11 de Setembro de 2001 - Nova Iorque por Francisco Seixas da Costa
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Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
Em Cuba os blogger deram mais um passo para romper o cerco à liberdade com a realização do primeiro concurso de bloggers. Sob o impuldo de Yoani Sánchez o concurso Una Isla virtual atribuiu o prémio do melhor blogue a Octavo Cerco de Claudia Cadelo. Pequenos passos de uma grande, autêntica e corajosa luta pela liberdade de expressão. Acta del jurado del primer concurso blogger cubano Una Isla Virtual
Quando o MES acabou (por lá passaram Sampaio e Ferro Rodrigues, entre outros) deu um jantar para anunciar: acabámos. O jantar limpou a cabecinha dos militantes, ajudou-os a fazer o luto de uma luta política, revolucionária, passando para outra, democrática (burguesa, diriam antes). Fez-lhes bem o jogo limpo: ontem íamos por ali, agora, vamos por aqui. Muitos deles foram depois ministros e patrões (o que antes combatiam radicalmente). Os que continuaram agarrados às antigas ideias chamarem-lhes vira-casacas, mas não puderam acusá-los de mentir na sua evolução. Não se passou o mesmo com o Bloco de Esquerda. Essencialmente, este é formado pelos trotskistas do PSR e os maoístas da UDP, correntes revolucionárias. Ora nem o PSR nem a UDP fizeram a proclamação política do seu fim, só deixaram estiolar as siglas. Mas Francisco Louçã apresentou-se no debate com Sócrates assim: "Sou socialista, laico e republicano." Então, quando é que deixou cair o "revolucionário"? Não tenho dúvidas de que, no fundo, tenha deixado, e que talvez venha a ser ministro num governo a que chamaria burguês há poucos anos. Mas parece-me que lhe falta, a ele que dá tanta importância à ideologia, que o diga na teoria, antes de ser definitivamente comprovado, na prática, que mudou.


Etre de gauche, c'est s'interdire de penser à la création de richesses sans se soucier, dans le même élan, de leur redistribution. Etre de gauche, c'est trouver intolérable et immoral une disparité scandaleuse des revenus entre les citoyens. C'est ne pas identifier la liberté au droit de profaner, au laisser-faire et au tout-est-permis. Etre de gauche, c'est se soucier autant de bien traiter les étrangers que de les accueillir. C'est juger qu'un délinquant arrêté est davantage un malheureux à récupérer qu'un malfaiteur à punir. C'est ne pas prendre le culte de la transparence pour la liberté de nuire et de dénigrer.
Não é surpreendente o teor de certas acusações assassinas dirigidas, hoje, à liderança do PS que estão em linha com outras proferidas no passado recente, sob diferentes pretextos; nem sequer, apesar de chocantes, são novidade como se pode verificar pelo pequeno excerto de uma alocução de Albert Camus datada de 1948: