sabiam identificar e que por isso designaram como a campina de Ourique, vasta região de transumância bem para lá do Tejo. As tropas comandadas ou enviadas por Az-Zubay b.´Umar foram vencidas, e tiveram de retirar com perdas importantes. Afonso Henriques regressou a Coimbra com grandes despojos.

In “D. Afonso Henriques” de José Mattoso, ”11.Ourique”, pg. 118 (26).
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FIDEL CASTRO

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