Divas&Contrabaixos
O assunto de “A Morte feliz” resvala um pouco para uma abordagem de especialistas e, no meu caso, de um leitor interessado pela obra de Albert Camus. Mas como, uns tempos atrás, até o senhor Bush revelou ao mundo que tinha lido “O Estrangeiro”, e muito tinha gostado da leitura, talvez se justifique, mesmo que somente para dois leitores, avançar com alguns simples detalhes. No meu último comentário fiz uma referência ao ano de 1935 (Agosto?) e tinha as minhas razões para isso. De facto, nos Cadernos surge uma referência ao réveillon de 1935, um fait divers, que integrará o desenvolvimento romanesco da obra em questão. Surgem depois notas, nos Cadernos, datadas de antes e depois de Março de 1936. No entanto “A Morte feliz” só foi concebida, por Camus, com a forma que lhe conhecemos, no início do verão de 37. A evolução desse mesmo processo de concepção tem três períodos determinantes: Agosto de 37, Novembro de 37, Janeiro de 38. É preciso levar em conta, finalmente, que as notas de Camus, reunidas nos Cadernos, não foram fáceis de datar na medida em que, originariamente, foram escritas em folhas e Camus não tinha grande preocupação com o referencial tempo. [Este comentário apoia-se em notas contidas nas “Obras Completas – I – pags. 1444/1445 - Gallimard].
Saudações à MRF.
O assunto de “A Morte feliz” resvala um pouco para uma abordagem de especialistas e, no meu caso, de um leitor interessado pela obra de Albert Camus. Mas como, uns tempos atrás, até o senhor Bush revelou ao mundo que tinha lido “O Estrangeiro”, e muito tinha gostado da leitura, talvez se justifique, mesmo que somente para dois leitores, avançar com alguns simples detalhes. No meu último comentário fiz uma referência ao ano de 1935 (Agosto?) e tinha as minhas razões para isso. De facto, nos Cadernos surge uma referência ao réveillon de 1935, um fait divers, que integrará o desenvolvimento romanesco da obra em questão. Surgem depois notas, nos Cadernos, datadas de antes e depois de Março de 1936. No entanto “A Morte feliz” só foi concebida, por Camus, com a forma que lhe conhecemos, no início do verão de 37. A evolução desse mesmo processo de concepção tem três períodos determinantes: Agosto de 37, Novembro de 37, Janeiro de 38. É preciso levar em conta, finalmente, que as notas de Camus, reunidas nos Cadernos, não foram fáceis de datar na medida em que, originariamente, foram escritas em folhas e Camus não tinha grande preocupação com o referencial tempo. [Este comentário apoia-se em notas contidas nas “Obras Completas – I – pags. 1444/1445 - Gallimard].
Saudações à MRF.
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