Ilustração daqui
"A guerra de civilizações, que a 'inteligência' ocidental persiste em pretender que não existe, entrou numa nova fase". - Vasco Pulido Valente, PÚBLICO, 22-09-2007
Hoje concordo com VPV na sua prédica acerca das últimas ameaças dos fundamentalistas islâmicos. A matéria que consiste numa ameaça ao território andaluz, ou seja, a Espanha e Portugal, dá uma inusitada actualidade à obra de José Mattoso que tenho vindo a citar: “D. Afonso Henriques”. É que não chegou o tempo do longo reinado do nosso primeiro monarca para concluir a obra da chamada reconquista cristã. Hoje, para espanto dos mais distraídos, uma facção islâmica pode acalentar as esperanças de uma vitória na sua guerra de desgaste, aproveitando os erros e as divisões do mundo ocidental. Prossigamos com uma citação acerca da batalha de Ourique decisiva no triunfo da estratégia de Afonso Henriques na consolidação da reconquista e do espaço físico que deu origem ao nosso actual Portugal.
(...) Afonso Henriques, na Primavera ou princípio do Verão de 1139, resolveu organizar um grande fossado em pleno Gharb. (...) Podemos admitir com alguma segurança que o rei e as suas tropas atravessaram o Tejo fora das linhas almorávidas, talvez a leste de Santarém. E durante mais de um mês, aproveitando a concentração de combatentes em torno de Oreja, assolaram as povoações menos bem defendidas na retaguarda inimiga, chegando até à Andaluzia. Tendo conhecimento disso, o governador de Córdoba reuniu algumas tropas e tentou eliminar os atacantes. A batalha deu-se numa região que os cronistas do século XII mal sabiam identificar e que por isso designaram como a campina de Ourique, vasta região de transumância bem para lá do Tejo. As tropas comandadas ou enviadas por Az-Zubay b.´Umar foram vencidas, e tiveram de retirar com perdas importantes. Afonso Henriques regressou a Coimbra com grandes despojos.
"A guerra de civilizações, que a 'inteligência' ocidental persiste em pretender que não existe, entrou numa nova fase". - Vasco Pulido Valente, PÚBLICO, 22-09-2007
Hoje concordo com VPV na sua prédica acerca das últimas ameaças dos fundamentalistas islâmicos. A matéria que consiste numa ameaça ao território andaluz, ou seja, a Espanha e Portugal, dá uma inusitada actualidade à obra de José Mattoso que tenho vindo a citar: “D. Afonso Henriques”. É que não chegou o tempo do longo reinado do nosso primeiro monarca para concluir a obra da chamada reconquista cristã. Hoje, para espanto dos mais distraídos, uma facção islâmica pode acalentar as esperanças de uma vitória na sua guerra de desgaste, aproveitando os erros e as divisões do mundo ocidental. Prossigamos com uma citação acerca da batalha de Ourique decisiva no triunfo da estratégia de Afonso Henriques na consolidação da reconquista e do espaço físico que deu origem ao nosso actual Portugal.
(...) Afonso Henriques, na Primavera ou princípio do Verão de 1139, resolveu organizar um grande fossado em pleno Gharb. (...) Podemos admitir com alguma segurança que o rei e as suas tropas atravessaram o Tejo fora das linhas almorávidas, talvez a leste de Santarém. E durante mais de um mês, aproveitando a concentração de combatentes em torno de Oreja, assolaram as povoações menos bem defendidas na retaguarda inimiga, chegando até à Andaluzia. Tendo conhecimento disso, o governador de Córdoba reuniu algumas tropas e tentou eliminar os atacantes. A batalha deu-se numa região que os cronistas do século XII mal sabiam identificar e que por isso designaram como a campina de Ourique, vasta região de transumância bem para lá do Tejo. As tropas comandadas ou enviadas por Az-Zubay b.´Umar foram vencidas, e tiveram de retirar com perdas importantes. Afonso Henriques regressou a Coimbra com grandes despojos.
In “D. Afonso Henriques” de José Mattoso, ”11.Ourique”, pg. 118 (26).
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